Importações marítimas com queda de 20,7%
COMÉRCIO. Compras de Angola continuam em cenário negativo desde a crise. Bens alimentares dominam as importações, mas com quedas significativas.
As importações marítimas, no primeiro trimestre do ano, registaram uma redução de 20,73% para 1,2 milhões de toneladas de produtos diversos em relação ao período homólogo do ano anterior.
Segundo dados do Conselho Nacional de Carregadores (CNC), dos bens importados, o destaque vai para os alimentares que, apesar de registarem significativas quedas, foram os mais comprados por Angola.
O açúcar de cana ou beterraba é o líder dos importados, com 81.287 toneladas. Em 2017, foram 112.770 toneladas, uma queda de 27,92%. Seguiu-se o arroz com 78.892 toneladas, quando, no ano passado, foi de 155.243, recuando 49,18%. A farinha de trigo foi o terceiro produto mais importado. Foram 75.503 toneladas, uma redução de 32,60%, em relação às 112.026 do ano passado.
O cimento hidráulico, também conhecido por clínquer, matéria-prima usada no fabrico do cimento Portland, que vinha ocupando a primeira posição das importações nacionais nos últimos anos, voltou a registar uma queda significativa. Foram desembarcadas 39.895 toneladas. No ano passado foram 161.380, uma queda de 75,28%.
O Porto de Luanda voltou a ser o mais movimentado desse trimestre, apesar de registar uma queda. Foram desembarcadas 958.566 toneladas contra os 1.179.339, uma redução de 18,72%, em relação ao trimestre homólogo. A China, Portugal e Brasil foram dos países que mais venderam a Angola. A importação destes três países representa mais de 40% de toda a mercadoria, o que totalizou 503.153 toneladas. Os maiores importadores foram o Entreposto Aduaneiro de Angola, com 6,21% de toda a mercadoria, Grandes Moagens de Angola, com 5,45%, e a Angolissar com 4,57%.
COMPRAS DE VEÍCULOS AUMENTAM
55,36% As compras de veículos no primeiro trimestre deste ano tiveram um aumento de 55,36% comparando ao mesmo período do ano passado. Foram compradas 2.523 viaturas mais 899 do que em 2017. O mercado, que tem registado baixas recorrentes desde a crise, teve como maiores importadores a Clinicar, a Sogepower e o Ministério dos Transportes, que respondem por 26% do total de automóveis importados.
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