Polícia investiga denúncia de “confinamento forçado”
A polícia deverá investigar uma denúncia de funcionários da empresa chinesa Citic Construções, sobre um alegado “confinamento forçado e maus-tratos, há dois anos”, em estaleiros da construtora nos arredores da centralidade do Kilamba.
De acordo com a Rádio Ecclésia, que cita um dos responsáveis dos trabalhadores, os operários da construtora chinesa, instalada em Belas, Luanda, estão também “proibidos de ter contacto com o exterior, inclusive com os familiares, sob pena de serem demitidos”.
O Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional já tem conhecimento do assunto e prometeu investigar, mas familiares destes vêem-se “obrigados” a deslocaram-se à empresa para terem acesso aos salários em consequência da limitação dos parentes que aí trabalham.
Travar a propagação da covid-19 no interior dos estaleiros da construtora, que edificou as cidades do Sequele e do Kilamba, zonas norte e sul de Luanda, é a razão do “confinamento forçado”, desde Dezembro de 2019, como referiu uma fonte da emissora católica, “lamentando” a situação.
Por falta de novas empreitadas, os funcionários estão a prestar serviços de pastorícia, agricultura, limpeza e reparação de viaturas e denunciam igualmente baixos salários e péssimas condições laborais e de alimentação.
Os funcionários pedem também “intervenção urgente” das autoridades.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...