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Projecto implicaria empilhar um grande monte de terra contra o glaciar

Cientistas planeiam impedir degelo na Antárctida com muro submarino

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. Preocupação dos cientistas com o aumento dos efeitos secundários do aquecimento global leva à projecção de barreira para travar degelo. 

 

Cientistas planeiam impedir degelo na Antárctida com muro submarino

As alterações climáticas são um problema na ordem do dia e um dos seus efeitos mais devastadores é o desprendimento de grandes blocos de gelo na Antárctida. Este é um problema derivado do aumento irregular da temperatura do planeta que leva a que os ‘icebergs’ se quebrem e separem da principal massa de gelo, acabando à deriva do mar. Cada vez é mais comum blocos de grandes dimensões se desprenderem e terem este destino, muitas vezes colidindo com a rota de barcos, pondo-os em risco.

Numa óptica ambientalista, e como resposta à inércia das medidas políticas dos governos para remediar este problema ambiental, um grupo de cientistas da universidade de Princeton, nos Estados Unidos, pensou em edificar um muro que retardasse o processo de degelo dos blocos de gelo, embora o degelo seja um processo que está a suceder a uma velocidade trepidante.

Este estudo científico incidiu particularmente sobre a zona oeste da Antárctida, em particular no glaciar que dá pelo nome de Thwaites e em como se podia evitar o seu desprendimento em direcção ao oceano. O muro foi pensado em vários modelos e caso fossem edificados, seriam relativamente simples de criar.

Um dos projectos implicaria empilhar um grande monte de terra contra o glaciar, enquanto no outro, seria necessário a criação de um amontoado de cascalho a 300 metros de profundidade para que ficasse por baixo do grande bloco de gelo, impedindo-o de desmoronar em direcção ao mar.

Outra possibilidade, que implicaria um maior investimento, seria a criação de um muro contínuo cujo objectivo seria impedir que o glaciar se movesse demasiado e que atenuasse a acção das correntes de água quente no processo de degelo.

Todos os processos supra-referidos implicam grandes investimentos financeiros e os seus criadores admitem que, dependendo de cada caso, poderiam, ou não, surtir os resultados esperados, embora estas soluções fossem apenas um adiamento de um problema que cada dia se torna mais difícil de solucionar, dado o ritmo a que o degelo ocorre actualmente.