Sócios do Luanda Leste em fogo cruzado numa disputa pelas contas bancárias com milhares de kwanzas dos clientes e supostos bloqueios
EXCLUSIVO. Donos do projecto habitacional estão envolvidos numa luta sem fim à vista. Em causa está alegada retirada de mais de mil milhões de kwanzas para benefício próprio de uma parte, enquanto o projecto se encontra ao abandono. Luta estendeu-se agora para recuperação da conta bancária no Banco Valor, para onde foi transferido todo o dinheiro para prevenir alegados desvios do sócio maioritário para o Brasil. Disputa dos sócios já está na mesa da PGR e do SIC.

Aquele que é considerado como um dos projectos habitacionais dos sonhos de muitos angolanos da classe média aparentemente está a desmoronar, depois de os clientes denunciarem sistemáticos incumprimentos nos últimos tempos, como, por exemplo, no fornecimento de água e energia.
Afinal o que está na base é uma suposta má gestão que culminou com uma luta cerrada entre os sócios de nacionalidade brasileira e angolana. Um conflito, cuja possibilidade de resolução extrajudicial parece cada vez mais distante por mais que os advogados das partes tentem de tudo para não chegar à mesa do juiz.
Um dos sócios, a partir dos Estados Unidos, garantiu ao Valor Económico já ter avançado com processo à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Segundo relatos, o conflito iniciou em 2020, depois de uma série de vendas e compras de acções e, consequente, entradas de novos sócios e saída de outros.
A sociedade Afrincorp, detentora do Luanda Leste, foi criada em 2009 pelo angolano Celestino Domingos João, com o capital de 78 mil kwanzas. Passados três anos, transferiu a maior parte das acções a favor do brasileiro Edgar Roberto Bellotti. A entrada resultou no aumento do capital social para 50 milhões de kwanzas.
No entanto, fonte familiares ao processo garantem que Edgar Bellotti foi sempre o verdadeiro dono da empresa e teria usado Celestino Domingos João para evitar possíveis constrangimentos na criação da empresa por ser estrangeiro. Em 2018 registou-se mais uma alteração no pacto social. Entra a brasileira Camila Soares de Oliveira, com 10% das acções, e consequentemente a saída da sociedade do sócio angolano Celestino João.
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Viva aos prémios que celebram o que não temos e honram o...