ZUNGUEIRA
em resposta às declarações da TPA

Líder da oposição portuguesa considera João Lourenço um “ditador” e “corrupto” e afirma que pobreza em Angola aumentou mais de 80%.

O líder do partido da oposição portuguesa, André Ventura, considera que o actual Presidente de Angola, João Lourenço, é um "ditador", "ladrão", "corrupto" e "tirano", e afirma que a pobreza em Angola aumentou mais de 80% nos últimos anos.
 

Líder da oposição portuguesa considera João Lourenço um “ditador” e “corrupto” e afirma que pobreza em Angola aumentou mais de 80%.

André Ventura reagiu, em declaração pública, às duras críticas feitas pela Televisão Pública de Angola (TPA). A TPA considerou que o líder do partido de extrema-direita CHEGA não estava informado sobre o Movimento dos Capitães de Abril e lembrou que, durante séculos, Portugal foi considerado um dos países mais atrasados da Europa.

Numa resposta pública com direito a transmissão nas principais estações de televisão em Portugal, André Ventura criticou o editorial da TPA e também as declarações do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações dos 50 anos da independência de Angola, que salientou que as relações entre os dois países estavam “excelentes”. "Quando temos um Presidente da República que diz que 'correu tudo bem', abraçado ao presidente angolano, e que afirma que as relações estão óptimas, desculpe, mas estamos no ponto zero da nossa dignidade enquanto nação. Eu quero ser um presidente que assegura a nossa dignidade enquanto nação", reforçou.
André Ventura diz que Portugal não é responsável pela pobreza e atraso de Angola e das demais colónias portuguesas. Refere que a culpa de Angola estar nas condições sociais em que está depois da saída dos colonos portugueses é da elite que “governa a muitos anos”. "Como é que podemos pensar em indemnizar quem quer que seja, colónias ou povos das antigas colónias, que dizem que os escravizámos e que somos uns esclavagistas?", questiona. 

As declarações do líder do Chega surgiram pouco depois das comemorações do aniversário da independência, na quarta-feira, altura em que afirmou que o colonialismo português não humilhou os povos africanos.