Lúcia de Almeida

Lúcia de Almeida

NOMEAÇÕES. Carlos Gustavo dos Anjos é, desde ontem, o novo embaixador de São Tomé e Príncipe em Angola. O presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, nomeou também Ângela José da Costa Pinheiro como diplomata do país na Guiné Equatorial.

 

O Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, nomeou novos embaixadores para Angola e para a Guiné Equatorial, conforme proposta do governo do primeiro-ministro, Patrice Trovoada. Os diplomatas nomeados são Carlos Gustavo dos Anjos, para Angola, e Ângela José da Costa Pinheiro, para a Guiné Equatorial, respectivamente.

Carlos Gustavo dos Anjos substitui no cargo Damião Vaz de Almeida, um veterano do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP), principal partido da oposição, e Ângela Pinheiro vai ocupar o cargo deixado por Homero Salvaterra, também membro da direcção da mesma formação partidária.

Carlos Gustavo dos Anjos é um antigo ministro dos Negócios Estrangeiros no governo de coligação entre o Movimento Democrático Forças de Mudança e o Partido de Convergência Democrática, enquanto Ângela Pinheiro exerceu as funções de ministra da Saúde num anterior governo liderado por Patrice Trovoada, em 2012.

O Presidente Evaristo Carvalho demitiu, a 21 de Janeiro, os embaixadores são-tomenses em Angola, na Guiné Equatorial, nos Estados Unidos da América e em Taiwan.

Com a nomeação dos embaixadores para Angola e Guiné Equatorial ficam por preencher as vagas nas embaixadas dos EUA e da China, o mais recente parceiro bilateral com quem São Tomé e Príncipe estabeleceu relações diplomáticas a nível de embaixada em finais de Dezembro de 2016.

ABRIGO. Condições de higiene estão a ser preparadas na Lunda-Norte. Congoleses democráticos continuam a fugir devido a conflitos na região do Kasai.

 

O Governo vai instalar um novo campo para acolher refugiados da República Democrática do Congo (RDC) em Nzaji, no leste do país, local que, durante a guerra, recebeu a população que fugia do conflito.

De acordo com informação disponibilizada pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, que está a apoiar o Governo neste processo, aquela área, no município de Cambulo, a 90 quilómetros da fronteira, já está a ser preparada com abrigos, condições de higiene e água potável, para receber os refugiados congoleses que continuam a chegar ao leste de Angola.

Em causa estão os conflitos étnico-políticos no Kasai e Kasai Central, na RDC, que, desde meados de 2016, já provocaram, segundo o ACNUR, um milhão de deslocados, 11 mil dos quais fugiram para a Lunda-Norte.

Só em Abril, entraram nove mil refugiados congoleses da região do Kasai e a agitação que se vive no país vizinho já obrigou à movimentação de forças armadas e policiais angolanas, com o ACNUR a reforçar o apelo à manutenção da fronteira angolana para esta população.

De acordo com a informação avançada do ACNUR, dentro das fronteiras nacionais, estão actualmente 56.700 refugiados e cidadãos à procura de asilo, 25.000 dos quais são da RDC.

Aquela organização das Nações Unidas conta, em Angola, com um orçamento de 2,5 milhões de dólares para “protecção e assistência” a 46 mil refugiados, mas, face à situação actual de “emergência”, o ACNUR já pediu mais 5,5 milhões de dólares para prestar apoio a esta vaga de refugiados, tendo chegado, na semana passada, em Luanda diverso apoio humanitário.

TRANSPORTES AÉREOS. Encerramento temporário do aeroporto do Soyo não abrange helicópteros. Causas do acidente do Boeing 737-700 da TAAG ainda estão por esclarecer.

 

A Empresa de Navegação Aérea e Exploração Aeroportuária (ENANA) suspendeu temporariamente, na segunda-feira, o tráfego de aviões no aeroporto do Soyo, na sequência do acidente ocorrido no domingo, com um Boeing 737-700 da TAAG, que fazia a rota Luanda/Soyo, com 47 passageiros e seis tripulantes a bordo.

De acordo com o director do aeroporto do Soyo, José Chissonde Mane, a suspensão dos voos não abrange os helicópteros.

José Chissonde Mane garante que todos os esforços estão a ser feitos para a remoção da aeronave do local do incidente para a rápida reabertura do aeroporto.

INVESTIMENTO. Projecto privado propõe-se abrir centros comerciais em 11 províncias e criar mais de cinco mil postos de trabalhos directos, além da e qualificação da mão-de-obra nacional.

 

A Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) e a empresa Shoprite assinaram na semana passada, em Luanda, um contrato de investimento privado com objectivo de edificar e abrir centros comerciais em 11 províncias, avaliado em 571 milhões e 749 mil dólares norte-americanos.

De acordo com o director-geral da Shoprite, Pieter Engelbrecht, o projecto visa “aumentar e potencializar a rede de retalho, abertura de centros comerciais e um armazém, além de melhoramentos em estruturas já existentes e aquisição de bens e equipamentos para fornecer e equipar todas as estruturas comerciais actuais”.

Já o director da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, referiu que o projecto vai “proporcionar a criação de um total de cinco mil e 623 postos de trabalho directos, dos quais cinco mil e 613 serão destinados para nacionais e dez para estrangeiros”.

O projecto, segundo Norberto Garcia, “vai ao encontro da nova política de investimento privado e responde a vários objectivos identificados no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013/2017, ao garantir a promoção de emprego e qualificação da mão-de-obra nacional, propiciar o abastecimento do mercado interno e diversificar a estrutura económica do país”.

Deste modo, a UTIP na qualidade de representante do Estado prestará o apoio institucional necessário através de mecanismos de apoio e acompanhamento em articulação com os demais órgãos do Estado, intervenientes emmatéria do investimento privado. E prevê abranger as províncias de Luanda, Benguela, Huíla, Cabinda, Bié, Lunda-Sul, Kuanza-Sul, Uíge, Huambo, Namibe e Zaire.

TRANSPORTES AÉREOS. Boeing 737-700 das Linhas Aéreas de Angola fazia rota Luanda/Soyo.

 

Uma avaria técnica após a aterragem terá estado na base do acidente. Uma avaria técnica resultou num acidente do Boeing 737-700 das Linhas Aéreas de Angola (TAAG) que fazia a rota Luanda/Soyo.O acidente ocorreu minutos depois de o avião se ter feito à pista, na sequência de uma falha no trem de aterragem, forçando a entrada dos pneus de frente. Os 47 passageiros a bordo e os seis membros da tripulação, segundo o porta-voz da TAAG, Carlos Vicente, em declarações à imprensa, “desembarcaram são e salvos”.

Até ao momento, peritos do Gabinete de Prevenção de Acidentes de Aeronaves trabalham para avaliar o que terá acontecido ao aparelho.

Este é o segundo incidente registado no aeroporto do Soyo em menos de um ano, após o despiste de um avião ligeiro do tipo PA-31 da empresa privada Mavewa, em Julho de 2016, cujos dois ocupantes saíram também ilesos.