NÃO É DEBATE, É RITUAL DE HUMILHAÇÃO
Vamos colocar os factos com frieza. Debater sobre a transparência eleitoral, nesta fase, no parlamento, pode servir para tudo, menos para insuflar transparência no processo eleitoral.
Vamos colocar os factos com frieza. Debater sobre a transparência eleitoral, nesta fase, no parlamento, pode servir para tudo, menos para insuflar transparência no processo eleitoral.
Voltamos aos médicos. Várias semanas após a retoma da greve destes profissionais de saúde, o entendimento com o Governo parece mais longe do que nunca. As autoridades, aliás, optaram por cortar qualquer possibilidade de diálogo, encerrando as portas às negociações.
Até à realização das eleições, voltaremos a este assunto, mais vezes do que seria desejável. O MPLA vai usar e abusar dos meios do Estado para fins eleitorais e eleitoralistas. Em condições normais, ninguém duvida disso. Porque, aos olhos do nosso percurso enquanto país, é uma verdade quase fatalista. Fê-lo esta semana no Cunene e vai voltar a fazê-lo todas as vezes que quiser e até quando lhe parecer desnecessário. Simplesmente porque pode.
São alertas atrás de alertas. Depois do Centro do Estudos e Investigação Científica (Ceic) da Universidade Católica, desta vez é o Centro de Investigação Económica (Cinvestec) da Universidade Lusíada de Angola a lançar sérios avisos à navegação. Ou melhor, à governação. Tudo acontece apenas em uma semana, através de relatórios académicos. E quer num caso quer noutro as preocupações estão centradas no falhanço das políticas públicas ou na ausência delas.
A incapacidade do Governo de gerir a crise de greves que tomou de assalto o país é, no mínimo, perturbadora. Mais chocante é, se tivermos em conta que estão também em causa sectores tão específicos quanto vitais.





Afastamento da Ghassist do novo aeroporto gera suspeitas de “esquemas” de favorecimento...