Valor Económico

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A restrição da China no fornecimento de crude à Coreia do Norte levou a um aumento do preço da gasolina no país, com uma subida de 20% na semana passada.

 

A China poderá estar a limitar o fornecimento de crude a Pyongyang, devido à insistência do regime de Kim Jong-un em realizar testes nucleares e com mísseis balísticos. Habitantes das províncias norte-coreanas de Hamgyong e Yangang, citados pelo jornal digital ‘Daily NK’, cuja redacção é composta por desertores do país, afirmaram que o preço da gasolina subiu 20% só na semana passada.

Fontes citadas pelo mesmo jornal garantiram que os táxis em Pyongyang e camiões que fazem transporte interurbano de pessoas e mercadorias não aumentaram as tarifas. No entanto, o número de passageiros transportados por viagem aumentou, visando contornar o aumento do preço da gasolina, indicaram as mesmas fontes.

A Coreia do Norte depende quase exclusivamente da China para importar crude e derivados. Vários analistas consideraram que incluir produtos petrolíferos num novo pacote de sanções das Nações Unidas poderá constituir um golpe duro para o país.

A China, que até há pouco tempo mantinha com a Coreia do Norte uma relação descrita tem-se progressivamente afastado do país, consciente de que este representa cada vez mais uma fonte de tensão regional e um embaraço para a diplomacia chinesa.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem pedido a Pequim para que trave o programa nuclear de Kim Jong-un. Em Fevereiro passado, o Ministério do Comércio chinês anunciou a suspensão total das importações de carvão oriundas da Coreia do Norte.

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) negou, esta semana, que ter enviado tardiamente o convite à União Europeia (EU), para observar as eleições gerais em Agosto, afirmando ser do interesse da instituição aquela presença.

 

André da Silva Neto falava à imprensa, em Luanda, no final de uma reunião sobre a segurança do processo eleitoral promovida pelo Ministério do Interior, juntamente com os partidos concorrentes às eleições, tendo negado informações recentes sobre um alegado atraso no envio do convite à União Europeia.

"Neste momento, os convites estão a ser endereçados a todos os observadores internacionais e quero aqui reiterar a nossa firme vontade de ver a União Europeia engajada nesse processo", disse André da Silva Neto. Acrescentou que a CNE enviou o convite à União Europeia "em devido tempo", insistindo em que “não há qualquer atraso da parte angolana”.

"Ainda há tempo para dialogar e encontrarmos o consenso com a União Europeia, porque é nossa vontade que a mesma esteja presente na observação deste processo", explicou. Acrescentou que "as limitações de convites" para observadores internacionais "estão previstas por lei".

"Os convites para os observadores eleitorais estrangeiros é um processo que a nossa lei eleitoral normativa e há prazos a cumprir", apontou.

Na ocasião, André da Silva Neto enalteceu igualmente a reunião que foi promovida pelo Ministério do Interior, assinalando ter sido “bastante produtiva” para os intervenientes ao processo eleitoral.

"Foi um diálogo frutífero com os partidos políticos, na qual foram traçadas orientações sobre a forma como devem lidar com o Ministério do Interior neste processo, que culminara com as eleições gerais", concluiu.

O ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, regressou ontem (11) ao país, depois de cumprir visitas de trabalho às Repúblicas de França e da Itália, na qualidade de enviado especial do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, no quadro do reforço das relações de cooperação com os dois países.

 

Em França, primeira etapa da visita ao continente europeu, João Lourenço foi recebido segunda-feira (10), em audiência, pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, durante a qual procedeu à entrega de uma mensagem do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Durante a audiência, Emmanuel Macron manifestou o interesse da França em reforçar as relações de cooperação com Angola, que se circunscrevem aos sectores dos petróleos, da indústria agro-alimentar, banca, educação e construção civil.

Já na Itália, o ministro da Defesa Nacional manteve, terça-feira (11), um encontro com o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, a quem transmitiu uma mensagem verbal do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos. Na ocasião, os dois interlocutores passaram em revista as relações entre os dois Estados, que são consideradas “excelentes”, assim como a situação política, com realce para a realização de eleições que terão lugar em Angola, em Agosto próximo, e no próximo ano, na Itália.

Além de João Lourenço, que chefiou a delegação, integraram a comitiva angolana o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, bem como oficiais superiores do Ministério da Defesa Nacional.

O Ministério da Agricultura procede hoje (12), no Moxico, à abertura oficial da campanha florestal/2017 e à apresentação dos resultados do Programa Dirigido para a Produção de Mel e de Arroz, sob o lema ‘Reforçar para promover o desenvolvimento’, O acto de abertura da campanha e apresentação deste programa vai ser feito pelos secretários de Estado para a Agricultura, José Amaro Tati, e Recursos Florestais, André de Jesus Moda, respectivamente.

 

E prolonga-se até sábado (15). No certame, serão debatidos, entre vários temas, as políticas do Ministério da Agricultura para impulsionar o sector no actual contexto económico, a formação de quadros no novo paradigma de diversificação da economia e o fomento à indústria madeireira para a criação de empregos, segundo uma nota de imprensa enviada à Angop.

O evento conta com a presença do governador do Moxico, João Ernesto dos Santos ‘Liberdade’, membros do governo, deputados, representantes de instituições financeiras nacionais, académicos, empresários do sector agro-pecuário e florestal, representantes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), da União Europeia, entre outros convidados.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) vai receber mais 25,1 mil milhões de kwanzas para cobrir despesas com a supervisão do registo eleitoral presencial, que concluiu pela inscrição de 9,3 milhões de eleitores.

 

Esta verba será transferida do Orçamento Geral do Estado (OGE), conforme autorização que consta de um Decreto Presidencial de 7 de Julho, ao qual a Lusa teve hoje (12) acesso, permitindo um crédito adicional naquele valor para pagar "despesas relacionadas com o processo de supervisão do registo eleitoral presencial" pela CNE.

O registo eleitoral com vista às eleições gerais decorreu entre 25 de Agosto de 2016 e 31 de Março de 2017, em todo o país, conduzido pelo Ministério da Administração do Território (MAT). Para a supervisão do processo de registo eleitoral, já tinha sido aprovado, em Fevereiro deste ano, um outro crédito adicional ao OGE de 2017, neste caso, no valor de 5.980 milhões de kwanzas.