PEPREC? ONDE ANDA O ENAPREC?
A ex-chanceler alemã, Angela Merkel, costuma ser citada de forma parafraseada de que quem chega ao poder não deve reclamar do que encontra. Pelo argumento que a suporta, é uma afirmação ética, avisada e responsável. Para qualquer mortal abaixo da média, é razoável partir do princípio de que quem concorre para governar uma autarquia, uma província ou um país tem ideias para oferecer uma proposta alternativa. Para isso o conhecimento dos desafios e da realidade que se quer governar é assumido como uma inevitabilidade. Pela simples razão de que ninguém pode resolver um problema que desconhece. Tão importante quanto o domínio da realidade, é a apresentação de estratégias e planos concretos para se resolverem os problemas.
Na semana em que se assinalou mundialmente o tema do combate à corrupção, uma observação crítica ao caso angolano chega necessariamente à conclusão de que João Lourenço jamais terá percebido a mais importante líder europeia das três primeiras décadas do século XXI. Não apenas o Presidente mostrou fraco domínio sobre a dimensão do problema, como, mais grave, foi incapaz até hoje de apresentar uma verdadeira estratégia de combate à corrupção. Mais grave porque João Lourenço está a cumprir o seu segundo e último mandato e, por muito trocadilho de palavras que faça, o combate à corrupção foi colocado por ele próprio como o principal objectivo da sua governação. Mais de seis anos depois, o que se vê, entretanto, é uma soma de violações grosseiras à Constituição e à lei, de perseguição descarada de alvos específicos, de protecção desavergonhada de figuras intocáveis e pouco mais do que alguns danos colaterais.
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