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Valor Económico

Valor Económico

“Fechou o restaurante Portofino entrou em ‘cena’ o ‘Mirage’”. É desse jeito, que muitos luandenses se comunicam quando decidem ir a este espaço.

Localizado em Luanda, numa zona privilegiada, no terceiro andar do edifício Deana Day Spa, ao lado do estabelecimento Bahia, o espaço combina tranquilidade proporcionada pela iluminação delicada e a vista que se dá a Baía de Luanda. O restaurante conta com um estacionamento facilitado e com uma série de serviços ao redor que completam a visita.

O espaço é ideal para encontros de negócios, saídas familiares e até um momento entre amigos. Com tons cremes e uma mistura de materiais que variam entre madeira e alumínios, a decoração salta à vista mal se põe os pés no local.

Os preços no ‘Mirage’ variam entre os dois e os 12 mil kwanzas, sem contar com a bebida, o que o torna num dos restaurantes mais caros da capital. O menu de entradas está dividido entre quatro opções de entradas frias e igual número de entradas quentes.

Entre os pratos principais, existem as opções de cinco pratos de carne e peixe em que o preço médio do prato ronda entre os 4.000 Kz e os 6.000 Kz.

Malanje é uma província privilegiada, em termos de belezas naturais. As Pedras Negras de Pungo Andongo, assim como as Quedas de Kalandula, deixam qualquer visitante deslumbrado pela sua imponência. Considerada como uma das sete maravilhas do país, têm mais de 500 metros e formam um arco-íris permanente e um nevoeiro ilusório.

A região que acolhe as Quedas de Kalandula, a ilha do Kwanza, no município da Cangandala, tem locais propícios para banhos e é também a região da Palanca Negra Gigante. A ´maravilha natural´ tem também um miradouro e é um local próprio para passeios e piqueniques.

Mas Malanje não conta somente com as ´maravilhas´ de Kalandula. Existem também as quedas de S. Francisco José, quedas do Colo e as quedas rápidas do Luino. O Morro do Bongo e a Mesa da Rainha Ginga são outras das atracções que não deve deixar de visitar. Em Capanda, está situada a maior barragem do país.

A região possui igualmente uma vasta fauna, de entre os quais se destacam a Palanca Negra Gigante, os Mabecos, Hiena Malhada, Leopardo, Chita, Gunga, Kissoma, Puku, Songue, Bambi comum, Pacaça, Elefante, Lebre, Palanca Vermelha, Golungo, Nunce, Búfalo, Javali, Hipopótamo, Crocodilo, Leão, Onça, Pongolim, entre outros, incluindo várias espécies de aves.

As festas da cidade acontecem a 13 de Fevereiro e o dia 4 de Fevereiro também é muito celebrado devido ao massacre da Baixa de Kassange.

Malanje possui aeroporto e ligação através de caminho-de-ferro à capital do país, Luanda.

As principais companhias aéreas comerciais voam todas as semanas para a província. As estradas têm sido reparadas e é possível chegar a Malanje via Luanda.

O clima é tropical húmido com temperaturas médias que rondam os 22ºC. O mês mais frio é o de Junho com uma média anual de 21ºC e os mais quentes são os de Março e Abril, com uma média de 25ºC. Ao longo do ano registam-se duas estações: chuvosa que abarca cerca de nove meses (Agosto a Maio) e a outra é a estação do cacimbo que vai de 15 de Maio a 15 de Agosto.

 

ONDE FICAR

A cidade não conta com muitas opções na rede hoteleira. Dos poucos que existem, destacam-se os hotéis Regina II, Palanca Negra e o Yolaca.

 

ONDE COMER

A gastronomia em Malanje é conhecida por oferecer pratos típicos da região, como a kizaca, o usse, a carne seca, ginguinga (feita com miudezas), que é sempre acompanhada de funje de mandioca ou de milho. As opções podem ser encontradas no restaurante Kapri, Teresinha, entre outros.

O lançamento do jornal VALOR ECONÓMICO juntou mais de 500 pessoas, em Luanda, para debater uma das prioridades absolutas do país: a compreensão da crise e, mais importante, as medidas necessárias para combatê-la. Quem esteve na conferência ouviu o Nobel ThomasSargent a relembrar como os governos devem prevenir, com políticas económicas correctas, os momentos como este que Angola atravessa. Mas também ouviu o Governo a apresentar os seus ‘argumentos de razão’, sobre o plano de saída da crise, através do ministro das Finanças, Armando Manuel. Ou ainda as propostas do académico Manuel Nunes Júnior, relativamente às verdadeiras prioridades nacionais, num cenário de escassez de recursos, sobretudo financeiros, e de grande exposição à volatilidade externa.

Mas, à semelhança das intervenções dos oradores, elogiadas e criticadas pela audiência, a conferência do VE recordou outras mensagens poderosas. Uma delas é a necessidade do contacto e do diálogo permanentes entre governados e governantes. Não foi por acaso que, no conjunto, a maioria dos presentes reclamou por mais iniciativas que favoreçam o diálogo. A avidez pelo debate foi, aliás, ao ponto de suscitar da parte dos presentes o interesse pelo alargamento da interacção com os oradores, depois de várias horas sentados a ouvir os três conferencistas.

A outra mensagem conexa é o esclarecimento provado de que Governo e governados podem divergir nas ideias, num momento de diálogo, sem necessidade de fracturas que ultrapassem os limites do razoável. E, neste particular, a crítica é, por razões óbvias, mais virada ao Governo do que propriamente à sociedade.

É o Governo que assume a responsabilidade de gerir os interesses do Estado e, neste sentido, cabe aos seus membros prestar contas, nas diferentes vias em que isso se torna possível. Responder a perguntas e dúvidas dos governados em conferências, palestras e debates é, indiscutivelmente, uma das formas de o fazer. Quer em eventos de entidades privadas, como foi o caso da conferência do VE, quer em iniciativas promovidas por organismos públicos.

Daqui saem, por isso, alertas para a atitude do Governo quanto à gestão das várias crises que afectam o país, mais concretamente em matéria de comunicação. Com crises na economia e nas finanças, na saúde e em tudo o que valha, a informação passiva do Governo corrói seriamente as expectativas de qualquer esperança. E a resignação é, indiscutivelmente, o pior que podia acontecer a Angola nesta fase, depois da queda do preço do petróleo, da subida descontrolada dos preços, do agravamento do desemprego, da ruptura de medicamentos nos hospitais, da instalação da febre amarela e das demais febres com e sem nome.

O que sobra, portanto, como referência presente e futura, é precisamente isso: a necessidade do diálogo. As consequências do afastamento entre poder e povo são mais do que conhecidas. E ThomasSargent fez questão de, oportunamente, adicionar outro alerta, recorrendo a dois provérbios chineses. “O Governo tem as suas próprias estratégias e o povo têm as suas contra-estratégias.”