Valor Económico

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A empresa angolana Lisa Pulsaris vai inaugurar, no próximo ano, em Luanda, uma unidade para a produção de telemóveis, com capacidade para fabricar seis milhões de aparelhos por ano.

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O projecto, aprovado ontem (16) pela Unidade Técnica de Apoio ao Investimento Privado, envolve um investimento de 8,5 milhões de dólares. Segundo Morato Custódio, da Lisa Pulsaris, os telemóveis serão fabricados com componentes parcialmente montados em Hong Kong e finalizados em Angola.Para além da produção dos telefones móveis, a empresa prevê, numa segunda fase, iniciar-se no fabrico de tablets.

Presente na assinatura do acordo da Lisa Pulsaris com a Unidade Técnica de Apoio ao Investimento Privado – num acto extensivo a outros cinco projectos -, a ministra da Indústria, Bernarda Martins, destacou a importância do projecto para abastecer o mercado nacional, numa primeira fase, e, mais tarde, expandir os produtos de exportação angolanos.

A consultora britânica BMI Research acredita que Angola vai registar, em 2018, um crescimento económico de 4,1%, o dobro do previsto inicialmente (2%). A revisão em alta, explicam os analistas, deve-se à actividade do projecto Kaombo, operado pela petrolífera francesa Total.

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"A nossa previsão para o crescimento de Angola em 2018 está marcadamente acima do consenso dos analistas, a 4,1%, comparado com 2%, principalmente alicerçado pelo aumento de curto prazo na produção de petróleo no poço Kaombo, operado pela Total, que quando estiver operacional vai aumentar a produção em 230 mil barris por dia", escrevem os analistas, numa breve análise sobre as previsões económicas para alguns países africanos.

No documento, citado pela agência Lusa, os especialistas adiantam que as perspectivas para Kaombo - projecto localizado aproximadamente a 260 km no offshore de Luanda -representam uma subida de 7% na produção petrolífera nacional, que se traduzirá num maior volume de exportações para o país, que disputa com a Nigéria o título de maior produtor de petróleo da África subsaariana.

As previsões da BMI Research, apontam que, por via do aumento das receitas petrolíferas, "vai melhorar o acesso a divisas estrangeiras, estabilizando a taxa de câmbio do mercado paralelo e aumentando o poder de compra dos consumidores".

Os analistas chamam a atenção para o carácter transitório deste avanço, antecipando que produção de petróleo retome a "tendência de declínio em 2019, o que significa que estas melhorias serão de curta duração".

A cidade do Dundo, Lunda-Norte, acolhe hoje o acto central do 17 de Setembro, Dia do Fundador da Nação e do Herói Nacional que decorre sob o lema ‘Com os ideais de Neto, diversifiquemos a economia de Angola’.

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O acto é presidido pelo ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Cândido Pereira Van-Dúnem. Ainda hoje, em Luanda, o ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, preside à cerimónia formal do hastear da bandeira a ter lugar no Museu de História Militar, no âmbito das festividades do Dia do Herói Nacional.

As comemorações do dia 17 de Setembro começaram a 10, em todo o país e nas missões diplomáticas e consulares de Angola com objectivo de enaltecer a figura e a obra do Dr. António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, reverenciar a sua contribuição na liberdade de Angola e de África, em particular, a região Austral, bem como os esforços para a conquista da paz em todo o território nacional. A data lembra igualmente o legado político do primeiro Presidente da República de Angola e do Herói Nacional.

Celebrações decorrem até 25 de Setembro

Num memorando, o Ministério da Administração do Território indica que a celebração dos 95 anos sobre o nascimento de Agostinho Neto vem reconhecer as suas qualidades enquanto humanista, médico, homem de letras e, acima de tudo, nacionalista convicto e entregue de corpo e alma às causas da pátria angolana.

"A visão estratégica do Presidente Dr. António Agostinho Neto está patente nos inúmeros discursos que legou aos angolanos\", destaca o documento, sublinhando que, nas suas múltiplas intervenções públicas, algumas hoje achadas soltas e outras agrupadas em compêndios, Agostinho Neto manifestou uma preocupação permanente com o futuro de uma Nação que, vencida a luta pela Independência, preparava-se para uma batalha ainda maior: a luta pelo desenvolvimento, pelo progresso.

O juiz-presidente do Supremo Tribunal do Quénia, David Maraga, que fez história ao anular as últimas eleições presidenciais no país, exigiu ao seu banco que retirasse da sua conta um depósito de cinco milhões de dólares, valor que garante ter sido depositado à sua revelia, alegadamente para minar a sua credibilidade depois de a instância que lidera ter invalidado o escrutínio. Uma decisão que lhe pode custar o cargo.

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Um depósito de cinco milhões de dólares foi parar, "misteriosamente", à conta do juiz-presidente do Supremo Tribunal do Quénia, avança a APR News, Agence de Presse Régionale. Segundo esta fonte, quando foi informado da choruda entrada, David Maraga exigiu a sua devolução. "Tenho o meu salário e isso basta. Esses cinco milhões de dólares não são meus, devolva-os ao remetente, seja ele quem for", terá ordenado o magistrado ao Kenya Commercial Bank, que o alertou para o depósito.

Embora a origem do movimento não tenha sido revelada, o mesmo tem sido descrito como uma tentativa de descredibilização, já que o depósito terá sido feito depois do veredicto de David Maraga sobre as Presidenciais, anuladas por irregularidades. A eleição presidencial, que ocorreu a 8 de Agosto, "não foi conduzida de acordo com a Constituição", concluiu o juiz presidente do Supremo Tribunal do Quénia, acrescentando: "Sobre a questão de saber se as ilegalidades e as irregularidades afectaram a integridades da eleição, o Tribunal é da opinião que é este o caso".

A decisão de anulação das eleições, que é definitiva, foi aprovada pela maioria dos juízes e apenas dois foram contra, num total de sete (um esteve ausente por doença). O juiz presidente do Tribunal disse que a Comissão Eleitoral "falhou, negligenciou ou recusou" conduzir as eleições de acordo com a Constituição, citando irregularidades na transmissão dos resultados. A decisão promete continuar a fazer correr muita tinta, tendo sido lançada, entretanto, uma petição para afastar David Maraga.

A iniciativa, liderada pelo deputado municipal Ngunjiri Wambugu, foi apresentada junto da Comissão queniana para o Serviços Judiciais, a quem compete investigar as queixas contra os profissionais da Justiça.

De acordo com a denúncia, entregue ontem e extensiva a 14 páginas, o Supremo Tribunal, sob liderança de David Maraga, tem sido financiado e instrumentalizado por um grupo de organizações não-governamentais opositoras do Presidente Uhuru Kenyatta, que viu a sua reeleição ser anulada. As alegações serão analisadas por um colectivo de 11 membros, sobretudo juízes e outros profissionais de justiça, que têm nove dias para deliberar.

O recém-eleito Presidente da República de Angola toma posse a 26 de Setembro, numa cerimónia a ser realizada no Memorial Agostinho Neto, local que acolheu a última tomada de posse do Presidente cessante, José Eduardo dos Santos.

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Aldemiro Vaz da Conceição será o Mestre-de-cerimónias, num acto que contará com a presença de cerca de mil convidados, entre os quais já está confirmado o Chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.