CASO LUSSATY. Generais ‘Kopelipa’ e Sequeira Lourenço (irmão de João Lourenço), foram apontados como alegados ‘arquitectos’ do Caso Lussaty. Suposto esquema de desvios de fundos públicos, engendrado via Casa de Segurança do PR, terá servido para financiar ilicitamente as campanhas eleitorais do MPLA e para corromper militantes da Unita.

CONTAGEM. Enquanto Adalberto Costa Júnior apresentava os dados da contagem paralela dos votos, realizada pelo seu partido, Tribunal Constitucional tornava público o acórdão que nega provimento à providência cautelar da Unita que reclamou de violações da Comissão Nacional Eleitoral.

Os resultados das eleições de 24 de Agosto de 2022 não podem ser considerados “credíveis”, pelo facto de o Ministério da Administração do Território (MAT) e a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) terem violado a lei sobre o registo eleitoral e a lei orgânica sobre as eleições gerais, segundo o jurista Manuel Cangundo.

O coordenador da Observatório Político e Social de Angola (OPSA), Sérgio Calundungo, lembra que, embora o MPLA tenha vencido as eleições, a maioria absoluta não lhe dá deputados suficientes para alterar a Constituição. “Porém, o mais avisado seria tentar buscar o máximo de consenso junto das outras forças partidárias, pois que há uns 49% da população que não votou no MPLA e este não é um número desprezível”, aconselha.

RESULTADOS. Nas eleições de 24 de Agosto de 2022, voto étnico, evidenciado nas eleições anteriores, não teve expressão. MPLA declarado vencedor, mas Unita, PRS e CASA-CE contestam, levando a crise ao contencioso. Caso o Tribunal reconheça os resultados da CNE, MPLA completará 52 anos de poder em 2027.