APONTAM INVESTIGADORES NUMA ANTOLOGIA

Opacidade nos contratos públicos é das principais fontes de corrupção e má gestão do erário na ‘Era João Lourenço’

ANÁLISE. Investigadores angolanos e noruegueses juntaram-se para analisar a situação socioeconómica e política do país na era João Lourenço, depois dos 38 anos de José Eduardo dos Santos ao leme do país. Cerca de 30 investigadores concluem que o novo governo é uma continuidade do anterior..

Opacidade nos contratos públicos é das principais fontes de corrupção e má gestão do erário na ‘Era João Lourenço’

Durante os cerca de oito anos da governação do Presidente João Lourenço, as promessas de maior transparência e melhor governação no sistema dos contratos públicos não foram “além da retórica”, de acordo com um grupo de investigadores que apontam “a opacidade nos contratos públicos” como uma das principais fontes de corrupção e de má gestão dos fundos públicos, depois da governação de José Eduardo dos Santos. 

A tese é defendida no livro ‘Angola Pós-dos Santos, Uma Antologia sobre Continuidade e Mudança’ apresentada nesta segunda-feira, 16, na Universidade Católica de Angola, em Luanda, e que junta cerca de 30 cientistas sociais que têm implementado desde 2020 um programa de reforço à investigação independente sobre a situação socioeconómica e política do país, com objectivo de contribuir para a “melhoria da base factual” e a interpretação da tomada de decisões públicas, da informação dos meios de comunicação social e do discurso público sobre o desenvolvimento actual e futuro em Angola.

O grupo composto por investigadores da Universidade Católica de Angola (UCAN), Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (FE – UAN), Instituto Superior Politécnico Jean Piaget em Benguela (ISP-JPB) e o Instituto Chr. Michelsen (CMI), da Noruega, refere que, no início da presidência de João Lourenço, havia expectativas e até “afirmações cautelosas” de uma série de reformas importantes no sentido de ter um sistema estatal mais aberto, obrigando o presidente anterior e a sua família a abdicar do “seu poder ilimitado” sobre o partido e o Estado, bem como o sector petrolífero e o resto da economia. 

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