Yango incentiva formalização de empresas de táxi, oferece as corridas mais baratas em Luanda e melhora funções do aplicativo
Um ano depois de iniciar a operação em Angola, a Yango confirma que é o aplicativo mais barato e popular em Luanda. Em entrevista ao semanário Economia & Finanças, o Director da empresa em Angola, Ivan Mugimbo, sublinhou que a Yango revolucionou a mobilidade urbana na capital e ajudou a formalizar o modelo de negócio das empresas locais de transporte.
“A Yango ganhou a confiança dos clientes”, afirma Ivan Mugimbo na entrevista publicada na passada sexta-feira, no semanário “Economia & Finanças”, onde fez um balanço sobre a evolução da empresa desde 4 de Maio de 2022, quando arrancou em Luanda. Segundo o Director da Yango em Angola, o aplicativo oferece preços “cerca de 20% mais baratos que a concorrência”, que vieram revolucionar o sector.
Por outro lado, o responsável afirmou que “a Yango marcou um ponto de viragem para os pequenos operadores”, conseguindo que “se constituíssem legalmente, se registassem ante as autoridades e começassem a pagar impostos”. “Tirámos muitas pessoas do mercado informal”, comenta.
Ao oferecer às empresas parceiras a tecnologia, a plataforma e “ferramentas onerosas” como o Call Center ou a área de marketing, a Yango também “ajudou os operadores a reduzir custos”, permitindo-lhes competir de frente com companhias de maior dimensão.
A criação de empregos foi também um dos pontos focados por Ivan Mugimbo, que revelou que a Yango fez um forte investimento “na geração de milhares de postos de trabalho directos e indirectos, entre motoristas e colaboradores”, como é o caso de 1.000 jovens contratados como “recrutadores de motoristas” ao longo do último ano.
Ao mesmo tempo, os rendimentos dos motoristas que trabalham com o aplicativo, e que “podem chegar até 1 milhão de kwanzas mensais”, “permitiu a vários motoristas comprarem unidades e tornarem-se parceiros”. “Por exemplo, houve empresas que começaram com quatro automóveis e hoje têm 50. Neste sentido, também apoiámos vários parceiros a obter veículos em regime de leasing”, comenta.
Na entrevista com o Economia & Finanças, Ivan Mugimbo detalha ainda que “neste ano, o aplicativo da Yango evoluiu bastante”, como resposta “aos comentários e sugestões dos clientes”. “Por exemplo, adaptámos o serviço de atribuição de corridas. No início, a viagem era atribuída ao condutor mais próximo; agora, é atribuída ao motorista com melhor avaliação, disponível na zona do cliente. Com isso, reforçámos o nosso sistema de qualidade, com resultados bastante positivos, tanto a nível do feedback dos clientes, como do engajamento dos condutores para proporcionar um serviço com alta qualidade.”
Mudanças como estas vêm acompanhadas de campanhas de consciencialização dos clientes, que Ivan Mugimbo considera serem “os grandes fiscais de qualidade da Yango”, e a quem apela a usar as ferramentas do aplicativo, como a avaliação dos motoristas. “É bastante importante que os utentes usem o aplicativo para fazer algum comentário ou queixa. Se os clientes utilizarem o aplicativo para reportar uma situação, em vez de irem para as redes sociais, podemos actuar de forma imediata”, comenta.
Durante este ano, a Yango também baixou o tempo médio de espera de 5-6 minutos para 9, implementou o botão de emergência com acesso directo ao Centro Integrado de Segurança Pública, e implementou um sistema no qual concentra os dados dos motoristas, função antes exclusiva dos parceiros.
“Queremos mudar o paradigma da mobilidade urbana em todo o país, tal como fizemos em Luanda. Antes da Yango, a mobilidade era um luxo reservado a uma classe específica; agora, tornou-se um direito de todo cidadão”, comentou Ivan Mugimbo, que espera que “que as maiores cidades angolanas recebam a Yango no menor tempo possível.”
JLo do lado errado da história