EUA

Trump corta apoio a países da América Central

22 Oct. 2018 Sem Autor Mundo

O presidente dos Estados Unidos avançou nesta segunda-feira (22) que Washington vai “cortar ou reduzir substancialmente” as ajudas económicas a três países da América Central que têm sido ineficazes a travar uma marcha de migrantes em direcção à fronteira norte-americana.

 

Trump corta apoio a países da América Central

“Guatemala, Honduras e El Salvador não conseguiram impedir que as pessoas deixassem os seus países e viessem ilegalmente para os Estados Unidos”, escreveu hoje Donald Trump na rede social Twitter.

Trump concretiza assim as ameaças que lançou na semana passada, dias depois do início de uma movimentação em massa de migrantes oriundos das Honduras, já apelidada como a ‘Marcha dos Migrantes’.

Nos últimos dez dias, vários milhares de hondurenhos, incluindo famílias inteiras, têm percorrido a pé muitas centenas de quilómetros e cruzado as fronteiras de vários países da América Central com o objectivo de entrar no território dos Estados Unidos.

Fugir da miséria, da violência de grupos criminosos organizados nas Honduras e alcançar o ‘sonho americano’ são as principais motivações destas pessoas. Trump sublinhou esta segunda-feira que entre as pessoas que integram esta caravana de milhares de imigrantes estão “criminosos e cidadãos não identificados do Médio Oriente”.

No ano fiscal de 2017, os três países mencionados por Trump receberam, em conjunto, dos Estados Unidos fundos superiores a 500 milhões de dólares.

Ainda sobre a ‘Marcha dos Migrantes’, Trump reiterou as críticas ao México, afirmando que as forças de segurança mexicanas se têm revelado “incapazes de travar” a caravana de imigrantes.

“Infelizmente, parece que a polícia e as forças militares do México não conseguem travar a caravana”, escreveu o chefe de Estado norte-americano em outra mensagem no Twitter.

Trump assegurou ainda que alertou as forças militares e de patrulhamento fronteiriço norte-americanas que o país enfrenta uma “emergência nacional”.

A Casa Branca não forneceu, até ao momento, mais pormenores sobre esta diligência presidencial.