Inflação alta, volatilidade cambial e elevado crédito concedido ao Estado condicionam financiamento à economia
BANCA. Director de acompanhamento e recuperação de crédito do BFA lembra que a estrutura de financiamento do sistema financeiro concentra o crédito nas grandes empresas e no Estado. A banca, argumenta, continua a debater-se com o desafio da formalização de garantias, como o registo de imóveis.
As instituições financeiras bancárias apontam o contexto de elevada inflação que o país enfrenta, a volatilidade cambial e o elevado crédito concedido ao Estado como factores determinantes do fraco financiamento à economia por parte dos bancos.
De acordo com o director de acompanhamento e recuperação de crédito do BFA, que falava, nesta terça-feira, 18, no XIV Fórum Economia e Finanças da Associação Angolana de Bancos (Abanc), o peso da dívida pública contra os intermediários financeiros impacta nas taxas de juros, “prejudicando” os privados que se tentam financiar através da banca. “Os privados acabam por ter um concorrente forte, que é o Estado, e o Estado é apetecível para os bancos e os privados acabam por ser prejudicados”, explica Eduardo Mateus.
Ao dessertar sobre ‘Os desafios da intermediação financeira tradicional’, Eduardo Mateus fez uma avaliação do contexto geral da banca nacional e considerou que a estrutura de financiamento do sistema financeiro concentra o crédito nas grandes empresas e no Estado. Para ele, a banca continua a debater-se com o desafio da formalização de garantias, como o registo de imóveis.
O profissional da banca afirmou, no entanto, estar expectante com o projecto de lei da alienação fiduciária, que aguarda por aprovação no parlamento. O diploma é entendido como um instrumento que poderá impulsionar as garantias de financiamento, uma vez que a falta de fluidez no registo de imóveis, para servir de garantias, faz com que sejam excluídas as micro, pequenas e médias empresas e os projectos produtivos quando solicitam créditos.
Para ler o artigo completo no Jornal em PDF, faça já a sua assinatura, clicando em 'Assine já' no canto superior direito deste site.







Directora do FMI diz que Angola gasta mais em subsídios energéticos do...