ANGOLA GROWING
UNIDADE TERÁ CAPACIDADE DE PROCESSAR ATÉ 60 MIL BARRIS

Refinaria de Cabinda nas mãos de privados

PETRÓLEO. Processos das refinarias de Lobito e Cabinda devem estar concluídos até Outubro, prevê o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo.

Diamantino Azevedoministro dos petroleo e recursos minerais 201808318077

A futura refinaria de Cabinda vai ser totalmente constituída por uma entidade privada e terá capacidade para o processamento de entre 40 e 60 mil barris de petróleo. A revelação foi feita pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, durante a primeira edição do fórum de negócios e ‘networking’ da Câmara de Comércio Americana em Angola (AMCHAM-ANGOLA), realizada na última sexta-feira de Agosto.

Cabinda conta com uma mini-refinaria, a Topping Plant - Malongo, propriedade da associação de concessionárias de Cabinda, que produz essencialmente para as operações dos seus membros. No entanto, quando a produção supera as necessidades, é libertado o excedente para o mercado.

Também as refinarias de Benguela e Luanda estão a ser analisadas pelo Governo, sendo que a primeira já conta com a parceria com a petrolífera italiana Eni. A do Lobito vai manter a capacidade inicial de processamento de 200 mil barris, através de uma parceria público-privada.

Segundo o ministro Diamantino de Azevedo, em breve, vai ser constituído o grupo de investidores que vai dar continuidade ao trabalho de reformulação das refinarias. Até ao final de Outubro, espera-se que o trabalho preliminar desse grupo esteja concluído e, posterioremente, o relatório vai ser submetido ao Governo. O objectivo é que “as refinarias tenham condições para impulsionar a indústria petroquímica”, explica Azevedo.

A reestruturação das refinarias teve início no último trimestre de 2017, tendo o grupo de trabalho recebido 30 propostas até Fevereiro deste ano, 16 das quais para a do Lobito, sete para a de Cabinda e outras sete sem especificação do projecto pretendido.

Foram seleccionadas as sete melhores para cada uma das refinarias a construir, cabendo agora ao Estado o processo de “clarificação, ‘due diligence’, discussões e negociações”. A conclusão desta fase estava prevista para Agosto.