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Valor Económico

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Luanda conta, a partir de hoje (13), com 240 novos autocarros, que se juntam a outros 240 em circulação. Os meios, entre autocarros e miniautocarros, foram entregues à Empresa de Transporte Colectivo Urbano de Luanda (TCUL) pelo ministro do Transportes, Augusto da Silva Tomás, em cerimónia que participou igualmente o governador da província, Higino Carneiro.

 

Os novos veículos vão integrar a frota da empresa pública, devendo 145 ser alocados ao serviço urbano, 40 miniautocarros para o serviço urbano local, 30 outros para serviço de aluguer e 25 autocarros para o transporte interprovincial.

Na sua intervenção, Augusto da Silva Tomás referiu que estudos realizados anteriormente apontavam para uma necessidade estimada em cerca de dois mil meios de transportes colectivos urbanos, tendo em conta a densidade populacional de Luanda, com cerca de 6,9 milhões de habitantes.

O governante salientou que, a par da aquisição e entrega de novos meios, outras acções deverão ser lavadas a cabo, como a manutenção dos veículos, de forma a garantir o tempo de vida útil programado. "Devemos também cuidar das vias principais, secundárias e terciárias, onde os meios deverão circular, razão pela qual esses meios já foram concebidos tendo em conta a nossa realidade", disse o ministro.

De acordo com Augusto da Silva Tomás, os veículos entregues têm os semieixos reforçados com equipamentos facilmente conhecidos pelos mecânicos e operários angolanos. "Isto é, os motores já não são chineses, são ocidentais, bem como os filtros também são ocidentais, mais familiarizados com os nossos operários e mecânicos", indicou.

Com a introdução dos novos meios, o ministro apontou a necessidade de instituir faixas exclusivas de circulação dedicadas ao transporte colectivo de passageiros, ensaiando-se naquelas áreas onde é passível o seu início imediato. "Luanda, hoje, dá mais um passo no sentido da resolução gradual dos problemas que se colocam a nível do trânsito, de modo a conferir a priorização ao transporte colectivo em detrimento do transporte individual”, realçou o ministro.

"Hoje, entregámos esses meios, há outras medidas complementares que serão tomadas nos dois ou três próximos meses, que vão estimular e incentivar o sector privado a aumentar a sua quota de participação neste processo que é o reforço da mobilidade e transporte de pessoas e mercadorias na área metropolitana de Luanda", concluiu.

O número de valas comuns localizadas na República Democrática do Congo (RDC), aumentou para 80, após a descoberta naquela região de 38 novos locais com corpos enterrados.

 

A informação foi divulgada pela Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO). Uma equipa das Nações Unidas, juntamente com membros dos serviços jurídicos militares da RDC, deslocou-se às zonas de Kamonia e Diboko, na província de Kasai, para iniciar uma investigação sobre a vaga de violência que foi conduzida em 2016 naquele território pela milícia KamuinaNsapu.

Pelo menos 3.300 pessoas morreram e mais de 1,3 milhões foram obrigados a fugir daquela região desde Agosto de 2016 devido à violência. Mais de metade dos deslocados são menores, muitos dos quais foram separados dos seus pais ou recrutados por elementos da milícia.

Cerca de 475.000 pessoas fugiram para os países vizinhos da RDC, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 30.000 dos quais procuraram refúgio no norte de Angola. Em Maio, durante uma vaga de violência naquela região, 8.000 pessoas foram obrigadas a fugir em apenas 24 horas, relatou o Conselho para os Refugiados Norueguês, que tem elementos naquela zona.

Os civis são as principais vítimas das atrocidades, em particular aqueles que pertencem aos grupos étnicos luba e lulua. A ONU denunciou recentemente a existência de uma nova milícia, designada Bana Mura, criada e organizada pelas autoridades de Kinshasa para apoiar as acções do exército na zona de Kasai.

A 23 de Junho, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU aprovou o envio urgente de uma equipa de peritos independentes para investigar os crimes cometidos naquela região. Este conflito ganhou notoriedade internacional quando dois peritos estrangeiros da ONU, Zaida Catalán (nacionalidade sueca e chilena) e Michael Sharp (norte-americano), foram encontrados mortos em 28 de Março em Kasai. O conflito começou em Agosto de 2016, quando o líder da milícia Kamuina Nsapu foi morto pelo exército e os seus seguidores insurgiram-se contra o governo e prometeram vingar a sua morte.

Aos 82 anos, o empresário Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal, morreu nesta quinta-feira (13). O empresário tinha uma fortuna avaliada em 4,4 mil milhões de dólares.

 

A morte não foi uma surpresa para a família, uma vez que Américo Amorim foi operado seis vezes ao coração nos últimos anos e teve apoio médico permanente em casa ao longo dos últimos meses, disse ao PÚBLICO uma fonte da família. Américo Amorim fez carreira no sector da cortiça.

