Negócios impulsionam turismo
TURISMO. Chegadas a Angola por razões de transito e férias tiveram uma redução no quinquénio 2011-2015. Restaurantes e similares foram os que mais facturaram e que mais empregos geraram. Portugueses são os principais turistas.
O turismo de negócios constituiu o principal objectivo de 44% dos turistas que visitaram Angola durante o quinquénio 2011-2015, seguido de cerca de 41% de viagens de serviços e 16% de férias.
Os dados estão estampados na segunda edição do ‘Compêndio de Estatísticas do Turismo’, a que o VALOR teve acesso, que é publicada de cinco em cinco anos, pelo Ministério do Turismo, coadjuvado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em comparação ao quinquénio anterior, 2006-2010, as viagens de negócios tiveram uma variação positiva de 317%, os serviços com 83%, enquanto as férias registaram uma baixa de 3,66%, e as de trânsito também com uma queda de 63,58%. Diferente dos turistas que entraram em Angola, maioritariamente para negócios, a maioria dos angolanos residentes no exterior visitou o país essencialmente por motivos pessoais, representando 94%, enquanto os negócios foram apenas 6%.
Portugal foi o país que mais visitou Angola nesse período, reclamando mais de 25% do total de turistas que chegaram a Angola. A China e a África do Sul, com 14% cada um, colocaram-se nas posições imediatas.
15,8 MILHÕES DE HÓSPEDES
Os estabelecimentos hoteleiros alojaram, entre 2011 e 2015, 15,8 milhões de hóspedes, correspondendo a uma média de 3.170 mil por ano.
Comparando ao período homólogo (2006-2010), as dormidas tiveram uma variação positiva de 195,25%. Na repartição deste número, os angolanos representaram a maioria, atingindo 50% do total. Foram também os próprios angolanos os maiores consumidores do turismo interno.
As receitas do sector privado atingiram os 615,9 milhões de kwanzas, um aumento de 238,65% em comparação ao período anterior. 2015 foi o ano em que os privados mais receitas arrecadaram.
Os restaurantes e similares foram os operadores que mais facturaram, atingindo os 367% de crescimento, e os que mais empregaram, representando 54,7% do total de empregos. A seguir, surgem as agências de viagens com 22% da facturação.
No total, foram criados 80.482 empregos, um aumento de 37 mil, representando uma subida de 86,95%.
Luanda foi a província que mais empregou. Foram 74%, seguida de Benguela com 7% e Huila com 6%.
Nesse período, estiveram em funcionamento mais de 28 mil unidades de alojamento, restaurantes e similares, agências de viagens e turismo. Os números representam um acréscimo de mais de 24 mil unidades.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...