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Valor Económico

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A Ferrangol, empresa estatal responsável pela exploração de ferro de Cassinga, na Huíla, está a negociar com um parceiro estrangeiro o investimento necessário à retoma da actividade, interrompida face à baixa do preço daquela matéria-prima.

Francisco Queiroz

A informação foi avançada pelo ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queiroz, tendo acrescentado que a produção de ferro de Cassinga, na Jamba, deverá avançar em breve. Salientou mesmo que, neste momento, o projecto está com a Ferrangol, que está a negociar com um "grande investidor de classe mundial" para o regresso à exploração.

"Cassinga já esteve numa fase boa, já chegou a empregar 1.200 pessoas, mas, infelizmente, o preço do ferro no mercado internacional baixou e os promotores do projecto começaram a ter dificuldades de manutenção do ponto de vista financeiro", disse Francisco Queiroz. Segundo o ministro, citado pela Angop, devido à conjuntura, houve necessidade de se negociar a saída desses parceiros e o Estado assumir, através da Ferrangol, o projecto.

"As negociações estão a decorrer bem, e, em breve, voltam [investidores] ao país para mais um levantamento em Cassinga", informou o ministro, manifestando esperança que o projecto arranque "dentro de pouco tempo".

O titular da pasta da Geologia e Minas referiu que as reservas de Cateruca, uma das minas do projecto integrado de Cassinga, já podem ser exploradas, augurando que o novo parceiro da Ferrangol se interesse pela mesma.

O projecto integrado de Cassinga conta com as minas de Cassinga e Cateruca, apresentando um potencial de 15 milhões de toneladas de ferro para uma década de exploração, numa ordem anual de 1,5 milhões de toneladas.

ELEIÇÕES. CNE deve receber, no domingo (23), cadernos eleitorais para as eleições de Agosto. Produção está a cargo da empresa espanhola Indra.

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Uma delegação da CNE está em Madrid, Espanha, para acompanhar a produção de mais de 25.000 cadernos eleitorais, que deverão chegar até domingo a Luanda, conforme informação avançada pela porta-voz daquele órgão, Júlia Ferreira, que integra a delegação de comissários do órgão eleitoral.

"Constatamos 'in loco' todas as fases inerentes à produção dos cadernos eleitorais, deram-nos uma explicação técnica, em que foi demonstrado todo o processamento que foi feito até à impressão dos cadernos eleitorais, que, neste momento, já estão impressos, produzidos aqui a partir de Madrid", disse Júlia Ferreira.

Em declarações à RNA, a responsável acrescentou que a delegação constatou que o trabalho está a ser executado "com grande eficiência", salientando a "envolvência" na produção do material. "Notámos uma envolvência muito grande, há um trabalho automatizado, uma programação do ponto de vista técnico, que obedece a uma celeridade nesse processo", referiu.

"Há uma previsão de, pelo menos, até domingo nós termos esse material em Luanda", sublinhou. A delegação presente em Madrid visitou o centro de produção de cadernos eleitorais da Indra, estando ainda agendada visita às instalações da empresa e ao centro de produção de kits eleitorais, em Guadalajara.

Angola vai gastar mais de 100 milhões de euros de financiamento público para constituir um banco de peças sobresselentes para assegurar a manutenção de 21 centrais de produção de electricidade em funcionamento no país.

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A decisão, aprovada por despacho presidencial, refere a necessidade de contratação dos serviços de fornecimento e assistência técnica para a realização de revisões capitais e constituição de um banco de peças sobresselentes e de reposição, consumíveis, conjuntos de peças para manutenções planeadas e ferramentas, a utilizar em 18 centrais termoeléctricas e três aproveitamentos hidroeléctricos.

O despacho assinado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, de 13 de Julho, autoriza o Ministério da Energia e Águas a contratar a empresa AEnergia para o efeito, por 119.914.591 kwanzas.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) procede hoje (20) à abertura das inscrições para o recrutamento dos membros das mesas das assembleias de voto e demais agentes eleitorais. O anúncio foi feito através de um comunicado indica que as inscrições se estendem até domingo (23 de Julho).

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Os candidatos devem possuir, como requisitos, a cidadania angolana, ter capacidade eleitoral activa (maior de 18 anos e ter efectuado ou actualizado o registo eleitoral), residir preferencialmente no respectivo município em que se inscrevem e possuir como habilitações mínimas a 8.ª classe nas zonas rurais e a 12.ª nas zonas urbanas.

Os candidatos devem ainda saber ler e escrever em língua portuguesa. O comunicado sublinha que ter sido membro das assembleias de voto nas eleições anteriores é um requisito preferencial. No acto de inscrição, os candidatos devem fazer-se acompanhar de fotocópias do bilhete de identidade ou da cédula pessoal, do cartão de eleitor e da declaração ou certificado de habilitações literárias, além de duas fotografias tipo passe.

O período de selecção decorre entre 24 e 26 deste mês, enquanto a publicação dos candidatos apurados é feita entre 27 e 28.

Os interessados deverão fazer a sua inscrição e entrega da documentação solicitada na Comissão Municipal Eleitoral da sua área de residência. Num outro comunicado, a CNE dá conta da abertura das inscrições, também hoje, para o recrutamento e selecção dos candidatos aos centros de escrutínio.

As inscrições têm a duração de dois dias. Entre os requisitos, destaca-se o facto de os candidatos deverem possuir como habilitações literárias mínimas a 12.ª classe, ter conhecimento de informática e de manuseamento de equipamentos electrónicos portáteis, disponibilidade de horário total, experiência em arquivo e documentação e não ter nenhum impedimento de deslocação no território nacional.

Os interessados deverão fazer a sua inscrição e entrega da documentação solicitada no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda. O processo de credenciamento dos delegados de lista para as eleições deste ano vai conhecer um novo formato, com a CNE a delegar aos partidos a responsabilidade de credenciarem os seus delegados.

A CNE fica apenas com a responsabilidade de fornecer todo o equipamento para o efeito, informou ontem (19) o comissário Lucas Quilundo.

Uma delegação da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) está em Madrid, Espanha, para inspeccionar o material de votação das eleições gerais de 23 de Agosto. Hoje (20), os comissários vão visitar a empresa INDRA, com a qual a CNE estabeleceu contrato para o fornecimento do material de votação, e fazem o acompanhamento e monitorização do material eleitoral que está a ser produzido em Madrid.

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A delegação da CNE é composta pelos comissários João Damião, Júlia Ferreira, Manuel Camati, Cremildo Paca, Isaías Chitombi e Miguel Francisco. A visita dos comissários surge da necessidade de promover-se melhor compreensão, lisura e transparência ao processo eleitoral de 23 de Agosto. A INDRA entregou, no mês passado, à Comissão Nacional Eleitoral, um lote de material eleitoral que vai ser usado nas mesas das assembleias de voto, boletins de votos simulados e o material, também simulado, referente às operações das mesas de voto e para a formação de membros das assembleias de voto.

A CNE prevê mobilizar mais de cem mil membros para trabalharem nas mesas das assembleias de voto. Do material que está a ser produzido pela INDRA constam, para além das urnas, os boletins de voto, que vão ser impressos em papel moeda marcado com raios ultravioletas. Nesses elementos, devem ser introduzidos também componentes para acautelar a segurança dos boletins.

Nos últimos anos, a INDRA tem participado em desenvolvimento de eleições em países como Reino Unido, Noruega, França, Eslovénia, Portugal, Itália, Estados Unidos da América, Argentina, Colômbia, El Salvador, Angola, entre outros, oferecendo todo o tipo de serviços e soluções electrónicas.