Valor Económico

Valor Económico

O Ministério da Agricultura procede hoje (12), no Moxico, à abertura oficial da campanha florestal/2017 e à apresentação dos resultados do Programa Dirigido para a Produção de Mel e de Arroz, sob o lema ‘Reforçar para promover o desenvolvimento’, O acto de abertura da campanha e apresentação deste programa vai ser feito pelos secretários de Estado para a Agricultura, José Amaro Tati, e Recursos Florestais, André de Jesus Moda, respectivamente.

 

E prolonga-se até sábado (15). No certame, serão debatidos, entre vários temas, as políticas do Ministério da Agricultura para impulsionar o sector no actual contexto económico, a formação de quadros no novo paradigma de diversificação da economia e o fomento à indústria madeireira para a criação de empregos, segundo uma nota de imprensa enviada à Angop.

O evento conta com a presença do governador do Moxico, João Ernesto dos Santos ‘Liberdade’, membros do governo, deputados, representantes de instituições financeiras nacionais, académicos, empresários do sector agro-pecuário e florestal, representantes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), da União Europeia, entre outros convidados.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) vai receber mais 25,1 mil milhões de kwanzas para cobrir despesas com a supervisão do registo eleitoral presencial, que concluiu pela inscrição de 9,3 milhões de eleitores.

 

Esta verba será transferida do Orçamento Geral do Estado (OGE), conforme autorização que consta de um Decreto Presidencial de 7 de Julho, ao qual a Lusa teve hoje (12) acesso, permitindo um crédito adicional naquele valor para pagar "despesas relacionadas com o processo de supervisão do registo eleitoral presencial" pela CNE.

O registo eleitoral com vista às eleições gerais decorreu entre 25 de Agosto de 2016 e 31 de Março de 2017, em todo o país, conduzido pelo Ministério da Administração do Território (MAT). Para a supervisão do processo de registo eleitoral, já tinha sido aprovado, em Fevereiro deste ano, um outro crédito adicional ao OGE de 2017, neste caso, no valor de 5.980 milhões de kwanzas.

231 mil milhões de kwanzas é o valor da carteira de crédito malparado que Banco de Poupança e Crédito (BPC) prevê vender à Recredit, no âmbito do plano de recapitalização da instituição financeira.

 

O processo de reestruturação do BPC vai implementar o programa de aumento do capital social por subscrição de acções ordinárias pelos accionistas, no montante de 90 mil milhões de kwanzas, assim como a emissão de instrumentos de dívida subordinada convertível elegíveis para fundos próprios base, avaliada em 72 mil milhões de kwanzas, respectivamente, segundo o presidente do conselho de administração do BPC, Ricardo Viegas d’Abreu.

O gestor, que falava durante uma conferência de imprensa sobre os 100 dias de trabalho deste conselho, considerou o plano de recapitalização do BPC um conjunto de iniciativas que visam assegurar a manutenção de uma posição financeira sólida e de um nível de rentabilidade sustentável e adequado ao perfil de risco do banco.

Ainda em relação ao crédito malparado, o responsável sublinhou que a recuperação deste valor depende, grandemente, da aceleração económica, tendo em conta que a maior parte dos credores perdeu a capacidade financeira devido à situação conjuntural que o país atravessa.

Apontou, por outro lado, o Plano de Acções Integrado, que visa a operacionalização do negócio bancário e a revitalização de toda a actividade comercial do banco como uma das acções desenvolvidas ao longo dos primeiros 100 dias do conselho de administração.

Deste plano, intitulado Plano de Acções Imediatas (PAI), fazem parte a organização e o capital humano, a gestão da mudança e das operações, bem como a melhoria dos níveis de serviço, a optimização dos processos de sistemas de informação, a dinamização e reorganização comercial, entre outras acções, referiu o também presidente da Comissão Executiva do BPC.

"Nestes primeiros 100 dias em funções decidimos centrar o nosso trabalho em torno de três grandes áreas, nomeadamente, a relação de excelência com o Banco Central, apostando cada vez mais na adopção das melhores práticas de governo e de compliance defendidas e aceites por toda a comunidade financeira mundial, assim como a segmentação dos clientes do BPC e foco na actividade comercial do banco", referiu.

De acordo com o gestor, as questões relativas ao funcionamento, créditos e especifidades dos créditos, montantes e outros aspectos relativos a este processo, serão comunicados e partilhados a partir da Recredit (sociedade anónima de capitais públicos que visa recuperar o credito malparado da banca pública, criada em 2016).

Apontou também o III trimestre de 2018 como período que será reinaugurado o edifício sede do BPC, que se encontra em reabilitação. A estabilização, reestruturação, dinamização e controlo da actividade comercial do BPC prevê-se ser concluídas em 2018, garantiu o responsável.

A transportadora aérea Emirates anunciou hoje (10) o "fim imediato" do contrato de concessão para gestão da TAAG face "às dificuldades prolongadas que tem enfrentado no repatriamento das receitas" das vendas em Angola.

