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BANCO ACUMULOU PREJUÍZOS DE 300 MILHÕES USD

PR exonera administração do BDA

O Presidente da República exonerou, por decreto presidencial, Manuel Neto da Costa, do cargo de presidente do conselho de administração do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), função que desempenhava desde 2013.

As exonerações, segundo o decreto assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, são extensivas a todos os membros do conselho de administração do banco público, que tem como objectivo financiar o sector produtivo nacional.

O documento explica que as exonerações foram feitas “considerando a necessidade de se dar continuidade às políticas públicas de financiamento bancário e a concretização dos objectivos socioeconómicos definidos pelo Presidente da República”.

O decreto, no entanto, não faz menção do novo conselho de administração, explicando somente que havia “necessidade de se efectuar o reajuste do conselho”, tendo em conta a “importância de se dar maior dinamismo ao novo conselho de administração do BDA”.

Recentemente, Manuel Neto da Costa revelou, em conferência de imprensa, que muitos dos projectos financiamentos pelo BDA foram reestruturados, com impacto no prazo de carência, tendo reforçado que o nível de imparidade da carteira de crédito do banco ficou próximo dos 50% até 31 de Dezembro de 2015, o correspondente a 55,9 mil milhões de kwanzas.

O afastado administrador chegou a revelar, na altura, que cerca de 300 milhões de dólares emprestados a clientes já foram reconhecidos como perdas ao longo dos 10 anos de operação do banco. No entanto, o BDA registou, ao longo dos últimos cinco anos, vários clientes que não pagavam os créditos, surgindo inclusive vozes que davam conta de que a instituição bancária estava em risco de falência.