ANGOLA GROWING
V E

V E

02 Feb. 2022

BATOTAS DE CAMPANHA

O apito soou agora oficialmente no Cuando-Cubango. A campanha eleitoral do MPLA, que, em certa medida, nunca parou, foi lançada na última semana com a apresentação da sua agenda política. Foi um lançamento com estrondo que visou, antes de mais, abalar a concorrência. João Lourenço usou o momento para, enquanto presidente do MPLA, comunicar o aumento do salário mínimo e o ajustamento dos ordenados da função pública. O anúncio posterior da fixação do aumento num limite máximo de 50% deve levar, entretanto, o trovão do Cuando-Cubango a fazer algum ricochete. Dizem os sindicalistas das associações mais expressivas que, na verdade, foram pegos de surpresa. Nas declarações prestadas ao Valor Económico, garantem que o Governo anunciou os aumentos sem fechar as negociações que conduzia com os sindicatos. É como se o Governo lhes tivesse feito uma ultrapassagem pela direita, como se diz por cá na gíria dos automobilistas. Ou, conforme slogan adoptado pelo próprio MPLA, os sindicatos ‘só assustaram já está’. O problema para o poder é que os sindicalistas prometem dar luta e recusam peremptoriamente a oferta de 50%, quando têm na manga uma contraproposta acima dos 360%.

A moeda nacional pode valorizar-se, este ano, em 15,1%, para 514,39 kwanzas por dólar, segundo a antevisão da consultora Fitch Solutions. “Antevemos que o kwanza vá apreciar-se 15,1%, em média, para 514,39 kwanzas por dólar em 2022, depois de um forte desempenho em 2021”, afirma a análise à evolução das principais moedas africanas no ano passado e este ano.

 

As receitas do Porto do Lobito, referentes ao ano passado, fixaram-se nos 21 mil milhões de kwanzas, o que traduz um crescimento de 15,32 % em relação a 2020, revela o balanço apresentado recentemente pelo PCA da entidade, Celso Rosas.

 

STREAMING. Abriu portas para aluguer de filmes e, passado um ano, passou à entrega de DVD

por correio. Hoje, a Netflix é tida como uma das maiores empresas do mundo na oferta de filmes e séries

por streaming. Conta com cerca de 221 milhões de assinaturas.

As mais recentes conclusões da Transparência Internacional sobre a percepção melhorada da corrupção em Angola levantam sensações e leituras antagónicas. Mais do que isso, enfatizam o desleixo e a leviandade com que, muitas vezes, somos observados a partir de fora.