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Valor Económico

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O Presidente da República, João Lourenço, nomeou hoje (28), por decreto presidencial, os membros do seu Executivo. A tomada de posse dos ministros e governadores, está marcada para o próximo sábado, 30 de Setembro, às 8 horas, no Palácio Presidencial, em Luanda.

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Os eleitos do novo Chefe de Estado foram hoje aprovados pelo Bureau Político do MPLA, sendo que nove transitam do Executivo anterior com as mesmas pastas. É o caso dos titulares das Pescas, Agricultura, Finanças, Indústria, Telecomunicações, Interior, Energia e Águas, Transportes e Cultura.

Há também casos em que os nomeados passaram de secretários de Estado a ministros, como aconteceu com Adão Almeida, do antigo Ministério da Administração do Território, rebaptizado Ministério do Território e Reforma do Estado.

A lista de João Lourenço destaca-se ainda pelo reforço da presença feminina em relação ao Governo anterior, composto por oito ministras. Agora, para além de dez mulheres à frente dos cerca de 30 ministérios, a secretaria do Conselho de Ministros também é liderada por uma mulher.

MINISTROS

Ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social

Manuel José Nunes Júnior

Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República

Pedro Sebastião

Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República

Frederico Manuel dos Santos e Silva Cardoso

Ministro da Defesa Nacional

Salviano de Jesus Sequeira

Ministro do Interior

Ângelo de Barros da Veiga Tavares

Ministro das Relações Exteriores

Manuel Domingos Augusto

Ministro das Finanças

Augusto Archer Mangueira

Ministro do Território e Reforma do Estado

Adão Francisco Correia de Almeida

Ministro da Administração Pública, Trabalho de Segurança Social

António Rodrigues Afonso Paulo

Ministro da Agricultura e Florestas

Marcos Alexandre Nhunga

Ministra da Indústria

Bernarda Gonçalves Martins

Ministro da Energia e Águas

João Baptista Borges

Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos Diamantino

Pedro Azevedo

Ministro dos Transportes

Augusto da Silva Tomás

Ministro da Construção e Obras Públicas

Manuel Tavares de Almeida

Ministra das Pescas e do Mar

Victória de Barros Neto

Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação

José Carvalho da Rocha

Ministra do Ordenamento do Território e Habitação

Ana Paula de Carvalho

Ministro da Economia e Planeamento

Pedro Luís da Fonseca

Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação

Maria do Rosário Bragança Sambo

Ministra da Educação

Maria Cândida Teixeira

Ministra da Saúde

Sílvia Paula Valentim Lutucuta

Ministra da Hotelaria e Turismo

Maria Ângela Teixeira Bragança

Ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher

Victória Francisco Correia Conceição

Ministra da Cultura

Carolina Cerqueira

Ministra da Juventude e Desportos

Ana Paula Sacramento Neto

Ministro da Comunicação Social

Aníbal João da Silva Melo

Ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

João Ernesto dos Santos Liberdade

Ministro do Comércio

Joffre Van-Dúnem Júnior

Ministra do Ambiente

Paula Cristina Francisco Coelho

Secretária do Conselho de Ministros

Ana Maria de Sousa e Silva

GOVERNADORES

Luanda

Adriano Mendes de Carvalho

Benguela

Rui Falcão

Cabinda

Eugénio César Laborinho

Zaire

José Joana André

Uíge

Mpinda Simão

Bengo

João Bernardo de Miranda

Kwanza-Norte

José Maria Ferraz dos Santos

Kwanza-Sul

Eusébio de Brito Teixeira

Malanje

Norberto Fernandes dos Santos

Lunda-Norte

Ernesto Muangala

Lunda-Sul

Ernesto Fernando Kiteculo

Moxico

Manuel Gonçalves Muandumba

Huambo

João Baptista Kussumua

Bié

Álvaro Manuel de Boavida Neto

Namibe

Carlos da Rocha Cruz

Huíla

João Marcelino Tyipinge

Cunene

Kundhi Paihama

Kuando-Kubango

Pedro Mutinde

Sem votos contra e com uma abstenção, Fernando da Piedade Dias dos Santos, foi reconduzido no cargo de presidente da Assembleia Nacional, onde hoje (28) tomaram posse os 220 deputados eleitos a 23 de Agosto.

