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Trabalhadores da Prodel suspendem greve

A greve anunciada para amanhã, quinta-feira, pelos trabalhadores da empresa pública angolana de Produção de Electricidade (Prodel) no aproveitamento hidroeléctrico de Cambambe, no Kwanza-Norte, foi suspensa hoje (quarta-feira), com o sindicato a garantir “negociações avançadas com o patronato”.

A informação foi transmitida à Lusa por Fernando Romão, membro da comissão sindical da Prodel, assinalando que, por esta altura, as negociações com a entidade patronal “decorrem a bom ritmo”, motivo para o “adiamento da greve” convocada para 15 de Junho.

Ajustamentos salariais, cortes de vários subsídios e de outras regalias fazem parte das queixas dos cerca de 100 trabalhadores da Prodel, pontos que constam do caderno reivindicativo remetido já à entidade empregadora.

O presidente do conselho de administração da Prodel, José António Neto, admitiu haver assuntos constantes do caderno reivindicativo dos funcionários "passíveis dessas reclamações", mas sublinhou que a greve anunciada não se justificava por estarem a decorrer as negociações com o sindicato.

“Continuamos dentro de um prazo que foi acordado, de 45 dias, e a comissão Sindical de Cambambe está à espera que apresentemos o estudo que estamos a fazer a nível dos recursos humanos e de outras áreas da empresa.

Nós admitimos que há alguns aspectos que sejam passíveis dessas reclamações, estamos aqui para corrigir e é isto que estamos a fazer", sustentou.

De acordo com José António Neto, a Prodel conta, a nível nacional, com 2.500 trabalhadores, 100 dos quais estão colocados no aproveitamento hidroeléctrico de Cambambe, no rio Kwanza. A barragem de Cambambe foi alvo de trabalhos de alteamento e reforço de potência, sendo actualmente o maior centro produtor de electricidade em Angola, com uma potência instalada de 960 MegaWatts (MW).