Suely de Melo

Suely de Melo

INVESTIMENTOS. Criador da Vanguard e impulsionador de fundos, John C. Bogle foi considerado um dos quatro gigantes do investimento do séc. XX. Apesar disso, Bogle não era multimilionário. Em 2017, tinha um património de 80 milhões de dólares.

 

ENTREVISTA. Líder da única vidreira do país considera não fazer “muito sentido” a obrigatoriedade de vender 50% das divisas resultante das exportações à banca, acrescentando que esta exigência diminuiu a “vontade” da empresa de exportar. A fábrica reformulou planos e fornos, mas a prioridade continua a ser abastecer o mercado nacional.

 

 

ENTREVISTA. Empresário aponta a desvalorização da moeda como um dos principais constrangimentos de 2018 que considera um dos piores dos quatro anos de crise. Sente-se optimista, mas chama a atenção para a falta de incentivos e preocupa-o não ter divisas e uma moeda estável. Por enquanto, não pensa em despedimentos e está contra os apoios financeiros aos grandes empresários.

 

DISTINÇÃO. CEO da Microsoft recebeu 82 pontos dos 100 possíveis. Nadella é conhecido por ter feito a substituição do Hotmail pelo Outlook, serviço de ‘e-mail’ que conta com mais de 400 milhões de usuários cadastrados. Em 2017, lançou o livro ‘Hit refresh’, que foi elogiado pelo fundador da Microsoft, Bill Gates.

 

BALANÇO. Pelo terceiro ano consecutivo a Bonws Seguros prevê crescer. Números devem atingir os cinco mil milhões de kwanzas.Há três anos, estavam nos 600 milhões de kwanzas. Para 2019, a aposta-chave será nas tecnologias.

48317987 364478964308570 7346929558563586048 n

A Bonws Seguros prevê fechar o ano com mais de cinco mil milhões de kwanzas em prémios, mais mil milhões em relação a 2017, o que representa um aumento de cerca de 20%.

A previsão de crescimento consolida uma tendência de resultados positivos que se verifica em três anos consecutivos, desta vez com o seguro contra acidentes de trabalho a destacar-se com uma contribuição de 20% nas receitas, seguido do seguro automóvel. “Depois o seguro de saúde pela necessidade que a própria sociedade tem em fazer face às carências no sistema de saúde pública”, completou o CEO da seguradora, Luís Vera Pedro.

Entre outros factores, o gestor atribui o aumento da facturação à aposta na tecnologia, com o incremento de uma plataforma online onde os mediadores e clientes finais conseguem contratar instantaneamente um seguro de transportes.

Luís Vera Pedro assume que não tem sido fácil e revela que o ‘segredo’ está na estratégia da empresa, “no trabalho árduo” e na aposta na “mudança de mentalidades”. Razões que explicam, por exemplo, a fidelidade dos clientes no segmento da saúde. “Com a desvalorização da moeda os custos com saúde subiram na ordem dos 33%, portanto tivemos de fazer um reajuste nos prémios, mesmo assim foram muito poucos os clientes que nos abandonaram, porque o trabalho que temos vindo a fazer tem sido muito personalizado.”

Em relação a 2019 e sem avançar informação detalhada, Luís Vera Pedro garante que a Bowns tem “planos muito arrojados”, principalmente ligados à área tecnológica. “Angola está a provar que, apesar de estarmos menos desenvolvidos em determinadas matérias, estamos a correr muito mais depressa que outros países o fizeram, com uma grande vantagem. Estamos a aproveitar todos os bons exemplos para fazer igual, isso faz com que, se calhar, seja uma excelente aposta em tudo o que são as áreas mais tecnológicas. A Bowns está muito preocupada em criar ferramentas que nos permitam alcançar mais facilmente quem esteja em outras províncias”, antecipou.

Noutro ponto, Luís Vera Pedro referiu que o ‘compliance’ e ‘corporate governance’ são temas “muito relevantes”, e que devem ser abordados, por representarem “um despertar de consciências”.

Sobre o ‘compliance’ em Angola, o gestor admite que as “coisas estão muito melhores” e que “há mais gente a importar-se com a questão.”

A Bonws é, desde a sua criação, membro do Global Compact (Pacto Global das Nações Unidas), sendo a a única seguradora em Angola com este estatuto.