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Congresso do MPLA

PR reitera combate à corrupção e confia na renovação de mandato em 2022

O líder e candidato à presidência do MPLA, partido no poder, reiterou o combate à corrupção, manifestando-se optimista na renovação da confiança depositada pelos angolanos, nas próximas eleições gerais do país, em Agosto de 2022.

PR reitera combate à corrupção e confia na renovação de mandato em 2022

João Lourenço discursava na cerimónia de abertura do VIII congresso ordinário do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), marcada pela homenagem a várias figuras históricas do partido que governa o país desde 1975 e músicos com intervenção política na luta de libertação, e pela ausência do presidente emérito, José Eduardo dos Santos, figura que em nenhum momento da sessão foi mencionada.

Na sua intervenção, João Lourenço, que concorre sozinho à sua sucessão neste VIII congresso ordinário, que termina no sábado, destacou nesta data consagrada ao combate à corrupção que Angola, sob direcção do MPLA, leva a cabo uma luta contra este fenómeno e a impunidade para a moralização da sociedade.

“Neste dia 09 de Dezembro, consagrado como dia de luta contra a corrupção, reiteramos a determinação da sociedade, do executivo e da justiça angolana em combater a corrupção e do nosso empenho de recuperar os activos ilicitamente adquiridos onde quer que se encontrem”, sublinhou.

João Lourenço fez igualmente referência à situação económica do país, afectada pela pandemia da covid-19 e pela crise económica mundial, salientando que, apesar destes constrangimentos, está optimista que os angolanos venham a renovar a confiança na liderança do MPLA, nas eleições gerais de agosto de 2022, como resultado do “trabalho, dedicação e empenho nas soluções para o país e dos cidadãos” e por tudo quanto tem vindo a ser feito para o bem-estar da população. 

Neste congresso, prosseguiu João Lourenço, fica também a marca de que, pela primeira vez na história de Angola, um partido político alcançou a paridade do género, com o seu Comité Central dividido a meio entre homens e mulheres.

“Pela primeira vez na história da política angolana, um partido político alcança a paridade do género no seu órgão máximo de direcção e esse partido é o nosso glorioso MPLA. A partir de agora, nada mais será como antes, subimos a fasquia bem alto, que, com certeza, terá uma forte influência em toda a sociedade”, frisou, destacando igualmente o rejuvenescimento da organização política, com uma proposta de 35% do seu Comité Central ser composto por jovens, entre os 18 e 35 anos.

“Assumimos o compromisso de promover as mulheres e jovens angolanos, reservando-lhes um lugar de destaque nos órgãos de direcção do nosso partido nos diferentes escalões e nas diferentes instituições do poder em Angola, no executivo, na Assembleia Nacional e na sociedade em geral”, disse.

Segundo João Lourenço, o partido tem vindo ao longo do tempo a fazer, de forma suave e segura, a transição geracional nos órgãos de direcção, “garantindo que todo o manancial de patriotismo, sabedoria, experiência, determinação, espírito de luta e vontade de vencer, que sempre caracterizaram os precursores na luta de libertação nacional, nas matas, nas cadeias, na clandestinidade, na defesa da soberania nacional, na reconstrução nacional, na defesa da paz e da reconciliação nacional tivessem continuidade nos quadros e dirigentes mais novos”.