O grupo privado ‘Silva Silva’ investiu 18 milhões de dólares na construção da maior fábrica do país de corte e polimento de mármores e granitos, no município de Moçamedes, no Namibe, anunciou o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.
Segundo o dirigente, que falava ontem no acto de inauguração da fábrica, o executivo tem vindo a encorajar projectos que levem ao combate da crise de receitas fiscais e de cambiais que assolam o país. “Foram aqui investidos 18 milhões de dólares que vão permitir gerar 350 postos de trabalhos directos, podendo atingir 1.500 postos de trabalho indirectos pela cadeia de valor”.
A fábrica foi instalada numa área de quatro hectares e, avança Queiroz, vai aumentar a produção de rochas ornamentais, acudindo a necessidade dos produtores da região que se debatiam com a falta de um centro de corte e polimento de rochas de referência internacional. “Com este empreendimento, todos os produtores de rochas ornamentais podem acorrer aqui para fazer o corte e polimento, abastecendo o mercado interno e externo, pois a qualidade está garantida”, acrescentou.
De acordo com a fonte, a fábrica “acrescenta um valor à indústria mineira do país”, por apresentar máquinas modernas com capacidade de produção comprovadas, que conferem vitalidade para competir nos mercados interno e externo, aumentando a exportação de produtos acabados e permitindo arrecadar mais divisas e receitas fiscais.
Francisco Queiróz aproveitou a oportunidade para instar os produtores de mármore e granito a desenvolverem campanhas de marketing para a promoção dos produtos locais em feiras nacionais e internacionais, por apresentarem qualidades reconhecidas internacionalmente.
Na ocasião, O governador do Namibe, Carlos da Rocha Cruz, aconselhou o empresariado nacional a explorar as potencialidades da província, garantindo o apoio do governo local em iniciativas empresariais que visam o relançamento da economia e da indústria local.
Carlos da Rocha Cruz lembrou ainda que com o surgimento dessa fábrica, aumentou a oferta de emprego e vai ajudar a poupar divisas na importação de produtos para a construção civil. “Vamos deixar de gastar dólares na compra de produtos para a construção e teremos produtos acabados e com qualidade”, disse.
Criação da empresa
A fábrica Silva e Silva indústria mineira, criada com recurso a um financiamento do BPC (Banco de Poupança e Créditos) na ordem dos 80% e os restantes fundos próprios, está vocacionada para o fabrico de produtos acabados de granitos, mármores, calcários e outras rochas ornamentais, ladrilhos: vulgo mosaico, e outros utensílios para a construção civil.
As máquinas de polimento de mármores e granitos da referida fábrica foram adquiridas na Itália, última tecnologia da Simeck, segunda melhor do mundo depois da Alemanha. A energia para garantir o funcionamento das máquinas é proveniente de um gerador com capacidade de 2.200 kv, dois geradores de 600 kv, um gerador de 250 kv, contando ainda com uma rede eléctrica instalada.
Segundo o responsável da fábrica, Miguel Silva, o mercado interno é prioritário, sendo que outra parte do produto será exportada para a Europa e a Ásia. “ Os angolanos têm de se sentir dentro do luxo, vamos praticar os preços mais baixos do mercado, para o acesso de todo o mundo, porque os custos de produção serão reduzidos, pois a matéria-prima é local e, na segunda fase do nosso projecto, vamos extrair nas nossas próprias minas", disse.
Manutenção do equipamento Segundo ainda o responsável da unidade fabril, a manutenção das máquinas será assegurada por um assessor de nacionalidade italiana com auxílio de trabalhadores nacionais que diariamente farão a segurança e manutenção dos meios para que estes possam durar mais tempo e assim gerar receitas não só para a empresa, mas também para o Estado e para a província em particular.
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