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O vice-presidente da República, Bornito de Sousa, deixou na manhã desta quarta-feira Luanda, com destino a cidade de Accra (Ghana), a fim de representar o chefe de Estado, João Lourenço, nas exéquias do ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, falecido a 18 de Agosto, na Suíça.

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Kofi Annan, que terá um funeral de Estado quinta-feira (13), foi secretário-geral da ONU entre Janeiro de 1997 e Janeiro de 2007 e laureado com o Prémio Nobel da Paz, em 2001.

Por altura do seu falecimento, o Presidente da República, João Lourenço, considerou, em comunicado, "justo destacar a habilidade diplomática e o papel relevante desempenhado pelo então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na procura da paz global".

A nota referia, ainda, que Annan deixa um legado importante na defesa dos direitos humanos, patente na sua acção a favor da criação do Fundo Global de Luta contra a Tuberculose e a Malária, e no seu empenho em reformar e renovar a ONU, com o objectivo de a tornar mais representativa dos povos dos diferentes continentes.

Angola e a Arábia Saudita vão assinar amanhã (quinta-feira) um acordo geral de cooperação durante a visita oficial, de dois dias, que o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, efectua naquele país.

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De acordo com uma nota, Manuel Augusto, que deixou hoje o país a caminho de Riade, capital saudita, vai assinar um acordo geral de cooperação económica, técnica e cultural durante o encontro com o rei Salman Abdulaziz Saud, com quem vai analisar também questões ligadas à captação de investimentos de empresários da Arábia Saudita, o maior produtor de petróleo do mundo.

A visita oficial de Manuel Augusto enquadra-se no actual contexto de promoção e divulgação da estratégia angolana virada para a diplomacia económica, que tem como principal eixo a obtenção de investimentos para potenciar a diversificação económica.

Nesse sentido, o chefe da diplomacia lidera uma delegação de alto nível, que vai também manter encontros com potenciais investidores do sector privado, interessados em investir em Angola ou em financiar projectos nos diferentes domínios.

Áreas como a agro-indústria, agricultura, pescas, petróleos e gás constituem o princípio para o reforço da cooperação entre Angola e a Arábia Saudita, refere o documento.

A falência do Banco Espírito Santo Angola (Besa) não ocorreu, afinal, “por insolvência”, mas, sim, por “decisão política”.

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A revelação é do ex-presidente da comissão executiva do extinto Besa, Álvaro Sobrinho, que, no programa ‘Grande Entrevista’ da Televisão Pública de Angola (TPA), reiterou que o banco faliu por “decisão política tendo em conta as pessoas nele envolvidas”.

Na entrevista, o banqueiro chegou mesmo a questionar a falência do Besa, uma vez que, “do ponto de vista formal, o banco existe com outra denominação (Banco Económico) e, do ponto de vista prático, não houve nenhum organismo internacional, independente, estatal nem auditor que declarasse a falência da instituição”.

“O Besa foi alvo de uma auditoria, em 2011, do Banco Europeu e não viu falência”, referiu o empresário, salientando que a narrativa de falência nasceu dos accionistas e que a situação de bancarrota não foi declarada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), auditores da KPMG, conselho fiscal ou outros reguladores internacionais.

Segundo o entrevistado, em 2011/2012, os relatórios elaborados pela KPMG para efeitos de contas internacionais standard não apresentaram reservas.

Em relação às contas do banco, Álvaro Sobrinho disse que, desde o início da actividade, a 24 de Janeiro de 2002, sempre apresentou resultados líquidos positivos até à sua saída em 2012.

Referiu que, em 2010, o Besa foi o banco que ultrapassou pela primeira vez a fasquia dos 400 milhões de dólares de resultados líquidos positivos.

E, quando foi afastado, era o banco com maior activo do mercado, com mais de 10 milhões de dólares de activos de fundo.

Carmen Montón, ministra da Saúde de Espanha, demitiu-se na terça-feira por supostas irregularidades no seu mestrado, realizado em 2011 no Instituto de Direito Público da Universidade Rei Juan Carlos (URJC).

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Esta demissão surge pouco mais de três meses depois de ter assumido o cargo e numa altura em que Montón tinha recebido o apoio público do presidente do governo Pedro Sánchez, que ignorou as pressões internas do seu partido, o PSOE. "A ministra está a fazer um trabalho extraordinário e vai continuar a fazê-lo", disse o chefe de governo pouco antes de ser conhecida a demissão.

