Valor Económico

Valor Económico

A Turquia pretende incrementar a balança comercial com Angola, situada, em 2016, em cerca de 134 milhões de dólares para mil milhões de dólares, manifestou hoje (12) o governo turco.

 

A posição foi expressa pelo ministro das Alfândegas e Comércio da Turquia, Bulent Tufencki, que assinou hoje (12), em Luanda, com o ministro da Justiça e Direitos Humanos, Rui Mangueira, pré-acordos para a cooperação nas áreas da defesa, comércio, promoção e protecção de investimentos, pescas, ciência e tecnologia, serviço aéreo, educação, juventude e desportos, petróleo e gás, urbanismo e construção, água, ambiente, agricultura, cultura e turismo.

Segundo o governante turco, o primeiro ministro daquele país a visitar Angola, a base da relação com Angola é de mútuo ganhos, salientando que, brevemente, será assinado o acordo de protecção e promoção recíproca de investimentos, bem como para evitar a dupla tributação e evasão fiscal.

Um acordo que estabelece o quadro jurídico-legal para parcerias entre empresários turcos e angolanos deverá ser brevemente rubricado, foi igualmente divulgado. "Também vamos aumentar a nossa balança comercial para mil milhões de dólares e mais breve possível porque os números não mostram a nossa potência real, que é muito maior", disse o ministro, em declarações à imprensa.

Bulent Tufencki acrescentou que a Turquia tem interesse em investir nos setores eléctrico, hidroelétrico, energia solar, agricultura, indústria têxtil e construção em Angola.

"Podemos investir aqui e ver os nossos empresários fazendo sociedade com os empresários angolanos produzindo aqui e vendendo para terceiros países. Temos muita potência e estamos abertos para qualquer negócio que pode beneficiar tanto o Governo e o povo angolano e empresários turcos e Governo turco", disse.

Por sua vez, Rui Mangueira considerou fundamental o estabelecimento de um quadro jurídico para a cooperação entre os dois países, que poderá facilitar as relações no domínio científico, técnico, económico e cultural.

No encontro, a Turquia solicitou também o apoio de Angola para que a sua companhia aérea estatal, a Turkish Airlines, faça a ligação entre Istambul e Luanda, numa frequência de dois voos semanais.

O MPLA pretende convidar representantes de quatro partidos portugueses como observadores às eleições gerais de 23 de Agosto em Angola, segundo informação da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) a que a Lusa teve hoje (12) acesso.

 

Na lista do MPLA entregue à CNE, figuram convites a dirigir a partidos como PS, PSD, PCP e CDS-PP, de Portugal, mas também ao PT, do Brasil, ao partido comunista chinês, ao PSOE, de Espanha, ao PAICV, de Cabo Verde, à FRELIMO, de Moçambique, à SWAPO, da Namíbia, e Internacional Socialista, entre outras forças políticas da República do Congo, do Vietname, do Zimbábue e da Suécia. Já o Presidente da República, que pode indicar 12 entidades internacionais para a observação das eleições, pretende ter representantes da União Europeia, da União Africana, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Fazem parte da lista elaborada por José Eduardo dos Santos ainda os antigos presidentes de Timor-Leste, José Ramos Horta, de Moçambique, Joaquim Chissano, de Cabo Verde, Pedro Pires, de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, do Gana, John Mohama, e da Namíbia, Lucas Pohamba, além do ex-primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves.

O presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, indicou representantes dos fóruns parlamentares da CPLP e da SADC, do Parlamento Europeu e da União Parlamentar Africana para observadores às eleições.

Por seu turno, a UNITA pretende convidar a Fundação Carter e Instituto NDI, dos Estados Unidos, e a Fundação Konrad Adenauer, da Alemanha. Da lista do ‘Galo Negro’ fazem parte ainda o PRS, da Guiné-Bissau, a RENAMO e Movimento Democrático de Moçambique, Movimento para a Libertação do Congo e o Partido Popular Espanhol, além do cidadão português António Vilar.

De acordo com a CNE, já este mês foi deliberado, em plenário, uma quota de 50 observadores internacionais para a Assembleia Nacional, de 24 para o Tribunal Constitucional e de 18 para as seis formações políticas concorrentes às eleições.

"Assim, nos próximos dias, a CNE, vai começar a endereçar convites as entidades propostas pela Assembleia Nacional e pelos partidos políticos MPLA e UNITA", refere uma informação recente daquele órgão.

Acrescenta que nos termos da Lei de Observação Eleitoral, não existe um número limite de convidados internacionais para o Presidente da República nem para a CNE.

A companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) investiu 12 milhões de dólares na compra de novos equipamentos para a preparação da safra 2017/2018, prevendo um crescimento de 15% na produção de açúcar.

 

A informação foi avançada hoje (12) pela companhia, em comunicado, em que realça como necessidade de investimentos também o aumento da área de colheita de cana-de-açúcar, de 9.272 hectares na safra de 2016/2017, para 12.600 hectares na colheita actual, iniciada em finais de Junho.

No leque de novas aquisições constam colhedoras de cana-de-açúcar, tratores agrícolas, equipamentos para produção de biomassa, bem como outros equipamentos de auxílio à preparação do solo e plantio.

De acordo com a empresa, a previsão de produção de açúcar na actual safra, que decorre até 2018, é de 62.947 toneladas, contra 52.000 produzidas na anterior, sendo que, para se atingir a meta, deverão ser processadas, na unidade agro-industrial da empresa em Cacuso, Malanje, 601 mil toneladas de cana-de-açúcar, contra as 510.000 processadas em 2016.

Além do açúcar, a Biocom prevê produzir, na safra 2017/2018, um total de 15.278 metros cúbicos de etanol, contra os 14.263 metros cúbicos de 2016, fornecer 200 mil MegaWatts de energia eléctrica, contra os 57 mil MegaWatts do ano anterior.

A informação adianta ainda que a produção de etanol, entre 29 de Junho e 10 de Julho, foi de 650 metros cúbicos, prevendo-se, para 2020/2021, que se atinjam os 33.000 metros cúbicos.

O Governo aprovou os termos de um financiamento de quase 80 milhões de euros a conceder pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI) para a construção, pelo Estado, de infra-estruturas em centralidades do país.

 

A autorização, de final de Junho, foi feita por despacho assinado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que justifica o financiamento com a "necessidade de se implementarem projectos integrados no Programa de Investimento Público", nomeadamente para impulsionar o Programa Nacional de Urbanismo e Habitação.

O acordo de financiamento a celebrar entre o Ministério das Finanças e o BAI, no valor de 15 milhões de kwanzas, vai servir para a construção das infra-estruturas de centralidades (novas cidades construídas de raiz) e habitações dos projectos não iniciados.

Uma nova fábrica de produção de clinquer, com capacidade anual de dois milhões de toneladas, afecta à companhia de cimento Nova Cimangola, foi inaugurada hoje (12), no município de Cacuaco, em Luanda, pelo ministro da Defesa, João Lourenço.

 

Com o investimento nesta nova linha, o país passa a ser auto-suficiente em termos de produção de clinquer e permitirá à Nova Cimangola produzir, anualmente, 2,4 milhões de toneladas de cimento.

Dado que o mercado interno já atingiu a auto-suficiência em termos de clínquer, a Nova Cimangola olha para os países vizinhos e já firmou contratos para a exportação do produto.