Comércio denuncia operadores económicos
MERCADOS.Vários casos foram descobertos na semana passada. Há comerciantes com até 40 mil caixas de perecíveis guardadas.
MERCADOS.Vários casos foram descobertos na semana passada. Há comerciantes com até 40 mil caixas de perecíveis guardadas.
RECEITAS. Qualquer documento solicitado exige ainda a deslocação até às administrações. Implementação ainda enfrenta dificuldades, mas já há receitas arrecadadas. Portal do Munícipe, que foi lançado no início de 2017 e tinha previsões de acabar com a emissão física de documentos nas administrações municipais e distritais continua sem oferecer esta ferramenta aos utilizadores, apesar de já estar implementado em 124 municípios. Idealizado para acelerar o trabalho em todas as administrações municipais e distritais, permitir maior arrecadação de receitas e a emissão de documentos ‘online’ há dois anos, apenas teve uma aceleração em Dezembro passado com a criação de equipas dedicadas à implementação do regime financeiro local, aprovado pelo Presidente da República. Fonte do Ministério das Finanças disse, ao VALOR, que ainda faltam 40 municípios por implementar o portal e nota que o processo tem enfrentado alguns desafios, como a limitação nas telecomunicações, no fornecimento de energia eléctrica e a falta de bancos. A página ‘online’ do site também registou poucos avanços desde que foi lançada. Algumas funcionalidades ainda estão em construção, não sendo possível para já a sua utilização. Por enquanto, o portal tem funcionado nas administrações em que opera como uma plataforma ‘web’ de arrecadação presencial”, ou seja, apenas os funcionários administrativos podem fazer uso do mesmo. Na plataforma é possível fazer a requisição de forma presencial dos documentos, como o licenciamento de obras urbanísticas, emissão de atestados de residências, de licenças de condução de livrete de motociclos, registos de motociclos, além da autorização de eventos festivos e recreativos, entre outros. Dois fundos para os municípios O Governo criou dois fundos para alimentar os municípios no início do ano passado, no caso o Fundo de Equilíbrio Nacional (Fen) e o Fundo de Equilíbrio Municipal (Fem), devendo o primeiro ser alimentado pelos impostos e outro pelas taxas municipais. A criação dos fundos foi possível devido ao portal, uma vez que os pagamentos dos contribuintes na requisição de documentos diversos devem ser feitos por via dessa ferramenta. O Governo já tinha ensaiado, em 2008, a criação de um fundo com o objectivo de dotar as administrações municipais com recursos financeiros adequados para resolver os problemas das populações. Tratou-se do Fundo de Apoio à Gestão Municipal (Fugem) que destinou cinco milhões de dólares, a 68 municípios. No entanto, a experiência durou pouco. Em 2011, o então vice-ministro da Administração do Território, Cremildo Paca, admitiu que o Fugem “teve alguns erros” que deviam ser corrigidos com a criação de outros diplomas. O fundo foi extinto e no seu lugar surgiu o Programa Integrado de Desenvolvimento Rural. Recentemente as Finanças anunciaram a arrecadação via Portal do Munícipe de receitas por parte de oito municípios de 825 milhões de kwanzas de Janeiro a Maio deste ano. Todos estes apenas de Luanda.
Centro de Arbitragem da Associação Industrial de Angola (CAAIA) lançado em Abril deste ano tem previsões de estar operacional no próximo mês de Julho.
RELATÓRIO. Presença sindical é mais baixa nas empresas chinesas. Mas conflitos laborais e greves não diferem pela origem das empresas. Chineses também contratam menos angolanos, mas a tendência tem mudado nos últimos 10 anos.
Duramente crítico das opções do Governo, Jorge Baptista considera “aterrorizante” o actual ambiente económico, classificando-o como “dos piores em África”. Pessimista, entende que os empresários só sobrevivem pela resiliência e chama a atenção para o número de empresas que fecham todos os dias. Por isso, entende que o Executivo usa políticas para “piorar a vida”. Líder da Associação dos Empreendedores de Angola defende a criação de um observatório nacional que acompanhe as políticas e manifesta-se a favor de uma amnistia aos crimes económicos, mas apenas “se for para beneficiar o Estado e o país”.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...