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O governo japonês vai financiar, ainda este ano, projectos que visam o desenvolvimento sustentável no sector da agricultura no município da Humpata, na Huíla, no âmbito de um acordo de cooperação com Angola.

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De acordo com Yosso Kita Moto, enviado da embaixada do Japão à Huíla, no quadro de uma visita a zonas agrícolas, com este financiamento, cujo montante não foi revelado, será adquirida tecnologia agrícola de ponta, sobretudo para rega, que permita produzir mais produtos alimentares e aumentar a rentabilidade das famílias.

O responsável considerou que, após a colheita dos produtos, a intenção é exportar através do Porto do Namibe, que também vai ter as suas infra-estruturas reabilitadas, igualmente com financiamento do Japão, mas que ainda se encontra em análise.

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) vai financiar 80% do valor global dos investimentos das pequenas e médias empresas (PME) que actuam nos sectores da indústria, agro-pecuária, energia e águas e pescas.

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A informação foi avançada hoje (sexta-feira, 14), à Angop, pelo analista de crédito da direcção das pequenas e médias empresas do BPC, José Muacaxabala, durante o lançamento do projecto denominado ‘Produto BPC-BAD’, financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Para o sector da agricultura, garantiu o responsável, estão destinados, o equivalente em kwanzas, a três milhões e 300 mil dólares; para a indústria quatro milhões e 400 mil dólares; energia e águas três milhões e 750 mil e, para as pescas dois milhões e 750 mil dólares.

A iniciativa, que não determina o número de empresas a serem apoiadas, também será destinada a mulheres empreendedoras ligadas às PME, com investimentos a médio e longo prazos, para apoiar a diversificação da economia e reforçar a rentabilidade do negócio.

Para a adesão ao financiamento, as empresas solicitantes devem, entre outros requisitos, exercer uma das actividades, devidamente legalizada, apresentar um estudo de viabilidade económica do projecto, carta de solicitação do crédito e seguro regularizado. A taxa de juro indexada varia de 8,5 a 10,5%. Já a não indexada está estimada entre 19 e 23%.

O Governo decidiu, hoje (14), pôr fim ao Programa Angola Investe que, nos últimos quatro anos, concedeu, através da banca comercial, 120 mil milhões de kwanzas para financiar 515 projectos.

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A medida foi aprovada numa reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, que analisou documentos do Banco Nacional de Angola e do Ministério da Economia e Planeamento.

Em declarações à imprensa no final da reunião, o secretário de Estado da Economia, Sérgio Santos, avançou que o Estado apoiou a concessão de créditos com um total de 55 mil milhões de kwanzas, que serviram para bonificar os juros, capitalizar os fundos de garantia e de capital de risco e para a criação de "ambiente satisfatório à concessão de crédito".

"E temos de, agora, com o descontinuar do Programa Angola Investe, garantir os compromissos que estão assumidos com os bancos e com o sector privado que tiveram acesso ao crédito", afirmou Sérgio Santos. A descontinuidade do programa deverá efectivar-se nos próximos dois meses, estando prevista a sua substituição por um outro de financiamento à economia, que será conhecido entre Dezembro de 2018 e Janeiro de 2019.

O programa Angola Investe foi criado pelo Estado para o apoio e financiamento de projectos de investimento às micro, pequenas e médias empresas, sendo operado por bancos comerciais nacionais e coordenado pelo Ministério da Economia e Planeamento, em parceria com o Fundo de Garantia de Crédito.

Em Junho deste ano, à margem do I Congresso da Produção Nacional, realizado pela Confederação Empresarial de Angola, Sérgio Santos considerou "satisfatórios" os resultados do Programa Angola Investe, que conta com um acompanhamento trimestral do Governo. "Temos dados satisfatórios para podermos dizer que o Programa Angola Investe foi um sucesso, mas estamos a reforçá-lo, porque as condições alteraram-se.

A banca não tem tanto dinheiro para emprestar, o Estado também está com dificuldades, mas temos, à mesma, de atingir números muito maiores do que estes no quinquénio 2018/2022", disse, na altura, Sérgio Santos.

Angola obteve um índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0,581, que coloca o país na categoria de ‘desenvolvimento médio’, no relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com dados relativos a 2017.

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Angola está na posição 147 de 189, com IDH a crescer todos os anos.

Este ano, as categorias foram alteradas e fazem parte da categoria média os países com IDH entre 0,550 e 0,699, o que dá um total de 39 países na categoria, entre os quais cinco países de língua portuguesa.

“Falando de países de língua portuguesa, têm um bom exemplo de Angola, que aumentou e está no desenvolvimento médio”, disse à Lusa Milorad Kovacevic, chefe de estatística do relatório, na apresentação do documento em, Nova Iorque.

“O impacto dos dados e da frequência com que as estatísticas nacionais são actualizadas pelos países é grande”, considerou o especialista. Ao obter os censos, “usaram isso de forma esperta e sábia para melhorar as estatísticas que dizem respeito a esperança de vida, educação e outros”, destacou Kovacevic.

