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Reino Unido

Neonazistas detidos por planear atentado

05 Sep. 2017 Valor Económico Mundo

Quatro indivíduos que seriam membros da organização neonazista ilegal britânica Acção Nacional foram detidos por suspeita de prepararem atentados informou a Polícia britânica nesta terça-feira (5) citada pela AFP.

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De acordo com o Ministério britânico da Defesa, haveria militares entre eles. "Estamos em condições de confirmar que vários membros do Exército foram detidos pela Polícia", indicou o Ministério num comunicado, sem identificá-los.

"Essas detenções foram resultado de uma operação da força da Polícia do Ministério do Interior apoiada pelo Exército", disse a pasta, acrescentando que existe uma investigação em curso "e seria inapropriado fazer mais comentários" sobre o caso.

Com idades entre 22 e 34 anos, os homens "foram detidos por suspeita de estarem envolvidos na tentativa, preparação e incitação de atentados terroristas", anunciou a Polícia da região de West Midlands.

"Estão a revistar várias propriedades, em relação com as detenções. As detenções foram planejadas antecipadamente. Não havia ameaça à segurança do público", acrescentava o comunicado, descartando que houvesse perigo iminente de um atentado.

Em Dezembro de 2016, a Acção Nacional se tornou a primeira organização de extrema-direita proibida no Reino Unido pelo seu carácter "terrorista". Na época, a ministra do Interior, Amber Rudd, justificou a medida, alegando tratar-se de um grupo "racista, anti-semita e homofóbico que incita o ódio, glorifica a violência e promove uma ideologia vil".

No último ano e meio, o Reino Unido viveu dois atentados de extrema-direita: o assassinato da deputada trabalhista Jo Cox, em Junho de 2016, e o atropelamento com uma viatura de um grupo de muçulmanos que saía de uma mesquita de Londres.

Neste episódio, um homem morreu, e várias pessoas ficaram feridas. A Acção Nacional elogiou o assassinato de Cox.

Na sua conta no Twitter, o grupo defendeu "o sacrifício" feito por Thomas Mair, o homem que matou a deputada a tiros e facadas em 16 de Junho, uma semana antes do referendo sobre o Brexit. Mair foi condenado à prisão perpétua pelo crime.