Desflorestação cresce 17,1% no primeiro semestre
A desflorestação da Amazónia no Brasil no primeiro semestre do ano atingiu 3.609 quilómetros quadrados, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), uma subida de 17,1% face ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a instituição, esse é o maior índice de devastação registado neste período na maior floresta tropical do planeta localizada em território brasileiro desde 2016, quando a série histórica começou a ser medida pelo INPE.
Só em Junho, a amazónia brasileira perdeu 1.062 quilómetros quadrados de vegetação nativa, 19% mais que no mesmo mês do ano passado, e foi o quarto recorde mensal consecutivo de extracção madeireira no ecossistema.
Em Maio, 1.391 quilómetros quadrados de floresta foram devastados no Brasil, 580,55 quilómetros quadrados em Abril e 367,6 quilómetros quadrados em Março. Os dados foram captados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento na Amazónia Legal em Tempo Real (Deter) mantido pelo INPE que, a partir de imagens de satélite, oferece alertas antecipados sobre as áreas que estão a ser destruídas na floresta.
O Observatório do Clima, rede que reúne cinquenta ONG, entre as quais Greenpeace ou WWF, destacou que os números são preocupantes e que a desflorestação na Amazónia pode mais uma vez bater um novo recorde neste ano.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta, com cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).
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