Banco central quer diminuir riscos no sistema financeiro nacional. Através do seu governador, alertou para que entidades reguladoras e supervisoras do sistema financeiro [na CPLP] actuem de forma coordenada. Organismo reconhece haver ainda “inúmeros desafios” no sistema financeiro. O Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, considerou hoje, 11, que os reguladores e supervisores do sistema financeiro devem pautar por uma acção coordenada, atenta e focada, a fim de eliminar possíveis riscos e permitir o desenvolvimento das economias, factor de crescimento das sociedades. Ao discursar na abertura do IV encontro de auditoria, gestão de riscos e compliance dos bancos centrais dos Países de Língua Portuguesa (BCPLP), que acontece numa das unidades hoteleiras do Lubango, José Massano realçou que, no contexto de Angola, o BNA tem vindo nos últimos anos a reforçar o quadro regulamentar. O número um do banco central angolano justificou o posicioanamento com o objectivo “instituir a implementação de modelos adequados de governação corporativa e de controlo interno” em todas instituições sob sua supervisão, pois tem publicado “pontualmente a regulamentação específica sobre vários temas” que acabarão de ser objecto de debate no encontro. Para o responsável, é “necessário reconhecer que independentemente dos níveis de desenvolvimento de cada uma das economias, o sector financeiro na sua generalidade contínua ainda a apresentar inúmeros desafios”, exigindo da parte dos reguladores e dos supervisores uma acção coordenação, atenta e focada. “Este é um desafio que aqui partilhamos e que gostaríamos que no decurso desse encontro, ao trocarmos impressões sobre como melhorar a governação, sistemas de controlo, tenhamos presente o objectivo último que perseguimos o de ter o sistema financeiro ao serviço das nossas sociedades”, aludiu. Entre os países que compõem a CPLP, referiu que todos eles evidenciaram os efeitos da crise financeira de forma diferente, mas, “apesar das realidades não serem as mesmas, ainda assim os problemas, dificuldades e desafios assemelham-se”. O evento, com duração de dois dias, congrega o Banco Nacional de Angola, delegados dos bancos centrais dos países de língua portuguesa, representantes da associação angolana de bancos, de bancos comerciais do sistema financeiro angolano e do instituto angolano de auditoria interna, directores e delegados regionais e colaboradores do BNA. Vão ainda ser temas de debates, entre outros, o “Valor estratégico da Auditoria”, “independência e objectividade da auditoria interna”, “gestão de riscos e compliance”, e o “branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”.
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Angola participa entre 11 e 17 deste mês, na 1.ª Feira de Negócios Intra-África (IATF-2018), a decorrer na cidade do Cairo, Egipto, numa promoção da União Africana (UA) e o consórcio de bancos do continente, Afreximbank. A comissão angolana é encabeçada pelo ministro do Comércio, Jofre Van-Dúnem (na foto), e reúne 120 individualidades, 24 das quais expositores. No total, estão presentes 1.054 expositores e convidados, entre chefes de Estados e de governo africanos, políticos, empresários e jornalistas. O presidente da CEEIA e embaixador de Angola na Feira Intra-África, Agostinho Capaia, disse que o objectivo é apresentar o país no continente como um dos principais destinos de investimento em África. “Queremos estabelecer relações de negócios entre empresas nacionais e congéneres africanas e criar uma plataforma para que possam trocar informações para a concretização dos negócios”, disse, lembrando que os promotores do evento, a Afreximbank e a União Africana, têm disponíveis 25 mil milhões de dólares para financiar projectos de empresas africanas.
