Valor Económico

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A União Africana exige o fim de interferências das forças estrangeiras na mediação africana, da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos países vizinhos na crise Líbia, na declaração final da quarta reunião dos trabalhos do Comité de Alto Nível da organização continental sobre a crise na Líbia, realizada sábado e domingo em Brazzaville, capital da República do Congo.

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A iniciativa africana trabalha, desde a reunião de Brazzaville, para preparar o terreno com vista a um diálogo completo antes de definir um quadro jurídico da fase de transição a ser lançada antes do final de 2017, devendo ser antecedida por uma reunião preliminar a ser realizada em Novembro.

A Comissão de Emenda ao Acordo Político Líbio no Alto Conselho de Estado na Líbia, liderada por Moussa Faraj, esteve reunida no sábado com a Câmara dos Representantes (Parlamento), à margem da cimeira africana de alto nível de Brazzaville sobre a Líbia. Denis Sassou Nguesso, o Presidente da República do Congo, assistiu à reunião com o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mohamed, e membros das duas comissões.

Da agenda de trabalho da Cimeira de Brazzaville constaram as etapas preliminares necessárias para se começar o trabalho de duas comissões e emendas limitadas ao Acordo Político líbio para completar a sua aplicação integral com vista a pôr fim à crise actual. Moussa Faki Mahamat convidou na Cimeira de Brazzaville os líbios a fazerem um esforço transcendental e de responsabilidade. “Convido-vos, do fundo do coração, a envidarem esse esforço transcendental e de responsabilidade. Nesta senda, podemos contar, sem limite, com a União Africana, todos os seus órgãos, mecanismos e meios”, disse o diplomata chadiano na abertura da quarta reunião do Alto Comité da União Africana sobre a Líbia.

“A exclusão, o fanatismo, o extremismo e a tendência funesta a impor soluções sectárias, as do tudo ou nada, é o perigo encarnado. Juntem as vossas posições para salvarem o vosso povo do seu sofrimento comum, para conjugarmos, juntos, os nossos esforços comuns em prol dos vossos interesses comuns.

A solução da crise líbia está no consenso, reconciliação, participação e envolvimento de todos”, afirmou. Moussa Faki Mahamat referiu que as dores da tragédia comum só se superam com sacrifício colectivo de todos os que sofrem, choram e rezam pela paz, e frisou que uma grande oportunidade se apresenta para a paz e reconciliação dos líbios, exortando-os a terem a coragem e sabedoria de “não traírem o vosso povo, os vossos irmãos africanos, árabes em religião e os vossos amigos no mundo”.

O presidente do Conselho Presidencial do Governo de União Nacional, Fayez al-Sarraj, manifestou a esperança de que a cimeira de Brazzaville consiga encontrar soluções para a crise política actual na Líbia e pôr termo ao sofrimento dos líbios.

Outros protagonistas da crise líbia, dos quais o presidente do Parlamento, Aguila Saleh, o presidente do Alto Conselho de Estado, Abderrahman al-Sweihli, participaram no encontro, destinado a aproximar as posições líbias e buscar concessões para ultrapassar “o estado de obstrução política que entrava a conclusão da implementação do acordo político, e consolidar os esforços de reconciliação nacional no país”. Participaram na Cimeira de Brazzaville 15 Chefes de Estado africanos.

O Comité de Alto Nível da União Africana sobre a Líbia integra cinco países, África do Sul, Etiópia, Níger, Mauritânia e República do Congo.

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, é portador de uma carta a ser entregue durante uma audiência em Pretória. Georges Chikoti está desde ontem (11) na capital sul-africana na qualidade de enviado especial do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

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Angola assumiu recentemente a presidência do órgão de cooperação, política, defesa e segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).George Chikoti deve entregar igualmente ao Estadista sul-africano o relatório da missão de avaliação da troika da organização que, em Maseru (Lesoto), analisou a crise política neste país, tendo reunido com as mais altas entidades do Estado, líderes religiosos e a sociedade civil organizada.

A África do Sul, através do seu Chefe de Estado, assumiu no mês passado a presidência em exercício da SADC, a decisão saiu da trigésima sétima cimeira dos Chefes de Estado e de Governo ou seus representantes da SADC.

Na mesma cimeira Angola assumiu a presidência do órgão de política, defesa e segurança da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) para um mandato de um ano. O Chefe de Estado angolano foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, no encontro sob o lema “Estabelecimento de parcerias com o sector privado no desenvolvimento da indústria e de cadeias de valor regionais”.

Em discussão, estiveram questões sobre o desempenho da economia da SADC, segurança alimentar, VIH e SIDA, operacionalização do fundo de desenvolvimento regional, as reformas institucionais da União Africana e o regime de livre circulação de pessoas em África.

