Crédito malparado ultrapassa 639 mil milhões de kwanzas
A banca angolana registou, em 2016, um crédito malparado calculado em 639 milhões e 71 mil kwanzas, revelou hoje (5), o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe da Silva.
O crédito malparado é o valor que os devedores dos bancos deviam pagar de um empréstimo, dentro de um prazo acordado. Isto é, montante que fica em falta num empréstimo concedido pelos bancos aos clientes e que não foi pago até ao fim.
De acordo com o governador do BNA, o crédito malparado no sistema bancário nacional representa cerca de 17,66% do total do crédito concedido à economia em 2016 (três biliões, 619 milhões e 771 mil de kwanzas). Em termos de adequação de capital, disse o principal gestor do BNA, o sistema financeiro angolano apresentava um rácio de solvabilidade regulamentar em cerca de 19,74%.
Valter Filipe da Silva, que falava na abertura da conferência promovida pelo BNA, sob o tema ‘A regulação e supervisão bancária: experiências e desafios, disse que o volume de negócios activos apresentado pelo sistema bancário, no período em referência, atingiu os 10 biliões, 109 milhões e 696 mil.
O gestor informou também que a taxa de bancarização em Dezembro de 2016 situava-se nos 52,92%, sendo que o sistema bancário regista um total de 6.719.407 milhões de clientes.
Deu a conhecer, igualmente, que o país conta com 30 instituições financeiras bancárias autorizadas, 29 das quais em actividade.
Valter Filipe referiu, por outro lado, que após uma avaliação do real estado do sistema financeiro angolano em 2010, através do ‘Programa de Avaliação do Sector Financeiro’ (FSAP), o BNA iniciou a conformação do quadro legal e regulamentar, no âmbito das políticas contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, adequação de capital, governação corporativa e sistema de controlo interno, bem como a adopção plena de normas internacionais de contabilidade e de relato financeiro, assim como de defesa do consumidor de produtos e serviços financeiros.
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