O Ministério Público (MP) suspendeu, na quinta-feira, 6, o recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau por alegadas irregularidades no processo, segundo um despacho citado pela Lusa. O documento do MP determina também a presença de forças policiais no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), sendo apenas permitida a entrada de pessoas autorizadas. Na terça-feira, três técnicos da GTAPE foram ouvidos pelo MP guineense, tendo-lhes sido imposta a medida de coação de Termo de Identidade e Residência. O director-geral interno do GTAPE e outros três técnicos foram também ouvidos, na qualidade de testemunhas. O MP abriu um processo de averiguação de irregularidades no processo eleitoral na sequência de uma queixa apresentada por um grupo de partidos políticos, incluindo o da Renovação Social, segunda maior força política da Guiné-Bissau que integra o actual governo de consenso. As eleições legislativas na Guiné-Bissau, que estavam marcadas para 18 de Novembro, foram adiadas devido a problemas técnicos e financeiros que impediram que o recenseamento eleitoral começasse na data prevista, (Agosto). O recenseamento eleitoral ainda decorre no país, mas tem sido bastante contestado.
CDU escolhe sucessor de Angela Merkel
Os delegados ao congresso da União Democrata Cristã (CDU) escolhem hoje, sexta-feira, em Hamburgo, o sucessor de Angela Merkel para liderar o partido. Há dois candidatos num total de 12. Os delegados ao congresso da União Democrata Cristã (CDU) escolhem hoje, em Hamburgo, Alemanha, o novo líder do partido, com dois candidatos na frente da corrida. Doze elementos do partido disponibilizaram-se a entrar na corrida à liderança da CDU, mas há três que se destacaram como possíveis sucessores de Angela Merkel: Annegret Kramp-Karrenbauer, apelidada de ‘Mini-Merkel’, Friedrich Merz, a quem muitos chamam ‘Anti-Merkel’ e Jens Spahn, actual ministro da Saúde. De acordo com as últimas sondagens, a secretária-geral do partido, Kramp-Karrenbauer, e o advogado e empresário Merz são os dois favoritos. Em declarações à Lusa, o sociólogo e politólogo Óscar Gabriel, considera que “os dois têm praticamente as mesmas hipóteses de ser escolhidos como novo líder do partido e candidato a chanceler em 2021”. O professor da Universidade de Estugarda lembra que é a primeira vez, desde 1970, que os delegados da CDU vão escolher entre um número tão elevado de candidatos. Angela Merkel é a chefe do governo alemão há 13 anos e líder da CDU há 18. Anunciou, a 29 de Outubro, a intenção de não se recandidatar à liderança do partido. O congresso que vai escolher o sucessor está marcado para esta sexta-feira e sábado, na cidade de Hamburgo.
Dinheiro será aplicado nas províncias de Benguela, Cunene e Huila, para implementação do projecto de recuperação agrícola. Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola encara com “satisfação” engajamento do Governo no projecto. Cerca de 7,6 milhões de dólares norte-americanos é o valor que o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) prevê apoiar o Governo para a implementação do Projecto de Recuperação Agrícola (ARP), a ser executado nas províncias de Benguela, Cunene e Huíla. A informação foi prestada hoje, 6, em Luanda, durante um encontro entre o ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Alexandre Nhunga e o presidente do FIDA, Gilbert Fossoun Houngbo, que se encontra em Angola para avaliar o grau de execução dos programas do sector financiados pelo fundo. Na ocasião, o ministro Marcos Alexandre Nhunga, disse que o Executivo tem a agricultura como o principal pilar para catapultar o desenvolvimento do país, daí a especial atenção e os investimentos feitos no sector, particularmente para a agricultura familiar. Já para o presidente do Fundo, Gilbert Fossoun Houngbo, é motivo de “satisfação” a forma como o Governo está engajado na implementação dos projectos, com vista a satisfação dos anseios das populações no âmbito do programa de luta contra a fome e a pobreza. Além deste projecto, o FIDA está a apoiar o Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (SAMAP), que está a ser implementado no Kwanza-Sul e Huíla, com um financiamento de 38,8 milhões de dólares. O Projecto de Recuperação Agrícola (ARP) prevê beneficiar pelo menos oito mil famílias agrícolas. O FIDA é uma agência especializada das Nações Unidas criada a 30 de Novembro de 1977 e tem a função de uma instituição financeira, com o objectivo de contribuir para a erradicação da fome e da pobreza no mundo.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...