Administração da TAAG anuncia "novos recordes financeiros com resultado líquido positivo"
A TAAG melhorou os seus resultados líquidos em 2022, apesar de continuarem negativos e quer aumentar a frota das actuais 20 para 50 aeronaves até 2027.
De acordo com a apresentação do conselho de administração da TAAG, os resultados líquidos recuperaram de um prejuízo de 297 milhões de dólares para um resultado negativo de 64 milhões de dólares. Entretanto, a administração da empresa destacou os "novos recordes financeiros com resultado líquido positivo" em kwanzas, já que a companhia encerrou 2022 com um resultado de 460 milhões de kwanzas.
De acordo com a administradora financeira, Gabriela Bastos, as demonstrações financeiras são apresentadas em kwanzas por ser a moeda nacional, mas considerando que a TAAG opera em mercado internacional a sua estrutura de custos está amplamente indexada a moedas fortes como o dólar, sendo esta a moeda funcional.
As demonstrações financeiras apontam também para o crescimento das receitas operacionais, que aumentaram mais do dobro, passando de 175 milhões de dólares em 2021, para 390 milhões de dólares em 2022.
O presidente-executivo da TAAG, Eduardo Fairen, destacou o incremento de rotas e frequências com impacto no aumento significativo das vendas e passageiros, as novas parcerias, com a Ibéria, Gol e TACV, que resultaram em maior conectividade e posicionamento para futuros negócios e renegociação de dívidas com todos os fornecedores, gerando significativas poupanças e aumento de credibilidade, maior impulso ao negócio da carga, entre outras.
Eduardo Fairen frisou que a frota desadequada para as rotas operadas foi um dos principais obstáculos, bem como um 'backlog'(atraso) de manutenção significativo, contratos onerosos e acima dos preços de mercado internacional e uma força de trabalho desmotivada, com necessidades profundas de formação, sobretudo técnica.
As medidas em implementação, algumas com impacto imediato e outras no futuro, prosseguiu Eduardo Fairen, são principalmente a capitalização e saneamento complementar, em discussão atualmente com os ministérios dos Transportes e das Finanças, "havendo o compromisso desta ação ficar encerrada até ao mês de junho deste ano".
"Na parte operacional, a negociação de uma nova frota de curto e longo curso, com o objetivo de crescimento desta frota passar dos atuais 20 aviões para 50 aviões em 2027, bem como a gestão dinâmica desta frota, de acordo as necessidades do negócio e do plano comercial", são outras ações que decorrem, referiu.
Lusa
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