BALANÇO. Pelo terceiro ano consecutivo a Bonws Seguros prevê crescer. Números devem atingir os cinco mil milhões de kwanzas.Há três anos, estavam nos 600 milhões de kwanzas. Para 2019, a aposta-chave será nas tecnologias.
A Bonws Seguros prevê fechar o ano com mais de cinco mil milhões de kwanzas em prémios, mais mil milhões em relação a 2017, o que representa um aumento de cerca de 20%.
A previsão de crescimento consolida uma tendência de resultados positivos que se verifica em três anos consecutivos, desta vez com o seguro contra acidentes de trabalho a destacar-se com uma contribuição de 20% nas receitas, seguido do seguro automóvel. “Depois o seguro de saúde pela necessidade que a própria sociedade tem em fazer face às carências no sistema de saúde pública”, completou o CEO da seguradora, Luís Vera Pedro.
Entre outros factores, o gestor atribui o aumento da facturação à aposta na tecnologia, com o incremento de uma plataforma online onde os mediadores e clientes finais conseguem contratar instantaneamente um seguro de transportes.
Luís Vera Pedro assume que não tem sido fácil e revela que o ‘segredo’ está na estratégia da empresa, “no trabalho árduo” e na aposta na “mudança de mentalidades”. Razões que explicam, por exemplo, a fidelidade dos clientes no segmento da saúde. “Com a desvalorização da moeda os custos com saúde subiram na ordem dos 33%, portanto tivemos de fazer um reajuste nos prémios, mesmo assim foram muito poucos os clientes que nos abandonaram, porque o trabalho que temos vindo a fazer tem sido muito personalizado.”
Em relação a 2019 e sem avançar informação detalhada, Luís Vera Pedro garante que a Bowns tem “planos muito arrojados”, principalmente ligados à área tecnológica. “Angola está a provar que, apesar de estarmos menos desenvolvidos em determinadas matérias, estamos a correr muito mais depressa que outros países o fizeram, com uma grande vantagem. Estamos a aproveitar todos os bons exemplos para fazer igual, isso faz com que, se calhar, seja uma excelente aposta em tudo o que são as áreas mais tecnológicas. A Bowns está muito preocupada em criar ferramentas que nos permitam alcançar mais facilmente quem esteja em outras províncias”, antecipou.
Noutro ponto, Luís Vera Pedro referiu que o ‘compliance’ e ‘corporate governance’ são temas “muito relevantes”, e que devem ser abordados, por representarem “um despertar de consciências”.
Sobre o ‘compliance’ em Angola, o gestor admite que as “coisas estão muito melhores” e que “há mais gente a importar-se com a questão.”
A Bonws é, desde a sua criação, membro do Global Compact (Pacto Global das Nações Unidas), sendo a a única seguradora em Angola com este estatuto.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...