Esta avaliação apresentada à imprensa pela chefe da missão de observação da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SDAC), a sul-africana Miriam Resohoketsoe Keneiloe Saohatse, duas horas depois do encerramento das assembleias de voto.

Os membros entrevistados foram unânimes em reconhecer a forma ordeira como os votantes se dirigiram às urnas. Atribuíram o êxito à organização da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a julgar pela lisura do processo e o engajamento dos presidentes das assembleias de voto e dos delegados de lista. “Podemos apreender várias lições durante a observação dessas eleições”, disse a responsável.

Idêntica opinião foi expressa por Rui Semedo, do partido PAICV, de Cabo Verde, Aurélio Martins, do MLSPT (S. Tomé e Príncipe), Fernando Luís Vales, do PSD, António Filipe, do PCP e Luís Pedro Mota, do CDS-PP (todos de Portugal). Enalteceram igualmente o processo, o representante da Swapo (Namíbia), Nangola Mbumba e da ZANU-PF (Zimbabwe), Ignatius Chombo.

Em declarações à imprensa para anunciar as decisões tomadas na plenária realizada na madrugada de quinta-feira para analisar a organização das eleições gerais que tiveram lugar quarta-feira, a responsável explicou que tal situação se deveu a condições climatéricas e a avaria dos meios aéreos.

De igual modo, Júlia Ferreira apontou o despenhamento, recentemente, de uma aeronave que se encontrava ao serviço da CNE para fazer a distribuição logística. Referiu que, tendo em conta o estipulado na lei, o acto eleitoral nessas localidades terá lugar no próximo sábado, 26, tendo sido notificados os delegados de lista dessas assembleias. Frisou que a realização desse acto no sábado, nessas localidades, não constitui impeditivo para a divulgação dos resultados provisórios tão logo a Comissão Nacional Eleitoral tenha em sua posse as actas sínteses provenientes das diversas assembleias de voto.

Júlia Ferreira considerou que, em termos gerais, o processo de votação foi satisfatório, tendo em conta os pressupostos e procedimentos consignados na lei que foram escrupulosamente observados no decurso do acto eleitoral que decorreu no país. “Constatou-se a presença dos cadernos eleitorais nas mesas de voto, assim como maioritariamente os cidadãos apresentaram os seus cartões eleitorais e a existência do material eleitoral adequado para o processo de votação”, descreveu a porta-voz.

Destacou a presença dos delegados de lista e dos observadores e o registo de uma afluência massiva dos eleitores às assembleias de voto, e o papel desempenhado pelos assistentes eleitorais.

O início da divulgação dos resultados provisórios está previsto para hoje, quinta-feira, de acordo com a responsável.

André da Silva Neto referiu ainda que o processo decorre com normalidade, com o povo angolano eleitor a revelar um "civismo, responsabilidade", que merece os mais elevados elogios da CNE.

Nestas quartas eleições, concorrem o MPLA, a UNITA, a CASA-CE, o PRS, a FNLA e a APN.

Quando eram 8h10, Bendito Daniel, já com o indicador direito pintado, revelou à imprensa a expectativa de “bons resultados”, pois trabalhou “afincadamente” como dirigente de um partido com “estrutura implantada em todo o país”. “O nosso programa é único e não se confunde com mais nenhum. O nosso modelo de governação, apesar de ser infernizado por aqueles que querem perpetuar o sofrimento dos angolanos, tem muita receptividade no seio da população”, garantiu o líder do PRS, acrescentando que, caso não vença, os angolanos reservarão para o seu partido “um lugar cimeiro nestas eleições".

Acompanhado da sua esposa, de membros do conselho presidencial da coligação, apresentou o cartão de eleitor na assembleia e recebeu o boletim de voto.

À saída da assembleia, apelou ao voto dos eleitores. Nas eleições gerais de 2012, a CASA-CE elegeu oito deputados.