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Valor Económico

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Em 2016, a dívida da petrolíra estatal era de 9,8 mil milhões de dólares, mas reduziu em 2017 para 4,8 milhões de dólares

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A petrolífera nacional Sonangol possui uma dívida com o Estado angolano avaliada em 1,3 mil milhões de dólares devido ao não pagamento de impostos, revelou, em conferência de imprensa, realizada hoje, em Luanda, o presidente da companhia, Carlos Saturnino.

Para amortizar o montante em causa, a Sonangol tem estado a pagar mensalmente ao Estado angolano 45 milhões de dólares, sendo que, segundo Carlos Saturnino, a empresa terá já pago, em 2017, todos os atrasados relacionados com os impostos ligados ao IRT e outras despesas para-fiscais.

Em 2016, a dívida da Sonangol era de 9,8 mil milhões de dólares (incluía pagamentos a fornecedores e impostos), mas reduziu em 2017 para 4,8 milhões de dólares, fruto da disponibilidade injectada pelo Estado.

A nova administração da petrolífera, liderada por Carlos Saturnino, nomeado em Novembro de 2017, pelo Presidente da República, João Lourenço, encontrou a companhia com sérias debilidades de gestão. A anterior administração de Isabel dos Santos, segundo Carlos Saturnino, enveredou por práticas "não recomendáveis pelos manuais modernos de gestão, ao fazer contratos que beneficiavam as empresas e os membros do conselho, gerando conflito de interesses".

Quando assumiu a Sonangol, o novo PCA disse ter priorizado a realização de um diagnóstico do estado real da empresa, pelo que agora trabalha na reestruturação da companhia e no resgate da imagem da concessionária nacional junto dos parceiros internacionais.

Causas do incêndio são ainda desconhecidas.

Sonils incéndio

Um incêndio de grandes proporções ocorre desde as 7h30 da manhã desta quarta-feira, num dos edifícios da Schlumberger Angola, nas instalações da Sonils (Sonangol Integrated Logistic Services).

A informação foi avançada, esta manhã, pela Rádio Luanda, tendo dado conta que o corpo de bombeiros encontra-se já no local para tentar extinguir o fogo. As causas do incêndio, no entanto, ainda são desconhecidas.

Valores em causa corresponderam a 12 milhões de barris de petróleo bruto só no mês de Janeiro.

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A concessionária nacional petrolífera Sonangol gastou, em Janeiro, cerca de 834 milhões de dólares, em Janeiro, para pagar o serviço da dívida pública que Angola possui para com a China, avançou o presidente do conselho executivo (PCE) da Sonangol Comercialização Internacional (SONACI), durante a conferência de imprensa anual da empresa, realizada esta manhã, em Luanda.

Os valores em causa, segundo o responsável, foram subtraídos de um total de 1.158 milhões de dólares, fruto de 18 carregamentos de petróleo bruto efectuados no mês de Janeiro.

Sem avançar números, o presidente do conselho de administração da companhia petrolífera nacional, Carlos Saturnino, esclareceu ainda que a parte da produção pertencente a concessionária é normalmente utilizada para satisfazer nomeadamente o reembolso da dívida para com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês) e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC).

A sonangol fez igualmente recurso a essa produção para reactivar as linhas de crédito do Brasil e do Israel, bem como para financiar o Plano Nacional de Urbanismo e Habitação (PNUH), que envolve as centralidades, usando ainda a mesma via para viabilizar recursos para a refinaria de Luanda.

Orgão deverá contar numa primeira fase com uma comissão directiva provisória, que dirigirá a instituição até a realização da primeira assembleia eleitoral em que serão eleitos os órgãos sociais.

Fausto Simões

A Ordem dos Economistas de Angola (OEA) deverá ser proclamada nesta quinta-feira (01 de Março), em Luanda, durante uma reunião da sua Assembleia Constituinte que é até ao momento dirigida por uma comissão instaladora.

De acordo com uma nota de imprensa da comissão instaladora, a Assembleia Constituinte é o resultado do trabalho efectuado pela comissão instaladora que em um ano e meio produziu os instrumentos legais necessários, como projecto de estatutos, projecto de regulamento eleitoral, projecto de regulamento disciplinar.

“A Assembleia deverá contar com mais de 250 profissionais, que por direito adquirem o estatuto de membros fundadores e irá aproveitar a ocasião para eleger a comissão directiva provisória, que dirigirá a instituição até a realização da primeira assembleia eleitoral em que serão eleitos os órgãos sociais da ordem”, lê-se no documento.

A criação da OEA enquadra-se na Lei de Bases das Associações Públicas e vem dar resposta à necessidade de valorização da profissão de economista, a qual adquiriu nos últimos dias, uma importância económica e social acentuada, daí exigir-se uma entidade que discipline, salvaguarde valores e crie condições de enquadramento e valorização técnico-profissional da classe e se assume como parceiro social do Estado.

Numa recente entrevista ao VE, o coordenador da comissão instaladora da Ordem dos Economistas, Fausto Simões, falou sobre os critérios de acesso de candidatos a membros, tendo lembrado que estes deveráo possuir, em primeira instância, a licenciatura, mestrado ou doutoramento em Economia ou num dos ramos de gestão.