O negócio de família, em que ingressou aos 18 anos depois de terminar o curso Geral do Comércio, deu-lhe espaço para crescer. Fundou com os irmãos a Corticeira Amorim, onde se fez ‘rei da cortiça’. Mais tarde, diversificou os seus investimentos e dedicou-se também à energia, ao turismo e às finanças.

A sua riqueza garantiu-lhe o 385.º lugar na lista das pessoas mais ricas do mundo de 2017 (elaborada pela revista norte-americana Forbes), posicionando-se à frente do Presidente dos EUA, Donald Trump.

Para além de Américo Amorim — que, entre 2016 e 2017, aumentou a sua fortuna em cerca de 280 milhões de euros No ano passado, o empresário passou a liderança do grupo Amorim à filha mais velha, Paula Amorim, assim como a liderança da Galp, a maior exportadora portuguesa. A herdeira fez o seu próprio percurso no mundo dos negócios e recebeu o testemunho sem sobressaltos.

Américo Ferreira de Amorim nasceu em Mozelos, Santa Maria da Feira, a 21 de Julho 1934. Era comendador desde a década de 1980. A 24 de Novembro de 1983, foi agraciado com a Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial.

A 30 de Janeiro de 2006, foi honrado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

O empresário e coleccionador de arte congolês Sindika Dokolo, genro do chefe de Estado angolano, foi condenado a um ano de prisão num processo imobiliário na República Democrática do Congo (RDC) e responsabilizou o Presidente Joseph Kabila pela condenação.

 

 

Sindika Dokolo acusou o presidente da RDC, Joseph Kabila, pela condenação a um ano de prisão num processo imobiliário.

A denúncia foi feita por Sindika Dokolo, casado com Isabel dos Santos, filha do Presidente José Eduardo dos Santos, na sua conta na rede social twitter, precisamente depois de inaugurar, ontem, em Luanda, uma nova fábrica de cimento, a Nova Cimangola.

"Quando inauguro uma fábrica de 400 milhões de dólares [cimenteira em Luanda], JKabila [Joseph Kabila] faz-me condenar a um ano de prisão por um bocado de terra. Senhor Kabila! Vai-se perder na sua Justiça", escreveu. Publicamente crítico do regime de Joseph Kabila, Sindika Dokolo, relata a imprensa local, foi condenado, à revelia, a 12 meses de prisão por fraude imobiliária por um tribunal de Kinshasa, capital da RDC.

Num outro ‘tweet’, o empresário congolês, que tem vindo a colocar em Luanda a sua colecção internacional de arte africana, volta a aludir ao investimento em Angola para atacar a condenação em Kinshasa. "Investi 400 milhões de dólares numa fábrica. Querer condenar-me por roubar um milhão [de dólares] não é credível", apontou.

Os pormenores deste processo não foram revelados, mas, em Junho último, o principal rival político do presidente congolês, o ex-governador Moise Katumbi, foi igualmente condenado por fraude imobiliária, pouco depois de ter anunciado a sua candidatura às eleições presidenciais no país, previstas para Dezembro.

"Devemos encorajar os congoleses na diáspora que são capazes de reconstruir a RDC e não enviá-los para o exílio, no medo", atirou Dokolo, num outro ‘tweet’. Este caso, que pode colocar em causa as relações entre Angola e a RDC, acontece numa altura em mais de 30 mil refugiados congoleses fugiram para o leste de Angola, tentando escapar à violência étnico-política na região do Kasai.

O Governo aprovou a compra, à China, de equipamentos e meios militares para a Força Aérea Nacional, por mais de 237,9 milhões de dólares, segundo despacho presidencial a que a Lusa teve hoje (13) acesso.

 

De acordo com o documento, assinado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, de 11 de Julho, a compra destina-se ao "reforço" do controlo do espaço aéreo e assim "salvaguardar os objetivos estratégicos nacionais".

Esta compra, em material não especificado no documento, será feita através da empresa Simportex, em representação do Ministério da Defesa Nacional, à China National Aero-Technology Import & Export Corporation (CATIC). Entre outros produtos militares, a estatal chinesa CATIC comercializa drones, aviões e helicópteros, para várias utilizações.

O ministro da Defesa da China, Chang Wanquan, iniciou na quarta-feira (12) uma visita de 48 horas a Angola, para reforço da cooperação no domínio militar. Para esta manhã estava previsto o início das conversações bilaterais, em Luanda, na sede do Ministério da Defesa Nacional.

Os três ramos das Forças Armadas Angolanas contam com mais de 100.000 militares, sector que representa 7,24% de todas as despesas do Estado previstas no Orçamento Geral do Estado de 2017, equivalentes a 535.128 milhões de kwanzas.