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Higino Carneiro, até aqui governador de Luanda, foi eleito a 2.º vice-presidente do Parlamento. Numa votação por mão levantada - sistema aprovado como alternativa à votação por voto secreto -, os 220 deputados empossados hoje para a IV Legislatura da Assembleia Nacional aprovaram a continuidade de Fernando da Piedade Dias dos Santos, ‘Nandó’ como presidente, e os nomes dos quatro vice-presidentes do Parlamento, onde se inclui Higino Carneiro.

O até agora governador de Luanda ocupará o cargo de 2.º vice-presidente, enquanto Joana Lina mantém o cargo de 1.ª vice-presidente, já ocupado na anterior legislatura. Para além dos dois vice propostos pelo MPLA, integram a lista de vice-presidentes da Assembleia Nacional Ernesto Joaquim Mulato, 3.º vice, proposto pela UNITA, e Carlos Tiago Kandanda, 4.º vice, proposto pela CASA-CE.

O líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, prescindiu de ser deputado na IV legislatura e anunciou hoje (28) que se vai concentrar na direcção daquela formação política, preparando as eleições gerais de 2022.

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Abel Chivukuvuku liderou a lista da CASA-CE às eleições gerais de 23 de Agosto, pelo círculo nacional, acto eleitoral do qual saiu vencedor, com 61% dos votos o MPLA. O líder daquela coligação, a terceira força política mais votada em Agosto, foi o único dos 220 deputados eleitos (círculos nacional e provinciais) que não tomou posse hoje, na reunião constitutiva da IV Legislatura (2017 - 2022), tendo apresentado uma justificação para a sua ausência.

"Pretendo dedicar toda a minha disponibilidade e atenção à direcção da CASA-CE, de que sou presidente, e simultaneamente colaborar com todas as forças vivas da nação, para tal interessadas, para melhorar a qualidade, a seriedade e a legalidade dos futuros processos eleitorais no nosso país, tendo em vista as próximas eleições autárquicas e as eleições gerais de 2022", lê-se na carta dirigida à Assembleia Nacional, na qual Abel Chivukuvuku explica a ausência.

Afirma, na mesma carta, a que a Lusa teve acesso, que "tendo concorrido ao cargo de Presidente da República "pela CASA-CE, "o que não se consumou", pretende "prescindir" do "direito de tomada de posse como deputado eleito à Assembleia Nacional", permitindo "que seja substituído, de acordo com a lei e segundo a ordem de procedência, pelo candidato suplente subsequente". O líder da CASA-CE já tinha anunciado esta possibilidade a 14 de Setembro, mostrando disponível para continuar "a servir Angola, fora do parlamento".

A posição foi expressa por Abel Chivukuvuku no final da III reunião ordinária do Conselho Deliberativo Nacional, na qual foi produzida uma declaração sobre as eleições gerais angolanas, onde a coligação se recusava então a aceitar os resultados "ditados pela CNE (Comissão Nacional Eleitoral) em razão de os mesmos terem resultado, efetivamente, de um processo ilegal, injusto e não transparente".

Abel Chivukuvuku disse na altura que durante os últimos dias tinha sido recomendado por parte da sociedade "o boicote às instituições resultantes da fraude e da trapaça. Isto é, não tomar assento na Assembleia Nacional". "Também simpatizo com essa pretensão.

Como já é do conhecimento público, eu, apesar de eleito, continuarei a servir Angola, fora do parlamento. Estarei quotidianamente junto dos cidadãos e dedicar-me-ei a aprofundar a construção da CASA-CE, para os desafios das eleições autárquicas, com datas ainda por definir, e o grande desafio das eleições gerais de 2022", disse o político.