 

Numa declaração enviada hoje à Lusa, a transportadora refere igualmente que está a "tomar medidas no sentido de reduzir a sua presença em Angola" e que a partir de hoje reduz de cinco para três o número de frequências semanais para Luanda.

"Esta questão tem-se mantido sem solução, apesar de inúmeros pedidos feitos às autoridades competentes e garantias de que medidas seriam tomadas", refere a companhia árabe. "Com efeito imediato, a Emirates põe fim à sua cooperação com a TAAG ao abrigo de um contrato de concessão de gestão em curso desde Setembro de 2014", acrescenta a empresa, com sede nos Emirados Árabes Unidos. "Esperamos que a questão do repatriamento de fundos seja resolvida o mais cedo possível, de modo que as operações comerciais possam ser retomadas de acordo com a demanda", refere ainda a companhia.

O contrato de gestão assinado entre o Governo e a Emirates prevê a introdução de uma "gestão profissional de nível internacional" na TAAG, a melhoria "substancial da qualidade do serviço prestado" e o saneamento financeiro da companhia, que, em 2014, registou prejuízos de 99 milhões de dólares.

Em contrapartida, no âmbito do Contrato de Gestão da transportadora pública celebrado com a Emirates Airlines para o período entre 2015 e 2019, prevê-se dentro de quatro anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.

O presidente do conselho de administração da TAAG, Peter Hill, indicado para o cargo pela Emirates ao abrigo do acordo com o Governo, anunciou ter cortado 62 milhões de euros em custos no primeiro ano daquela gestão. "Nós dissemos, no nosso plano de negócios, que em três anos íamos reduzir custos em 100 milhões de dólares e logo no primeiro ano já poupamos 70 milhões. Por isso estamos muito contentes e posso dizer que as finanças da companhia estão a melhorar dramaticamente", explicou. "Herdamos uma companhia não lucrativa, com muitos trabalhadores, e nos últimos 12 meses estamos a reduzir os custos", enfatizou o administrador, que assumiu funções em outubro de 2015. Segundo Peter Hill, a TAAG contava então com cerca de 4.000 trabalhadores, para operar 31 destinos domésticos e internacionais, após uma forte redução, apenas com programas de reforma.

PURIFICAÇÃO ATMOSFÉRICA. Árvore artificial ajuda a reduzir contaminação atmosférica e poderá combater a poluição. Sistema chama-se CityTree, a árvore da cidade, e está concentrado numa estrutura móvel que pode ser instalada em qualquer local.

 

Não tem tronco nem ramos, pois não se trata de uma árvore comum, mas de uma cultura de musgo. Liang Wu, cofundador da Green City Solutions, empresa que criou a CityTree, explica que “o musgo consegue armazenar todas as partículas da poluição e usá-las como nutrientes”.

“As culturas de musgo têm uma área de superfície de folhas muito maior do que qualquer outra planta. Isso significa que podemos capturar mais poluentes”, acrescenta Zhengliang Wu, membro da Green City Solutions. Por estar habituado a lugares com menores quantidade de terra e por ser uma planta com boas capacidades de filtrar o ar, o musgo actua em diversas cidades como um purificador do ar, eliminando a poluição.

A CityTree foi desenvolvida por designers em Berlim, Alemanha, e tem como objectivo combater a poluição atmosférica nas cidades, um dos graves problemas ambientais da actualidade. Mais de 80% das pessoas que vivem em áreas urbanas estão expostas a níveis de poluição do ar que ultrapassam os valores máximos estipulados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Previsões indicam que, em 2050, dois terços da população mundial vai viver em zonas urbanas, sendo a limpeza do ar das cidades prioritária.

A OMS estima em sete milhões as mortes prematuras por ano causadas pela poluição. Esta árvore artificial absorve dióxido de nitrogénio e partículas microscópicas do ar equivalente a 275 árvores naturais, de acordo com os seus criadores. Uma só parede de musgo instalada numa cidade equivale a um bosque, conseguindo recolher 250 gramas de partículas por dia e armazenar 240 toneladas métricas de CO2 por ano.

A CityTree já foi colocada em 25 cidades e a sua instalação demora seis horas. A árvore inclui sensores que controlam a humidade do solo, a temperatura do ar e a qualidade da água e está equipada com painéis solares que armazenam electricidade e um reservatório para aproveitar a água da chuva, que é posteriormente bombeada para o solo. Esta árvore avalia ainda a qualidade do ar no momento e a sua eficácia na filtragem dos compostos poluentes.

Gary Fuller, especialista em poluição do ar no King”s College London, classifica este projecto como “muito ambicioso”. O custo inicial da instalação desta árvore artificial é de cerca de 24 mil euros, valor muito superior aos cerca de 800 euros de custo por década da plantação de uma árvore.