Governo acusa a RTP de divulgar notícias “tendenciosas” e diz que não expulsou os jornalistas, apenas os convidou a abandonar o palácio.
O Governo de Angola acusa a estação portuguesa de televisão RTP de divulgar notícias “tendenciosas” nos últimos tempos e diz que, no último dia 13, não expulsou os jornalistas da cadeia televisiva, apenas os convidou a abandonarem um evento no palácio.

De acordo com um comunicado divulgado na página oficial da Presidência da República, o Governo de Angola decidiu dar por findo o “privilégio de acesso ao Palácio Presidencial” à referida estação. “A RTP foi notificada no dia 15 de Abril de 2025 sobre a cessação da sua prestação em eventos no Palácio Presidencial”, lê-se no comunicado.
Na terça-feira, uma equipa de jornalistas devidamente credenciada da RTP foi expulsa da sede da Presidência de Angola quando se preparava para cobrir um evento. As direcções de informação da televisão, rádio e RTP África denunciaram uma "tentativa inaceitável de silenciar a liberdade de expressão" numa nota endereçada à Presidência e ao Governo de Angola.
O sindicato de jornalistas já reagiu e considerou a expulsão de jornalistas um "gravíssimo atentado à liberdade de imprensa". Já o Sindicato dos Jornalistas de Portugal considerou que as acções em causa "configuram interferências e pressões políticas inaceitáveis" sobre os jornalistas.
O Governo de Angola diz que, ao longo dos anos, a RTP foi a cadeia televisiva que acompanhou, quase em exclusivo, as atividades desenvolvidas pelo palácio, mas que no dia 15 esta cadeia televisiva foi notificada para a cessação da sua prestação em eventos no Palácio Presidencial.
O Governo reitera que, em Angola, nenhuma “cadeia televisiva se atreve a entrar num Palácio Presidencial sem que para tal esteja credenciada”. O Governo acusa a estação de promover uma campanha de vitimização “que não abona os laços de amizade e cooperação entre os dois países”.
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