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2018 foi o quarto ano mais quente da história

AQUECIMENTO GLOBAL. Aviso é da NASA, que avança que o ano passado foi o mais quente dos últimos 140 anos, quando se começaram a fazer registos. E 2019 vai pelo mesmo caminho.

 

2018 foi o quarto ano mais quente da história

A Agência Espacial Americana (Nasa) anunciou, na passada semana, que 2018 foi o quarto ano mais quente da história, desde que as medições começaram a ser feitas há 140 anos. As temperaturas globais, em 2018, foram 0,83 graus Célsius mais quentes do que as médias de 1951 a 1980, segundo cientistas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS) da NASA em Nova Iorque. Globalmente, as temperaturas de 2018 ficaram abaixo das de 2016, 2017 e 2015. Os últimos cinco anos são, colectivamente, os mais quentes do histórico moderno. E 2016 foi o ano mais quente da história.

“2018 é mais um ano extremamente quente dentro de uma tendência de aquecimento global de longo prazo ”, disse o director do GISS, Gavin Schmidt. Ainda segundo ele, esse aquecimento foi impulsionado, em grande parte, pelo aumento das emissões de dióxido de carbono na atmosfera e outros gases causadores do efeito de estufa causados pelas actividades humanas.

Desde a década de 1880, a temperatura média da superfície global subiu cerca de um grau Célsius. A dinâmica climática frequentemente afecta as temperaturas de uma maneira regional, portanto, nem todas as regiões da Terra experimentaram quantidades similares de aquecimento.

As tendências de aquecimento são mais fortes na região do Árctico, onde 2018 viu a contínua perda de gelo marinho. Além disso, a perda de massa das mantas de gelo da Groenlândia e da Antárctica continuou a contribuir para o aumento do nível do mar. O aumento das temperaturas também pode contribuir para épocas de fogo mais longas e alguns eventos climáticos extremos, de acordo com Schmidt.

“Os impactos do aquecimento global de longo prazo já estão a ser sentidos – em inundações costeiras, ondas de calor, precipitação intensa e mudanças nos ecossistemas”, disse Gavin Schmidt – director do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS) da NASA.

Como é feita a medição

Segundo a NASA, as análises de temperatura usam medições da superfície de 6.300 estações meteorológicas, observações baseadas em navios e bóias das temperaturas da superfície do mar e medições de temperatura das estações de pesquisa da Antárctica.

Essas medições são analisadas usando um algoritmo que considera o espaçamento variado de estações de temperatura ao redor do globo e os efeitos das ilhas de calor urbanas que poderiam distorcer as conclusões.

Acordo de Paris

Em 2016, entrou em vigor o Acordo de Paris, acordo contra as mudanças climáticas que envolve todo o planeta. Ele visa limitar o aumento da temperatura média mundial para, no máximo, 2ºC até ao fim do século.

Em Dezembro de 2018, durante a COP 24, 197 países concordaram com o chamado ‘livro de regras’ que governará a luta contra o aquecimento global nas próximas décadas.

Para alcançar os objectivos do Acordo de Paris até 2030, os países do G20 devem triplicar os esforços no controlo das emissões de gases do efeito de estufa, informa relatório da Organização das Nação Unidas (ONU).