Esta segunda-feira, o jornal online eldiário.es anunciou que a ministra da Saúde tinha obtido o título académico através de várias irregularidades, entre as quais a de não ter assistido às aulas, nem contactado com os professores; de ter pago a matrícula três meses fora do prazo, ter começado o curso quatro meses mais tarde e de a data do seu título não coincidir com o restante expediente; entre outras alegadas irregularidades.

Carmen Montón convocou, depois dessa notícia, uma conferência de imprensa na qual garantiu não ter cometido qualquer irregularidade, garantindo ainda que não se demitia, algo que reafirmou já esta terça-feira de manhã numa entrevista à rádio cadena SER.

No entanto, algumas horas depois a URJC confirmou através de um comunicado que as notas da ministra foram manipuladas após o final do mestrado, confirmando assim a história revelada pelo eldiario.es.

Aliás, a estação de televisão La Sexta revelou ainda que o trabalho final de Montón tinha textos idênticos aos de outros autores, que não eram devidamente citados.

A sucessão de acontecimentos fizeram com que Carmen Montón não tivesse resistido a toda esta polémica, acabando por renunciar ao cargo já ao início da noite desta terça-feira.

O ex-ministro da Educação e antigo prefeito de São Paulo Fernando Haddad, anunciado na terça-feira candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) às eleições do Brasil, é um intelectual que tem a difícil tarefa de ganhar a presidência do país.

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Haddad nasceu em São Paulo há 55 anos. Em 1983, filiou-se ao PT.

Licenciado em Direito na Universidade de São Paulo, fez depois um mestrado em Economia e um doutoramento em Filosofia, tendo ficado a dar aulas como professor de Ciência Política nesta instituição de ensino superior.

Em 2001, Fernando Haddad foi nomeado subsecretário das Finanças e Desenvolvimento Económico de São Paulo, sob chefia de Marta Suplicy, cargo que ocupou até 2003.

Neste ano foi chamado para trabalhar em Brasília como assessor especial do Ministério do Planeamento e Finanças. Um ano depois, começou a ganhar protagonismo político quando, sob o governo de Lula da Silva, aceitou o convite do então ministro da Educação, Tarso Genro, e assumiu o cargo de secretário-executivo da pasta.

Em 2005, Haddad assumiu o Ministério da Educação, ficando neste cargo até 2012, já no governo de Dilma Rousseff. Então, deixou o lugar para disputar as eleições municipais de São Paulo, que ganhou.

Quatro anos depois não conseguiu o mesmo feito, perdendo, na primeira volta, para João Doria, que se candidatou pelo Partido da Social Democracia Brasileira. Filho de libaneses que emigraram para o Brasil, Haddad assume como ter como grande influência o avô, Cury Habib Haddad, que morreu dois anos antes do seu nascimento.

Cury Habib ficou famoso na luta no Líbano contra o domínio francês, após a I Guerra Mundial, segundo relata o jornal Estado de São Paulo. Intelectual, pensador e académico, o candidato presidencial do PT foi descrito por Juan Arias, escritor e correspondente do El País no Rio de Janeiro, como muito diferente de Lula da Silva.

O nome de Haddad já vinha a ser avançado há meses como possível substituto de Lula da Silva como candidato do PT às eleições presidenciais de 7 de Outubro.

E, como Lula da Silva, também Fernando Haddad não escapou à nuvem de corrupção. No início deste mês, o ex-governante foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e associação criminosa a propósito de uma investigação que envolve a UTC Engenharia, empresa de construção envolvida na operação ‘Lava Jato’.

Impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral de se candidatar ao sufrágio de 7 de Outubro, o ex-presidente brasileiro Lula da Silva renunciou à candidatura, que entregou a Haddad.

A candidatura do ex-presidente do Brasil, que cumpre na prisão uma pena de 12 anos e um mês por corrupção, foi registada pelo PT e depois vetada pelo Tribunal Superior Eleitoral, com base na lei que proíbe alguém condenado em duas instâncias de concorrer a qualquer cargo eleitoral.

Lula da Silva foi condenado em duas instâncias judiciais, num processo em que foi acusado de ter recebido um apartamento de luxo na cidade do Guarujá da construtora OAS, em troca de favorecer contratos da empresa com a estatal petrolífera Petrobras.