Valor Económico

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O ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, é portador da mensagem do chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, no quadro do reforço da cooperação bilateral.

 

João Lourenço, que chega hoje (9) a Paris para uma visita oficial de trabalho, segue, depois, na segunda-feira (10), para Roma, capital da Itália, onde deverá também proceder à entrega uma mensagem de José Eduardo dos Santos ao seu homólogo Paulo Gentiloni.

Depois dos testes da primeira turbina e de elevação da rotação, previstos para hoje (9), a barragem de Laúca inicia a geração de energia comercial, a partir do dia 21 deste mês, visando o reforço da capacidade energética do país.

 

Segundo o director do projecto Laúca, Elias Estevão, que falava à Angop, os referidos testes visam “avaliar o comportamento da turbina e a velocidade prevista de duzentas rotações por minuto, numa altura em que já decorre a inspecção geral do sistema, a fim de se dar início, a 12 deste mês, do escoamento de energia da barragem para a rede nacional e, posteriormente, a 21 deste mês, entrar em funcionamento pleno para a produção comercial de energia.

De acordo com o gestor, todos esses trabalhos são ainda experimentais, para definir o estado operacional do gerador, do transformador e da subestação, até garantir a distribuição da energia eléctrica definitiva. Elias Estevão disse que essas operações poderão eventualmente “criar transtornos no fornecimento actual de energia, consubstanciados em cortes e restrições, até se consumar a estabilidade de todo o sistema”, que alimentará Malanje, Kwanza-Norte, Luanda, Kwanza-Sul, Uíge, Zaire e Bengo.

Explicou que, em função do alcance da cota de mais de 810 metros de altura da albufeira, se prevê produzir, pelo menos, 85% da capacidade nominal da primeira turbina, corresponde entre 290 e 300 megawatts de energia. As obras de construção da barragem hidroeléctrica de Laúca iniciaram em 2012 e têm o termino previsto para 2018, com a produção de 2.070 megawatts, após a entrada em funcionamento das sete turbinas.

O centro histórico da cidade de Mbanza Congo foi declarado ontem (sábado), por unanimidade, como património mundial pela Comissão de Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Mbanza Congo foi candidatada pelo Governo a Património Cultural da Unesco e é a primeira a ser validada, em Angola, por aquela Organização da ONU.

 

A decisão foi tomada durante a 41.ª sessão daquela comissão, reunida em Cracóvia, na Polónia. O projecto ‘Mbanza Congo, cidade a desenterrar para preservar’, que tinha como principal propósito a inscrição da capital do antigo Reino do Congo, fundado no século XIII, na lista do património da Unesco, foi oficialmente lançado em 2007.

O centro histórico de Mbanza Congo, no Zaire, está classificado como património cultural nacional desde 10 de Junho de 2013, um pressuposto indispensável para a sua inscrição na lista de património mundial. A candidatura de Angola destacava que o Reino do Congo estava perfeitamente organizado aquando da chegada dos portugueses, no século XV, uma das mais avançadas em África à data.

A área classificada envolve um conjunto cujos limites abrangem uma colina a 570 metros de altitude e que se estende por seis corredores. Inclui ruínas e espaços, entretanto alvo de escavações e estudos arqueológicos, que envolveram especialistas nacionais e estrangeiros.

Os trabalhos arqueológicos realizados no local envolveram a medição da fundação de pedras descobertas no local denominado ‘Tadi dia Bukukua’, supostamente o antigo palácio real. Passaram igualmente pelo levantamento da missão católica, da casa do secretário do rei, do túmulo da Dona Mpolo (mãe do rei Dom Afonso I, enterrada com vida por desobediência às leis da corte) e do cemitério dos reis do antigo Reino do Congo.

Dividido em seis províncias que ocupavam parte das actuais República Democrática do Congo, República do Congo, Angola e Gabão, o Reino do Congo dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas, palácios e residências.

O relatório votado recomenda igualmente a colaboração com outros países na identificação de outros locais e pontos do interesse do antigo Reino do Congo e da rota dos escravos de África para a América, "com potencial" para ser inscrito na lista de património mundial.

O presidente norte-americano Donald Trump reuniu-se pela primeira vez com o seu homólogo russo Vladimir Putin, hoje (7), à margem da cúpula do G20 para tentar superar a relação agitada entre os dois países.

 

A cúpula dos 20 líderes dos países mais poderosos do mundo tem sido perturbada pelos muitos confrontos entre a polícia e activista anti-globalização nas ruas de Hamburgo, na Alemanha. "É uma honra estar com você", declarou Donald Trump ao cumprimentar o seu homólogo com um forte aperto de mão.

O presidente americano disse esperar que as discussões propiciem "uma série de elementos muito positivos para a Rússia, os EUA e todos os envolvidos". "Estou muito feliz em conhecê-lo e espero que este encontro termine num resultado positivo", ressaltou Putin. Os dois líderes conversaram por telefone quatro vezes desde a chegada ao poder de Donald Trump em Janeiro. Ao chegar à Casa Branca, Donald Trump, muito elogioso a Vladimir Putin, defendeu uma aproximação entre os dois países. Isso seria "maravilhoso", havia considerado.

Mas este ambiente amistoso logo se deteriorou, em meio a suspeitas de conluio entre a equipa de Donald Trump e o Kremlin, e novas sanções americanas contra Moscovo pela crise ucraniana. Na quinta-feira em Varsóvia, Donald Trump criticou abertamente o papel "desestabilizador" da Rússia, acusada pelo Ocidente de apoiar militarmente os separatistas pró-russos na Ucrânia.

Muitas outras questões dividem os dois países, incluindo a guerra na Síria. A este respeito, os dois países continuam a dialogar apesar das enormes divergências, principalmente após a destruição pelos americanos de um avião sírio que ameaçava, segundo eles, os seus aliados curdos.

O G20 discute outros temas difíceis, como o clima e o comércio, num centro de conferências transformado em campo de trincheiras diante dos activistas anti-G20 determinados a se fazer ouvir.

Milhares de manifestantes tentavam aproximar-se nesta sexta-feira à noite da Filarmônica de Elbe em Hamburgo, onde os 20 chefes de Estado e de Governo devem assistir a um concerto com as suas esposas.

A polícia de Hamburgo precisou pedir reforços para lidar com as manifestações anti-G20, depois que viaturas foram incendiadas, cerca de 160 polícias foram feridos e pelo menos 45 pessoas detidas.

O Banco de Fomento de Angola (BFA), vai conceder uma linha de crédito ao Estado de mais de 185 milhões de euros.

 

Segundo autorização presidencial de finais de Junho, a que a Lusa teve hoje acesso, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, aprova a abertura desta linha de financiamento a favor do Ministério das Finanças, dada a "necessidade de se implementar projectos integrados no Programa de Investimentos Públicos" e "de acordo com a política de investimento para o desenvolvimento económico e social do país".

O documento, que não especifica as condições deste empréstimo do BFA ou as obras a financiar, refere que o valor global do financiamento será de 35 mil milhões de kwanzas. Para cumprir as exigências do Banco Central Europeu (BCE), que obriga a reduzir a exposição ao mercado angolano, o BPI vendeu em Janeiro 2% da sua participação no BFA à operadora Unitel, deixando de controlar aquela instituição, ficando com 48,1%.