“No futuro, com a criação de um regulamento de estágios, obviamente que os critérios serão mais apertados. Estamos a admitir que no futuro os economistas juniores deverão, a exemplo do que acontece nas outras Ordens aqui no país e no estrangeiro, passar por um estágio que os capacite afim de eles, depois de um certo período, na condição de membros estagiários, passem a membros efectivos depois avaliados e recomendados por uma equipa de dois ou três economistas seniores que acompanharão estes jovens economistas e gestores”, conclui o economista.

A liderança e as características que um grande líder deve possuir acompanhando a evolução da actualidade são temáticas que se encontram no centro das preocupações das organizações.

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O líder do futuro será alguém capaz de desenvolver uma cultura ou um sistema baseado em princípios, mostrando a coragem e a humildade de aprender e crescer continuamente com a sua equipa, alguém capaz de mobilizar e inspirar, construindo um caminho partilhado.

O gosto pelo desafio, a curiosidade pelo desconhecido, a procura de inovação e a vontade de arriscar e experimentar caracterizam os futuros líderes.

A liderança não é uma característica inata nem exclusiva de uma determinada cultura. Ela existe e desenvolve-se em todos os patamares sociais, em todas as culturas e até em todas as profissões, e por isso é importante considerar duas perspectivas: a existência das pessoas na relação com os seus líderes e o que as organizações realmente necessitam.

Assim, indo ao encontro das características dos líderes do futuro, ressalvamos o modelo de cinco práticas de Kouzes & Posner (2008) assente em cinco práticas capazes de dar resposta às necessidades de um ‘innovative leader:’

1) “Modelam o Caminho”: situam os princípios e as regras do jogo e dão o exemplo;

2) “Inspiram uma Visão Comum”: visionam o futuro, comunicam, informam e motivam;

3) “Desafiam o Processo”: procuram oportunidades, experimentam e correm riscos e aprendem com os erros;

4) “Dão suporte à Acção”: promovem a colaboração e desenvolvem e fortalecem os outros; e 5) “encorajam o coração”: reconhecem as contribuições e celebram as vitórias.

De modo a compreender e a identificar as práticas que os líderes utilizam no seu dia-a-dia e com base numa liderança transformacional, os mesmos autores desenvolveram o ‘Leadership Practice Inventory’ (LPI®), um instrumento desenhado para obter ‘feedback’ acerca de comportamentos de liderança que pode ser utilizado como instrumento de 360º para que o líder obtenha informação acerca do seu comportamento, como está no presente e como pode evoluir e também fornecer ‘feedback’ baseado nos dados de diferentes perspectivas. O estudo revelou (ver exemplo imagem 1) que a produtividade e o ‘empowerment’ têm uma correlação significativa com os resultados do LPI®, bem como os líderes que adoptam as cinco práticas, são vistos como indivíduos que: são mais eficazes em alcançar resultados; têm mais sucesso a defender os seus departamentos; criam equipas de elevado desempenho; promovem lealdade e o compromisso. Revelou também que as cinco Práticas de Liderança de Excelência estão significativamente correlacionadas com a satisfação no trabalho, a produtividade e o comprometimento organizacional. O estudo foi realizado em líderes de todo o mundo, tem uma fidelidade acima dos .90 e o índice de desejabilidade social não foi significativo. As correlações foram encontradas em organizações do sector público, privado, sem fins lucrativos, e os resultados são consistentes em organizações em todo o mundo. Após a aplicação do estudo, foi possível obter depoimentos de alguns dos líderes que participaram no mesmo, vejamos o caso de Ron Crossland, vice-presidente,Tom Peters Company que afirma:

“Utilizo o LPI® nos meus clientes há mais de 15 anos, em mais de 20 países em todo o mundo. Nunca falhou em ajudar os gestores a ganharem consciência acerca do que realmente põem em prática. Recomendo fortemente este instrumento universal e acessível a qualquer pessoa que queira melhorar a sua capacidade de liderança.”

Steve Coats, Sócio Gerente, International Leadership Associates diz: “Utilizo o LPI® com os meus clientes há mais de uma década. É elegantemente simples, no entanto, profundamente poderoso. Mas, mais importante, as pessoas que o adoptam no seu desenvolvimento como líderes tornam-se efectivamente melhores líderes. Conclusão: o LPI® funciona.”

Assim, partindo da aplicação do LPI® e dos resultados obtidos, ressalvamos a importância da aplicação do modelo das cinco práticas de liderança aos líderes actuais e que serão também em simultâneo os líderes do futuro e que, por isso, devem formar uma visão impulsionadora do alcance de objectivos, desafios e sucessos.

O ‘workshop’ “As cinco práticas de liderança de excelência”, que iremos dinamizar em Luanda, em parceria com a Human Skills, será um dia de partilha e prática deste modelo, que tem como objectivo uma liderança transformacional e inspiradora, pois é através das cinco práticas e dos seus comportamentos que o líder transforma a realidade e consegue mobilizar e inspirar a sua equipa.