Valor Económico

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As autoridades angolanas concluem, em 2018, o pagamento da dívida contraída com a Namíbia em resultado de um acordo de conversão monetária estabelecido entre os dois países em 2015, noticiou ontem o jornal daquele país ‘New Era’, com base em declarações proferidas pelo Presidente Hage Geingob.

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Falando à comunidade de Helao Nafidi, Oshikango, na fronteira com Angola, o Presidente namibiano afirmou que o Governo angolano está a devolver o dinheiro que deve à Namíbia e espera-se que os pagamentos terminem no próximo ano. “Angola tem-nos pago em dólares norte-americanos e, apesar da difícil situação financeira que enfrenta, termina de pagar no próximo ano”, afirmou o Presidente Hage Geingob.

O Banco Nacional de Angola (BNA) devolveu, inicialmente, ao Banco da Namíbia, 390 milhões de dólares namibianos em custos de recompra dos kwanzas levados para a Namíbia desde que os dois bancos centrais celebraram um acordo de conversão em Junho de 2015.

O acordo abriu caminho para a troca do kwanza nos bancos da Namíbia, mas foi interrompido seis meses depois de assinado por supostas irregularidades no posto fronteiriço de Oshikango e críticas de economistas e empresários locais que afirmavam que o acordo conduziu a economia daquele país a uma crise de liquidez nos primeiros cinco meses da sua implementação.

O BNA tem estado a lutar, desde então, para liquidar a dívida. Chegou a haver protestos, com representantes da sociedade civil namibiana a exigirem que Angola resgate o dinheiro. “A comunidade empresarial tem dito que [os angolanos] nos estão a roubar: deixem-me deixar claro que eles estão a pagar”, declarou Hage Geingob.

O Presidente russo, Vladimir Putin, prevê conversar hoje (21), com o homólogo norte-americano, Donald Trump, sobre a Síria, na véspera de uma cimeira tripartida sobre o conflito, no sudoeste da Rússia, informou o Kremlin, citado pela Lusa.

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Durante o encontro com o Presidente sírio, Bashar al-Assad, na noite de segunda-feira, em Sochi, Putin indicou que planeia realizar uma série de "consultas" com chefes de Estado. "A partir de hoje (segunda-feira) está prevista uma conversa com o emir do Qatar, e hoje com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump", declarou Putin, de acordo com um comunicado do Kremlin.

Os Presidentes da Rússia, Irão e Turquia reúnem-se na quarta-feira na estância balnear de Sochi para abordar os mais recentes desenvolvimentos na Síria e na região, onde os três países têm um papel importante.

A Rússia, o Irão e a Turquia patrocinaram o chamado Acordo de Astana, que visa reduzir a intensidade dos combates no terreno para criar as condições para um acordo político que ponha fim ao conflito na Síria, que fez mais de 300 mil mortos e milhões de deslocados desde que estalou em Março de 2011.

Ao abrigo desse acordo foram instauradas "zonas de distensão", nas quais é observado em princípio um cessar-fogo entre as forças do Governo e grupos rebeldes moderados. A Rússia e o Irão são aliados do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e a Turquia apoia os rebeldes que o combatem.

Luanda acolhe hoje (21), uma cimeira da presidência (África do Sul) e da troika (Angola, Tanzânia e Zâmbia) da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para avaliar a actual situação política e de segurança no Zimbábue.

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Angola, que preside ao órgão da SADC para Política, Defesa e Cooperação, tem mandato para encontrar mecanismos para a estabilidade naquele Estado membro da organização regional, que passa pelo diálogo e que garanta que os governos democraticamente eleitos não sejam retirados à força.

Entretanto, ficou adiado o envio previsto para hoje de militares angolanos ao Lesoto, no quadro da força da SADC para estabilização daquele país. Angola, África do Sul, Malawi, Tanzânia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue decidiram no mês de Setembro, em Pretória, o envio de forças militares para restaurar a lei e ordem no Lesoto.

O encontro aconteceu na sequência do assassinato do tenente-general do exército, Khoantle Motsomotso, por dois oficiais do exército a 5 de Setembro. Os seus guarda-costas retaliaram, matando a tiro o brigadeiro Bulane Sechele e o coronel Tefo Hashatsi.

Segundo um documento de 12 páginas, distribuído na ocasião, os dois oficiais estavam implicados no assassinato do antigo comandante do exército, o tenente-general Maaparankoe Mahao, em Junho de 2015.

O contingente da SADC será constituído por cerca de 1.000 homens, incluindo soldados, polícias e peritos civis e o orçamento para o batalhão é de 77,7 milhões de rands (cerca de 5,5 milhões de dólares).

O Presidente da República, João Lourenço, exonerou hoje, segunda-feira, o Comissário Geral Ambrósio de Lemos (na foto), do cargo de Comandante Geral da Polícia Nacional.

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Para exercer o cargo de Comandante Geral da Polícia Nacional, o Presidente João Lourenço nomeou o Comissário Geral Alfredo Mingas, refere uma nota da Casa Civil do Presidente da República.

Noutro decreto, segundo a mesma fonte, o Presidente da República exonerou o General António José Maria, do cargo de Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar.

Para ocupar a vaga, foi nomeado o General Apolinário José Pereira.

RECONHECIMENTO. Diploma de mérito veio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, por ocasião dos 42 anos de Independência que Angola comemorou a 11 de Novembro.

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O centro histórico da cidade de Mbanza Kongo, que ganhou o estatuto de Património Mundial a 8 de Julho, no âmbito da 41.ª sessão do Comité do Património Mundial, que decorreu na cidade de Cracóvia, na Polónia, recebeu, este mês, um diploma de mérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Brasil). Trata-se de uma iniciativa do deputado Geraldo Pudim, que destacou a “importância histórica de Mbanza Kongo como referência da civilização africana pré-colonial, tendo, por outro lado, falado do actual momento político angolano na expectativa do reforço das relações entre o Brasil e Angola”.

Mbanza Kongo, ao longo da época colonial, conheceu várias designações, tendo-se destacado a denominação de ‘São Salvador do Kongo’, nome que os portugueses haviam atribuído segundo o seu desejo, já como potência colonizadora.

De acordo ainda com a sua génese histórica e cultural, a designação de relevo de Mbanza Kongo, na altura, foi a de ‘Kongo dya Ntotela’, símbolo de unidade e indivisibilidade dos bakongo, como o próprio nome indica.

Desde a fundação do Reino do Kongo, Mbanza Kongo foi a sua capital, o centro político, económico, social e cultural, sede do rei e a sua corte, e, como tal, o centro das decisões.

A cidade foi, no século XVII, a maior vila da costa ocidental da África Central, com uma densidade populacional de 40 mil habitantes (nativas) e quatro mil europeus.

Com o seu declínio, a cidade, que se encontrava no centro do reino em plena “idade de ouro”, transformou-se numa vila mística e espiritual do grupo etnolinguístico kikongo e albergou as Repúblicas de Angola, Democrática do Congo, Congo Brazzaville e Gabão.