O processo de isenção de vistos nos Estados SADC, a instituição do feriado regional, criação de uma fundação para homenagear os países fundadores da SADC, cooperação entre a SADC e a Federação da Rússia, admissão de novos membros (pedidos do Burundi e das Ilhas Comores) estiveram também em discussão.

A reunião dos Chefes das Diplomacias dos Estados da Região Austral analisou ainda a questão de realização de uma conferência da SADC em solidariedade com a República Árabe Sarawi Democrática (Sahara Ocidental, além de questões relacionadas com as mulheres em cargos políticos e de tomada de decisão e, ainda a estratégia e roteiro para a industrialização da SADC foram também abordados pelos ministros.

A diamantífera canadiana Tango Mining assinou um contrato de três anos com a Cooperativa de Exploração Semi-Industrial de Diamantes angolana Txapemba, para explorar diamantes na bacia do rio Luembe, na Lunda-Sul.

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A parceria garante à Tango 60% dos lucros da venda das pedras produzidas e a dedução de todos os custos operacionais. A entrada da Tango Mining no mercado diamantífero angolano, numa concessão de 84 quilómetros quadrados para a exploração semi-industrial de diamantes na bacia do rio Luembe, na Lunda-Sul, foi anunciada pela própria empresa, sediada no Canadá.

"A Tango será responsável pelas despesas de capital associadas com a aquisição de equipamento e desenho da mina e será o único operador", lê-se numa nota de imprensa divulgada no site da companhia.

"Como remuneração, a Tango vai receber 60% dos lucros da venda das pedras produzidas e todos os custos operacionais da empresa são dedutíveis", indica o comunicado, que não avança um data para o arranque da actividade. Sabe-se apenas que os próximos meses serão ocupados por uma avaliação geológica completa.

IMPASSE POLÍTICO. As atenções noticiosas mundiais desviaram-se no início da semana da tensão na península coreana para a região das Caraíbas e Estados Unidos, na medida em que se aproximava o furacão Irma, um dos mais poderosos e devastadores das últimas décadas.

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O fenómeno natural começou por atingir as Bahamas, zona altamente turística e habitualmente calma. O furacão atingiu fortemente as ilhas de Turcos e Caicos e as Ilhas Virgens, antes de evoluir também para Cuba.

Durante a sua passagem inicial, a combinação de temporal e fortíssimos ventos provocou vários mortos e destruição incalculável, mas, curiosamente, ´poupou´ a costa norte do Haiti, o país mais pobre da região.

A próxima paragem seria a Florida, nos Estados Unidos, onde as autoridades prepararam uma série de medidas sem precedentes.

Entretanto, a caminho dos EUA, o Irma baixou para a categoria 4, a segunda mais alta na escala Saffir-Simpson, mas continuava “extremamente perigoso”, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC).

A passagem pelo Caribe foi devastadora: duas pessoas morreram no Porto Rico, quatro nas Ilhas Virgens americanas, uma em Barbuda e cinco na ilha de Saint Martin (quatro do lado francês e uma do lado holandês).

Cuba esperava a passagem do furacão durante a noite de sexta-feira. As autoridades decretaram alerta máximo em sete das suas 15 províncias e obrigaram à retirada de 10 mil turistas estrangeiros.

Quase um milhão de pessoas receberam ordens de deixar áreas costeiras de Flórida e Geórgia, na maior evacuação maciça nos Estados Unidos em 12 anos.

“Será realmente devastador”, antecipou, quinta-feira, o diretor da Agência Americana de Gestão de Emergências (Fema), Brock Long. Depois do Irma, o Caribe enfrentará a fúria de outros dois furacões: José e Katia. O primeiro, que seguia a trajetória de Irma, ganhou força na quinta-feira e subiu para categoria 3, com ventos de até 195 km/h, segundo o NHC. Katia, de categoria 1, deve chegar à costa do estado mexicano de Veracruz também na sexta-feira.

Durante a passagem pelo Caribe, o Irma deixou pelo menos 23 mortes, segundo confirmação dos governos regionais: uma criança em Barbuda, uma em Anguila, três em Porto Rico, quatro nas Ilhas Virgens americanas, outras quatro nas Ilhas Virgens britânicas, nove na parte francesa da ilha Saint Martin e um na parte holandesa.

Com rajadas de vento que chegaram a 295 km/h, o furacão varreu pequenas ilhas caribenhas como Saint Martin, onde 60% das casas ficaram inabitáveis.

“Parece como se uma podadora gigante tivesse descido do céu e passado pela ilha”, explicou Marilou Rohan, moradora afectada. “As casas foram esmagadas e as pessoas não têm esperança, vemos em seus olhos”, acrescentou Rohan nesta ilha conhecida pelas praias paradisíacas e cujo território França e Holanda compartilham.

