“Não acredito que o nosso grande problema seja a falta de dinheiro, acredito que falta eficiência na gestão”
Acusa os agentes “legislativos e políticos de julgarem que podem fazer o que os produtores fazem”. Explica as razões do encerramento do Kikovo, sublinhado que a paralisação mostra que o Governo tem estado a trabalhar “com informações duvidosas e criminosas” em relação à produção do sector avícola.

Paralisaram as operações da Kikovo e estão a realizar obras de restruturação. Quais foram as razões da paralisação?
Parámos a produção em Janeiro de 2025. Os níveis de produção na avicultura vão decrescendo. Então, ao longo de 2024, fomos baixando a nossa produção para permitir que, em Janeiro, tivéssemos a produção a zero. Em Dezembro 2024, tivemos uma produção de cerca de cem mil ovos e frango por dia. Saímos de cerca de um milhão para cerca de mil ovos dia para permitir fazer o abate das aves e iniciar o processo de revitalização, mas tudo estrategicamente.
Qual é o impacto que perspectivaram para o mercado?
Pela experiência que temos do mercado local e conhecimento internacional, fomos colocando algumas questões aos órgãos de tutela que deveriam fazer uma certa reestruturação no processo produtivo de produção de aves e frango.
E qual foi o feedback?
As pessoas não valorizaram, não prestaram atenção. Foram surgindo outros projectos que dizem ter um milhão de ovos e, à medida que esses projectos foram surgindo, foram desvalorizando o trabalho da Kikovo. Partiram do pressuposto de que, existindo hipoteticamente outros projectos de um milhão de ovos, o mercado estaria estabilizado, o que não aconteceu e o preço está alto. Até à nossa permanência no mercado, o ovo chegava a 80 ou a 100 kwanzas. Fizemos esse alerta, mas não foi tido em consideração e, estrategicamente, preferimos sair e fazer toda uma reestruturação.
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