É uma pena! África já merecia mais
O apego ao poder e a resistência à democratização em África produzem estádios de inconsciência profundamente perturbadores. É como se os regimes e as suas lideranças estivessem em estado permanente de esquizofrenia induzida. Num primeiro dia, vemo-los engajados na preservação do poder a todo o custo. Sequestram as instituições, aplicam golpes constitucionais, chantageiam as vozes críticas, silenciam contestatários e recorrem à força das armas para manter o próprio povo permanentemente assustado. Num segundo dia, vemo-los a condenarem colegas trapaceiros, como os do Burkina Faso ou do Mali, que decidem pegar em armas para depor ditadores e projectos de ditadura. Num terceiro dia, todos se juntam em conferência numa sala de uma capital qualquer africana para debater as razões do conflito em África. Isso, claro, à custa de milhões do erário que bem serviriam para garantir carteiras para milhares de crianças que, sentadas no chão, colocam as folhas sobre os joelhos para escreverem o que o professor dita. É inacreditável para dizer o mínimo, porque mais surreal do que isso só em contos de fantasia e de magia.
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