As autoridades francesas confirmaram nove mortos em Saint Martin e 50 feridos. Do lado holandês, houve pelo menos um morto. A ministra francesa de Ultramar, Annick Girardin, que percorreu Saint Martin na quinta-feira, disse que viu alguns saques.

Horas antes, o Irma era um furacão de categoria 5, a máxima, chegando a gerar ventos de 295 km/h durante mais de 33 horas, um recorde desde o início do monitoramento por satélites em 1970. As fortes rajadas arrancaram tectos, esmagaram embarcações e deixaram escombros por todo lado. Aeroportos, portos e linhas telefônicas ficaram fora de serviço.

Segundo a Cruz Vermelha Internacional, o furacão afectou 1,2 milhões de pessoas, mas admitiu que a cifra poderia chegar a 26 milhões.

CONSELHOS. São famosos, poderosos e bem-sucedidos nos negócios ou na política, mas não foi da noite para o dia que chegaram a essa condição. Estabeleceram hábitos que fazem questão de seguir rigorosamente.

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Mark Zuckerberg:

“Tente fazer o menor número possível de escolhas”

Tomar decisões pode ser angustiante e cansativo. Para Mark Zuckerberg, fundador e chefe do Facebook, isso é ainda mais verdadeiro se tivermos em conta que cada escolha dele pode ter um enorme impacto sobre uma empresa que no mês passado atingiu o incrível valor de 500 mil milhões de dólares na bolsa. Para simplificar a sua vida, Zuckerberg decidiu adoptar uma espécie de uniforme de trabalho, composto por calças jeans, ténis e uma T-shirt cinzenta. Pode parecer um detalhe, mas com isso ele elimina uma decisão desnecessária da sua rotina: a escolha do que vai vestir ao longo do dia. O interessante é buscar algum tipo de componente variável da sua rotina que pode ser transformado numa constante. Ao cortar pequenas decisões, poderá empregar a sua energia para o que realmente importa na sua carreira.

Elon Musk:

“Planeie cada minuto da sua semana”

O presidente da Tesla, Elon Musk, reparte a sua agenda em pequenas janelas de cinco minutos, que são preenchidas meticulosamente todos os dias. O hábito pode ser aproveitado para quem deseja administrar o seu tempo com mais precisão e evitar que certas tarefas consumam tempo demais, por exemplo. Ao estabelecer limites exactos para as suas horas produtivas, o indivíduo consegue perceber oportunidades para optimizar reuniões, eliminar actividades desnecessárias e encontrar mais tempo para a sua vida pessoal.

Sundar Pichai:

“Defina a melhor a sua rotina matinal”

O CEO do Google começa todas as suas manhãs com uma omelete, uma chávena de chá e as notícias do dia. O importante é ter algum tipo de ritual matinal. Isso porque as primeiras horas do dia são nobres: se tiver uma manhã agradável, sentirá mais energia e disposição para enfrentar as tarefas que o aguardam.

Angela Merkel:

“Nunca siga os seus primeiros impulsos”

Considerada largamente como a mulher mais poderosa da Europa e do mundo, a Chanceler alemã, Angela Merkel, diz que nunca toma decisões apressadas. “Para mim, é importante deliberar todas as opções, considerar diversos cenários, e não apenas experimentos teóricos dentro da minha cabeça”, declarou à BBC.

Jeff Bezos:

“Não perca tempo com reuniões"

O CEO da Amazon, Jeff Bezos, tem uma regra curiosa para administrar a sua rotina: não faz reuniões em que duas pizzas não conseguiriam alimentar todos os presentes. É uma forma bem-humorada de dizer que um dos homens mais ricos do mundo nunca se reúne com gente demais. Considera que salas de reuniões cheias geram conversas pouco produtivas.

Richard Branson:

“Tenha papel e caneta sempre à mão”

O magnata britânico Richard Branson, fundador e dono do Grupo Virgin, é praticante de um princípio aparentemente simples, porém poderoso: levar um bloco de notas e uma caneta a qualquer lugar que vá. Quando surge uma ideia, o excêntrico homem de negócios anota imediatamente. “Não sei onde estaria se não tivesse uma caneta à mão para escrever as minhas ideias logo que elas ocorrem”, declarou Branson.

JK Rowling:

“Não espere por aplausos”

Ser capaz de se auto-motivar é um dos grandes diferenciais de quem supera obstáculos na carreira. A escritora britânica JK Rowling, autora da saga Harry Potter, é o maior exemplo disso. Ela conseguiu transformar inúmeras cartas de rejeição do seu projecto editorial e sérias dificuldades financeiras em combustível para não desistir dos seus objectivos. Resultado: a série de livros, que evoluiu para o cinema e televisão, tornou-se um fenómeno de vendas e ela uma das pessoas mais ricas do mundo, segundo a Forbes.