Governo disponibiliza 17,6 mil milhões AKZ
O Governo anunciou hoje que a linha de crédito do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) de 17,6 mil milhões de kwanzas para apoio às empresas devido à covid-19 tem 1.964 candidaturas.
Segundo o secretário de Estado para a Economia, Mário João, as candidaturas foram submetidas ao portal de alívio económico, até 30 de Abril de 2020, pelos operadores económicos em todas as categorias previstas.
A linha de crédito do BDA, com uma taxa de 9%, maturidade de dois anos e carência de capital de 180 dias, visa financiar a compra dos operadores do comércio e distribuição aos produtores nacionais de produtos como o milho, mandioca, trigo, arroz, açúcar, couve, batata, entre outros.
A iniciativa enquadra-se no âmbito da implementação das medidas de alívio económico aprovadas pelo Governo, a 9 de Abril passado, para “mitigar o impacto dos efeitos negativos” da pandemia na economia angolana.
“Foram postas à disposição das micro, pequenas e médias empresas linhas de financiamento que visam fomentar compras de bens de consumo de produção nacional” e matérias-primas agrícolas e das pescas, disse o governante.
O responsável, que falava hoje na abertura de um encontro de concertação com os agentes distribuidores agro-alimentares sobre a implementação das medidas de alívio económico, sublinhou que as candidaturas englobam todas as categorias previstas.
Entre as 1.964 candidaturas estão 1.016 de operadores de comércio e distribuição e 506 de pequenas e médias empresas do ramo agropecuário e pescas. As cooperativas familiares submeteram 139, o subsector da indústria e comércio 223, e sociedade de microcrédito 80.
“Encontramo-nos neste momento na fase de processo de organização de crédito com o objectivo de apresentar o mecanismo para a concessão do crédito da linha de financiamento para compra de bens de consumo de produção nacional”, referiu.
Porque, realçou, “entendemos que o papel do sector privado é de extrema importância com vista a mitigar os resultados negativos provocados pela pandemia da covid-19 e procurar começar um novo ciclo de crescimento assente no consumo da produção nacional”.
Já o presidente do conselho de administração do Instituto Nacional de Apoio Às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), Anito Agostinho, deu conta de que no processo de organização do crédito serão avaliadas as respectivas candidaturas.
“Temos nesse mecanismo [concessão de crédito] três intervenientes que são o operador, produtores da produção nacional e a intervenção da instituição financeira que vai viabilizar este apoio, no caso o BDA”, explicou.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...