ANGOLA GROWING
V E

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É uma afirmação garantidamente consensual. Seja quais forem os argumentos que a suportem, uma guerra é sempre uma guerra; uma guerra é a legitimação da barbárie, por isso deve ser contestada. Todavia, a obrigação moral de condenação de uma guerra não pode levar à omissão colectiva do raciocínio sobre as suas causas de fundo. Afinal, tal como também é lugar-comum afirmar-se, a guerra é genericamente consequência do falhanço da política. Mais ao detalhe, é o desprezo da humanidade e o fracasso da inteligência; é o triunfo do egoísmo e da arrogância.

Não é a primeira, muito menos a segunda e não será a última ocasião que se fazem críticas abertas ao mau ambiente de negócios, com o foco na falta de segurança e na escassa transparência do mercado. Desta vez, as críticas, em formato de recomendações, surgem do embaixador da Bélgica em Angola. Sem os habituais rodeios da linguagem diplomática, Joseph Smets especifica a importância da segurança na atracção dos investidores estrangeiros e faz questão de relevar a necessidade de um “clima aberto” que incentive os empresários. Mais ao detalhe, aconselha que se deixe o sector privado trabalhar.

A vice-primeira-ministra e ministra das Relações Internacionais e Cooperação da República da Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah, que chefia uma comitiva de empresários do seu país que visita Angola, desde segunda-feira, 14, deverá rubricar três instrumentos jurídicos.

 

O director do departamento de pesquisa económica em África do Standard Bank, Libran Quereishi, fixa Angola entre os cinco países do continente mais propensos a riscos de dívida nos próximos dois anos, sinalizando que “a sustentabilidade da dívida requer um foco maior”. À agência de informação financeira Bloomberg, Quereishi apontou o Gana, o Quénia, Angola, Etiópia e a Zâmbia como os “cinco países frágeis”, quanto à evolução da dívida pública.