Huawei quer aumentar investimentos em Angola
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO. Multinacional está a analisar a intenção, pensando na diversificação de projectos empresariais. Essencial, segundo a companhia, vai ser “melhorar todos os recursos tecnológicos existentes”.
A multinacional chinesa de tecnologias Huawei está a analisar o aumento do investimento em Angola, também com a diversificação de projectos empresariais, tendo o vice-presidente da empresa, Ping Guo, salientado o “potencial” de crescimento do país.
A intenção foi expressa por Ping Guo num encontro com o Presidente João Lourenço, em que lhe indicou a vontade de a multinacional chinesa reforçar o investimento em Angola nos vários domínios das tecnologias de informação e no fornecimento de soluções tecnológicas nas áreas económica e social.
Ping Guo não avançou especificamente onde a empresa pretende investir, mas indicou que há “várias propostas bem desenhadas” para o mercado angolano, estando em curso um estudo para “melhorar a Angola do futuro”.
O director-geral da Huawei em Angola, Ryan Li, que integrou a delegação, disse que, nesta fase, o essencial vai ser melhorar todos os recursos tecnológicos existentes em Angola e optimizá-los para um futuro melhor nos vários sectores da vida.
O mercado angolano tem grande margem para crescer. A nossa tarefa deve ser agora a de ver como vamos melhorar este processo”, disse Ryan Li, que entende que, a cumprir estes passos, vai ser possível melhorar o mercado no que a soluções diz respeito.
Ryan Li adiantou que a multinacional chinesa projecta a construção, em Angola, de um centro de referência de pesquisa e desenvolvimento. A Huawei é a fornecedora da rede de transmissão de Angola e detentora de aplicativos e soluções tecnológicas inovadoras para a saúde, educação e agricultura.
“Temos de olhar para este conjunto de soluções e ver o que podemos fazer juntos para irmos melhorando os serviços que prestamos aos cidadãos”, sublinhou, por sua vez, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.
José Carvalho da Rocha, que acompanhou o vice-presidente da Huawei à audiência com o chefe de Estado, assinalou que aquela empresa continua a manifestar o grande interesse em continuar a trabalhar no mercado nacional, onde tem apresentado as soluções. “O que vamos fazer agora é colocar as nossas equipas técnicas a trabalhar e a identificar o que devemos fazer, além do que já temos estado a fazer com a Huawei”, disse.
Relativamente a uma possível instalação no país de um centro de referência tecnológico para a montagem de ‘smartphones’ (telemóveis ‘inteligentes’), computadores e equipamentos, José Carvalho da Rocha disse que nada ainda foi avançado e que todas as propostas e intenções apresentadas pela Huawei vão ser discutidas ao longo desta semana.
A Huawei Technologies, que tem mais de uma centena de filiais em todo o mundo, é uma empresa multinacional de equipamentos para redes e telecomunicações com sede na cidade de Shenzhen, localizada na província de Guangdong, na China. É fornecedora de equipamentos para redes e telecomunicações do mundo.
Em Novembro de 2017, a multinacional chinesa lançou o programa ‘Huawei Academia’ na Universidade Católica de Angola, com o propósito de ajudar os estudantes a iniciar uma carreira, preparando-os para o mercado de trabalho.
Os jovens na academia vão beneficiar numa primeira fase de cursos básicos para iniciantes (Hiper e Wer). A academia criada pela multinacional chinesa, dará acesso a todos os estudantes, independentemente da sua formação de base e do curso em que estejam a frequentar.
A formação tem permitido aos jovens desenvolverem o conhecimento e habilidades no sector das tecnologias de informação e comunicação e dotá-los de certificação da Huawei mundialmente reconhecida.
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