Empresas internacionais que participam pela 1.ª vez fazem balanço positivo
TROCAS COMERCIAIS. Cadeias internacionais que participam pela primeira vez na feira de Luanda aproveitam para firmar parcerias concretas. Marca conhecida de vinhos Bayede vai estar nas lojas Candando.
Várias empresas internacionais de diferentes países estão a participar pela primeira vez na 34ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA) e têm conseguido desde o arranque do evento (ontem) firmar parcerias com operadoras angolanas.
O VALOR visitou os ‘stands’ de empresas sul-africanas, italianas e portuguesas, que têm o maior número de participantes internacionais pela primeira vez.
A empresa sul-africana de vinhos Bayede, por exemplo, conseguiu estabelecer uma parceria com a rede de supermercados da empresária Isabel dos Santos, Candando, para que a marca deixasse de ser comercializada apenas pela rede sul-africana, Shoprite. Apesar de a Bayede já ser consumida e conhecida em Angola, a empresa não tem ainda um distribuidor oficial sendo a Shoprite a única forma de obter a marca no país.
O representante da empresa na feira, Chris Whelpton considerou a presença no evento como sendo “muito positiva” e “produtiva”, tendo para além de ter feito o contacto “firme” com o Candando ter mais dez contactos de potenciais parcerias desde a abertura.
Apesar dos contactos a empresa prefere por enquanto pôr um “travão” na ideia de instalar uma fábrica, por causa da situação económica e da falta de cambiais.
A empresa italiana, Tifone que produz máquinas para a desinfestação agrícola e vende para vários países já conseguiu estabelecer seis contactos com empresas angolanas ligadas a agricultura para exportar os seus produtos.
Pela primeira vez em Angola e como participante da feira, o gerente internacional, Alberto Bottoni espera estabelecer “boas” parcerias com os angolanos para a comercialização dos seus produtos.
Sediada no norte da Itália, a Tifoni tem cerca de 40 trabalhadores e funciona como uma empresa familiar. No segundo dia da feira, Alberto Bottoni espera encontrar para além das empresas pessoas interessadas em adquirir produtos para o tratamento de pragas típicas na agricultura.
A empresa portuguesa Porto World, fornecedora de carnes para vários países também estreia na feira. Apesar de já estar no mercado angolano há 12 anos nunca participou de nenhuma edição. Tem participado em feiras sectoriais e o director, Pedro Silva, diz-se “expectante” com os resultados e contactos que poderá manter durante a vigência da Filda.
Apesar de Angola não ser o principal mercado para a Porto World, com representação de apenas 5% da facturação do grupo, que está estimada em 100 milhões de euros por ano, a instituição “acredita que é um mercado que vale muito a continuar e investir”.
Outra empresa que também está pela primeira vez em Angola e pretende firmar parcerias e encontrar distribuidores em Angola é a sul africana que produz máquinas de construção civil, Honingcrat. O representante da empresa, Kavir Singh considerou os visitantes da feira “muito afáveis” e declara que já teve muitos contactos com empresários. “Nada de concreto, mas tenho tido muito ‘feedback’. Espero que até o final da feira tenha contactos para firmar parcerias e fazer negócios.
JLo do lado errado da história