Os novos dados foram usados pelo PNUD para calcular de forma mais precisa o IDH angolano.

Os censos em Angola, em 2015, que não existiam depois da independência em 1974, vieram melhorar as estatísticas obtidas e mostrar que o país está em “muito melhor forma e em nível de desenvolvimento melhor do que se acreditava anteriormente”.

Por outro lado, o director do PNUD, Achim Steiner, afirmou que um dos desafios no panorama angolano são as políticas aplicadas e a distribuição dos rendimentos.

O administrador comparou Angola a Cabo Verde, países com rendimentos per capita similares: 5.790 dólares em Angola e 5.983 em Cabo Verde, mas com uma diferença de 22 lugares no ‘ranking’ (Cabo Verde está em 125.º).

Num índice de percepção de bem-estar, com valores de 0 a 10, a população angolana obteve 3,8 pontos na escala de satisfação. Apenas 29% dos angolanos se consideram satisfeitos com a qualidade dos cuidados de saúde prestados.

A nível de saúde, os angolanos têm uma esperança média de vida de 61,8 anos, enquanto Cabo Verde conta com uma esperança média de vida de 73 anos.

A taxa de desemprego é de 8,2% e desde 2010, Angola tem sofrido uma grande inflação nos preços, que aumentaram 2,81 vezes. A taxa de fertilidade é de 5,6 filhos por mulher. Entre os indicadores socioeconómicos, as poupanças líquidas ajustadas são as segundas mais negativas do mundo: menos 38,4% do Produto Interno Bruto, a maior taxa do mundo depois da Libéria (de -39,3%), que é o oitavo país menos desenvolvido.

Esta taxa é uma diferença entre o Produto Interno Bruto (PIB), consumo, gastos com a educação, distribuição de recursos naturais e outros factores. A título de comparação, o país mais desenvolvido do mundo, Noruega, tem uma taxa de 15,8% positivos.

De acordo com o relatório, a Noruega, com um índice de 0,953 valores, é o país mais desenvolvido do mundo, enquanto o Níger, com 0,354 valores, o menos desenvolvido.O índice máximo atribuível é de 1,0 valores.

O Instituto de Supervisão de Jogos (ISJ), confiscou, nesta quarta-feira (12), para os cofres do Estado, mais de 11 milhões de kwanzas da sala de jogos ‘Fortuna ou Azar’ da empresa Long Cheng Hui Suo, que funcionava ilegalmente, desde Julho deste ano, no shopping ‘Cidade da China’, em Luanda.

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De acordo com uma fonte do Instituto de Supervisão de Jogos, em declarações à Angop, disse que a sala estava instalada num edifício de um piso, com hospedaria, bar e outros serviços e foi encerrada pelo ISJ, numa acção que contou com a presença de agentes da Polícia Nacional, Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) e de Bombeiros.

O acto de encerramento culminou ainda com a apreensão 1.291 dólares norte-americanos e material que promove a actividade, como mesas de jogos ‘pocket’, roleta russa, computadores, o servidor da sala de vigilância, fichas e dezenas de baralhos de cartas.

Um outro cofre móvel, cuja chaves não foram entregues as autoridades policiais em serviço no local, também foi retirado do recinto, estando a corporação a investigar, o motivo da não cedência das chaves por parte dos proprietários.

No momento da inventariação de outros meios encontrados na sala de jogos ‘Fortuna ou Azar’, o processo foi interdito, por ter sido desligado o sistema de energia eléctrica das instalações, por um dos funcionários, sem o prévio aviso.

O proprietário do recinto, de nacionalidade chinesa, resistiu por algumas horas a abertura de um determinado compartimento, só mais tarde acatou a orientação das autoridades, que vistoriaram a sala, onde encontraram vestígios de queima de documentos.

Os funcionários da empresa chinesa, num total de 60, pediram auxílio às autoridades por estarem sem receber os seus salários há mais de três meses, num valor de 72 mil kwanzas para cada trabalhador.

A fonte relatou que os trabalhadores da empresa acusaram o dono de ter mais dinheiro escondido e depositado em contas bancárias, visto que muitos serviços eram saldados via Terminais de Pagamentos Automáticos (TPA).

De acordo com a fonte, os trabalhadores, na sua maioria angolanos, afirmaram que o casino arrecada milhões de kwanzas diariamente. O recinto era frequentado, na sua maioria, por cidadãos asiáticos.

O Estado, na qualidade de regulador desta actividade, está a definir os locais onde podem funcionar as salas de jogos, que não devem estar próximos de escolas, igrejas e unidades hospitalares. Está em curso um processo de conformação de 13 salas de jogos em Luanda.

O primeiro casino encerrado este ano foi o ‘Atlântico’, localizado na via expressa, onde registou-se um homicídio de um cidadão de nacionalidade congolesa.