Nas eleições gerais de 23 de Agosto a CASA-CE garantiu, segundo os resultados divulgados pela CNE, 9,45% dos votos e a eleição de 16 deputados, o dobro face ao mandato anterior.

A Assembleia Nacional abre hoje (28) a IV Legislatura, com a tomada de posse dos deputados do MPLA que conta com 150, da UNITA, com 51, da CASA-CE, com 16, do PRS, com dois, e da FNLA, com um.

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A cerimónia de tomada de posse dos 150 deputados do MPLA, que confere a este partido uma maioria qualificada para a IV Legislatura, dos 51 eleitos da UNITA, dos 16 lugares conquistados nas urnas pela CASA-CE, os dois do PRS e o deputado que vai estar "a solo" no Parlamento pela histórica FNLA, vai ser conduzida pelo anterior Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

As formações políticas PRS e FNLA, nesta legislatura, não formam uma bancada, uma vez que contam apenas com dois e um deputado respectivamente. Dos 220 deputados que tomam posse hoje, 100 transitaram e 120 são novos.

Hoje, na reunião constitutiva do Parlamento, os deputados vão eleger a mesa da Assembleia Nacional, que é composta pelo presidente, os vice-presidentes e os secretários. Na segunda-feira, a Assembleia Nacional promoveu um ensaio com todos os deputados eleitos para a abertura da legislatura. Durante o encontro, foi-lhes apresentado o programa da reunião constitutiva e do semanário de integração de deputados da IV legislatura da Assembleia Nacional.

O presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, no encontro de preparação da reunião constitutiva, garantiu que o Parlamento vai dar maior atenção aos problemas do povo, com mais iniciativas legislativas.

O líder do Parlamento garantiu que há um ambiente de trabalho que permite uma convivência fraterna entre os parlamentares, o que tem permitido tratar de variados assuntos por meio de um diálogo construtivo e aberto, que tem resultado em consenso em determinadas matérias. Fernando da Piedade Dias dos Santos disse na ocasião aos deputados que a legislação de base da Assembleia Nacional é imprescindível, uma vez que a mesma rege a vida do Parlamento.

“O Parlamento rege-se pelo seu regimento e pelo princípio do Código de Ética e Decoro Parlamentar, que define a conduta e o perfil do deputado”, sublinhou.

Os deputados, adiantou o presidente da Assembleia Nacional, têm sabido manter a unidade na adversidade, o que na sua opinião representa um sinal positivo para a democracia. Por isso, espera que os novos deputados ajudem a reforçar essa unidade.

Mais de quatro milhões e 500 mil dólares norte-americanos estão desde 2015 a ser investidos pela Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) em 22 projectos sociais de seis províncias do país, informou o director geral da ADRA, Belarmino Gelembi.

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Segundo Belarmino Gelembi, que falava durante o 12.º encontro provincial das Comunidades, os projectos estão ligados as áreas de cooperativismo, assistência técnica aos agricultores, municipalização dos serviços de educação e saúde e a estudos e segurança alimentar.

Os projectos, que vão beneficiar 50 mil e 300 famílias das organizações comunitária, estão a ser implementados nas províncias da Huíla, Cunene, Malange, Benguela, Luanda e Huambo. O responsável informou por outro lado, o lançamento de um programa denominado maternidade rural que apoiará gestantes em consultas durante o período de gestação, de pré-natal e deficientes na província de Benguela, enquanto que na Huíla serão efectuadas acções de saneamento visando contribuir para os cuidados higiénicos.

Os projectos que têm o termino previsto para 2018, terão a duração de dois a três anos renováveis e são financiados pela cooperação internacional da União Europeia, Suécia, Noruega, Alemanha e algumas empresas multinacionais do sector petrolífero em Angola, segundo o director da ADRA.